Revista de Liturgia Edição 272 – 50 anos de Medellín: A liturgia de uma Igreja pobre, a serviço dos pobres.

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Domingo dos Apóstolos Pedro e Paulo

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O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a, mas os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Os comentários das leituras são para ajudar a equipe que prepara, não deve ser usada no momento da celebração. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem deve fazer a homilia. A oração de ação de graças dentro do roteiro é uma proposta recitada. No final deste roteiro há uma versão cantada: a melodia se em encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’.

Há ainda no final deste roteiro o rito da aspersão que sempre pode ser usado aos domingos no lugar do ato penitencial.

Fazendo memória dos apóstolos Pedro e Paulo, agradecemos a Deus sua fé e empenho missionário, em comunhão com a Igreja de Roma, que, no passado, foi testemunha do seu martírio. Lembramos o bispo da Igreja de Roma, todos os pastores das Igrejas cristãs e todos os servidores das comunidades. Celebramos a páscoa de Jesus Cristo que se manifesta em todas as pessoas e grupos que continuam a missão dos apóstolos Pedro e Paulo entre nós.

 

CHEGADA

  1. Refrão meditativo –

Louvarei a Deus, seu nome bendizendo.

Louvarei a Deus, a vida nos conduz.

 

RITOS INICIAIS

  1. Canto de abertura – Canta meu povo; Os seus pés são tão lindos, ODC, p. 124-5 (1o refrão); Quero cantar ao Senhor, ODC, p.197; Lembra-te de Jesus Cristo, ODC, p. 258.

 

  1. Sinal-da-cruz

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

  1. Saudação

A graça e a  paz do Senhor Jesus estejam com vocês.

Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

  1. Acolhida, sentido da celebração e recordação da vida

O(a) animador(a), com breves palavras, acolhe as pessoas, sobretudo as visitantes,  introduz o sentido deste domingo dos apóstolos  Pedro e Paulo, recordando aspetos de sua vida (o texto que segue pode ajudar):

A festa de Pedro e Paulo é antiquíssima: foi inscrita no calendário romano antes da festa do natal.

O Pedro de nome (judaico) Simão foi chamado Cefas (pedra) pelo Senhor. Era pescador de Betsaida (Lc 5,3; Jo 1,44) e mais tarde se estabeleceu em Cafarnaum (Mc 1,21.29). Entrou no grupo dos discípulos do Senhor pela mediação do seu irmão André (Jo 1,42). Uma das primeiras testemunhas do sepulcro vazio (Jo, 6), mereceu uma especial aparição de Jesus ressuscitado (Lc 24,34). Depois da ascensão tomou a direção da comunidade cristã (At 1,15.;15,7) e é o primeiro a tomar consciência da necessidade de abrir a Igreja a outras culturas (At 10-11), aprendendo a duras penas, este caminho de abertura. Essa missão espiritual não o livra das suas fraquezas (MT 10,41; 14,29… Jo 13,6… At 15; Gl 2,11-14; At 6.1-12). Segundo o testemunho mais antigo de Tertuliano (século II), Pedro morreu crucificado; e segundo Orígenes, de cabeça para baixo (conforme o costume romano de crucificar os escravos). Foi martirizado em 67 na colina do Vaticano.

Paulo de Tarso (Saulo), fariseu convertido. Fez muitas viagens missionárias, sendo a primeira delas com Barnabé (At 13,14): Antioquia, Chipre e a atual Turquia. Após o concílio de Jerusalém, a convite dos Doze, inicia a segunda viagem (At 15,36-18,22): atravessa novamente a Turquia, evangeliza a Frígia e a Galácia, onde adoece (Gl 4,13). Passa à Europa com Lucas e funda a comunidade de Filipos. Depois de um período de prisão evangeliza a Grécia; em Atenas sua missão fracassou. Em Corinto funda a comunidade que lhe deu mais trabalho. Uma terceira viagem (At 18,23-2117): visita as comunidades na atual Turquia, especialmente Éfeso e Corinto. De volta a Jerusalém é preso pelos judeus (At 21). Faz sua 4ª viagem para Roma, mas como prisioneiro (At 21,26). Escreve as cartas do Cativeiro. Libertado no ano 63 é de novo encarcerado, e decapitado em 67, segundo Tertuliano, a 5 km de Roma.

Fazendo memória dos apóstolos Pedro e Paulo, agradecemos a Deus sua fé e empenho missionário, em comunhão com a Igreja de Roma, que, no passado, foi testemunha do seu martírio. Lembramos o bispo da Igreja de Roma, todos os pastores e servidores das comunidades das Igrejas cristãs.

Abrir para outras lembranças.

Terminando, quem preside, introduz o anto penitencial:

  1. Ato penitencial

De coração contrito e humilde, invoquemos a compaixão do Cristo, e imploremos sobre nós o seu perdão:

Senhor que vieste, não para condenar, mas para salvar, tem piedade de nós.

Senhor tem piedade de nós.

Cristo, que acolhes quem confia em tua misericórdia, tem piedade de nós.

Cristo, tem piedade de nós.

Senhor, que muito perdoas a quem muito ama, tem piedade de nós.

Senhor tem piedade de nós.

Deus todo amoroso, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

Pode-se escolher outras formas de Ato penitencial, no livro de canto, ou no missal. Ou: No lugar do ato penitencial, pode-se fazer o rito da aspersão (Cf. abaixo)

  1. Glória
  2. Oração inicial

Ó Deus, tu nos dás a alegria de festejar

o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo.

Dá-nos a graça de seguir em tudo

o ensinamento destes apóstolos

que nos deram os fundamentos da fé,

para que sejamos, nós também,

testemunhas do teu nome.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

  1. Primeira leitura – Atos dos Apóstolos 12,1-11

Ouvindo este episódio da vida de Pedro, vamos acolher o que o Senhor nos fala.

 

  1. Salmo responsorial 34(33) (mel.: Nas águas do Jordão)

Cantemos juntos o louvor de Deus com todas as pessoas que ainda são vítimas

de tortura e maus tratos e com todos os grupos que se organizam em busca de justiça e cidadania.

 

É bendito o Senhor e nosso Deus,

que liberta da prisão os seus amigos.

 

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,

seu louvor estará sempre em minha boca.

Minha alma há de gloriar-se no Senhor,

que ouçam os humildes e se alegrem!

 

Comigo engrandecei ao Senhor Deus,

exultemos todos juntos o seu nome!

Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu,

e de todos os temores me livrou!

 

Contemplai a sua face e alegrai-vos,

e vosso rosto não se cubra de vergonha!

Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,

e o Senhor o liberta de toda angústia.

 

O anjo do Senhor vem acampar

ao redor dos que o temem, e os salva.

Provai e vede quão suave é o Senhor!

Feliz quem tem nele o seu refúgio.

 

  1. Segunda leitura – 2Timóteo 4,6-8.17-18

Paulo, preso em Roma, abandonado por alguns companheiros, escreve a Timóteo uma carta, onde encontramos este testemunho que escutaremos agora.

 

  1. Aclamação ao evangelho

Aleluia, aleluia, tu és Pedro, aleluia! (bis)

És a rocha firme, Cristo escolheu

quando a Simão Pedro disse: “Eu te darei

do meu reino as chaves, eis a minha Igreja,

sobre esta rocha edificarei!”

 

Ou:

 

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! (bis)

Tu és Pedro e sobre esta pedra

edificarei a minha Igreja,

e os poderes do reino das trevas

jamais poderão contra ela.

 

13. Proclamação do evangelho – Mateus 16,13-19

Jesus, depois de alertar os discípulos sobre o fermento dos fariseus, quer saber o que eles pensam de sua pessoa. Escutemos a resposta de Pedro, e qual a boa notícia que esta palavra traz para nós hoje.

O(a) leitor(a) se dirige se dirige à assembléia com esta saudação:

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós.

Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:

Anúncio da boa-nova de Jesus Cristo segundo…

Glória a vós, Senhor.

Proclama o evangelho e no final da leitura conclui dizendo:

Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

Beija o livro e o mostra para a assembléia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

 

  1. Homilia – para quem prepara a homilia

As dimensões do testemunho – não esqueçamos que a palavra “mártir” significa originalmente “testemunha” – e da aliança marcam fortemente a celebração e as leituras de hoje.

A primeira leitura mostra uma Igreja em pé de testemunho, contado pelo autor dos Atos dos Apóstolos com elementos presentes na paixão de Cristo, talvez para lembrar que, de fato, o discípulo não é maior que o seu senhor. Ao mesmo tempo, mostra – e desta vez é o livro do êxodo que serve de inspiração – como Deus envia seu mensageiro para libertar Pedro.

A segunda leitura traz o que poderíamos chamar de testamento de Paulo, prestes a dar o seu testemunho. Entende seu martírio como a suprema oferta de si mesmo e como culminância do seu ministério, ao mesmo tempo que proclama como o Senhor o libertou e socorreu.

O evangelho revela o segredo destes dois testemunhos, tanto o de Pedro como o de Paulo: a fé em Jesus, reconhecido como filho de Deus. Tal como o martírio, esta fé é um dom do próprio Deus – “não foi um ser humano que te revelou isto, mas o meu Pai que está no céu” – ao mesmo tempo que se torna a suprema forma de felicidade: “feliz és tu…”. Assim compreendida, a fé manifesta a dimensão de aliança que une indissoluvelmente o discípulo ao Senhor e o Senhor ao discípulo.

Mais do que obras, a contribuição destes dois apóstolos está na totalidade com que viveram o discipulado de Jesus e na aliança que estabeleceram com ele. É por isto que são chamados de colunas da Igreja.

Nesta celebração, como festa da aliança, estreitemos nossa intimidade e compromisso com o Senhor Jesus, a testemunha sempre fiel. Na memória da fidelidade dele, e renovados pelo testemunho dos santos apóstolos Pedro e Paulo, encontremos energia e força para continuar a obra que começaram!

 

  1. Partilha fraterna

É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta (escolher  no livro de canto).

Terminada a coleta, todos/as se levantam, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar. Quem preside, aproximando-se do altar, faz uma breve inclinação e dá início à ação de graças.

 

AÇÃO DE GRAÇAS

  1. Convite à ação de graças

Terminada a partilha fraterna (onde há comunhão coloca-se o pão consagrado sobre o altar), quem coordena, levanta-se, dirige-se ao altar e faz o convite:

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação!

  1. Oração de ação de graças

O(a) coordenador(a) proclama a oração intercalando com o canto da assembleia:

Nós te damos graças, ó Deus da vida,

porque tu nos dás a alegria de festejar

os apóstolos Pedro e Paulo,

colunas da Igreja,

que professaram a fé em Cristo

e anunciaram o evangelho por toda a terra.

 

Nós te damos muitas graças,

te rogamos, ó Senhor.

 

A criação inteira te bendiz

pela ressurreição de Jesus,

que renova todas as coisas,

e por quem os apóstolos Pedro e Paulo

entregaram a vida na esperança de ver

o teu reino chegando em nossa terra.

 

Nós te damos muitas graças,

te rogamos, ó Senhor.

 

Por este sinal do corpo do teu Filho,

expressamos nosso desejo de corresponder,

com mais fidelidade, à missão que nos deste

e invocamos sobre nós o teu Espírito.

Apressa o tempo da vinda do teu reino,

e recebe o louvor de todas as pessoas

que te buscam e de todo o universo.

 

Nós te damos muitas graças,

te rogamos, ó Senhor.

 

C: Toda a nossa louvação chegue a ti

em nome de Jesus, por quem oramos

com as palavras que ele nos ensinou:

T: Pai nosso…, pois vosso é o reino,

o poder e a glória para sempre.

  1. Abraço da paz

Saudemo-nos, uns aos outros, com o sinal da reconciliação e da paz!

  1. Rito da comunhão

Quem preside tomando nas mãos o prato com as hóstias diz:

C: Assim disse Jesus: “Eu sou o pão da vida.

Quem vem a mim nunca mais terá fome

e o que crê em mim nunca mais terá sede”.

Mostrando o pão consagrado:

Eis o Cordeiro de Deus,

aquele que tira o pecado do mundo!

T: Senhor, eu não sou digno(a)…

 

– Canto (partilha do pão)

Bendito seja Deus, Pai do Senhor Jesus Cristo, ODC, p. 254; Quem nos separará, H 3, p. 368.

 

  1. Oração final

Renovados por esta celebração,

dá-nos a graça, ó Deus da vida,

de sermos firmados na fé dos apóstolos

e continuarmos hoje sua missão,

construindo a unidade e a paz entre as Igrejas.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

 

 

RITOS FINAIS

  1. Comunicações
  2. Bênção

O Deus da consolação nos dê a graça

de viver em fraterna alegria e ajuda mútua,

por Cristo, nosso Senhor. Amém. 

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Apêndice

 RITO DA ASPERSÃO 

Junto à pia batismal, de pé, a pessoa que coordena convida a comunidade:

Irmãos e irmãs bendigamos ao Deus da vida por esta água e peçamos que ele renove em nossa vida a graça do santo batismo, para permanecermos fiéis ao Espírito que recebemos.

Todos rezam em silêncio. O(a) coordenador(a) faz a oração:

Deus de bondade e compaixão,

tu nos deste a irmã água, fonte de toda vida,

e quiseste que, por ela, recebêssemos

o batismo que nos consagra a ti.

Nós te bendizemos pela água benfazeja!

Renova, no mais profundo

de cada um (cada uma) de nós,

a fonte viva de tua graça,

para que, livres de todos os males,

possamos caminhar sempre em tuas estradas

e praticar aquilo que é agradável aos teus olhos.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Aspersão dos fiéis enquanto se canta (no tempo comum e Pentecostes)

Lavados na fonte viva, / do lado aberto de Cristo,

transpomos, vitoriosos, / as portas do paraíso! (bis)

Aleluia, aleluia! Aleluia, aleluia!        

Ao terminar a aspersão, quem preside conclui:

Que Deus, em sua misericórdia, nos liberte de todo o pecado, e nos conceda vida eterna. Amém.

Segue o ‘Senhor tem piedade de nós’ (podendo, neste caso, omitir o glória):

Senhor tem piedade de nós.

Senhor tem piedade de nós.

Cristo tem piedade de nós.

Cristo tem piedade de nós.

Senhor tem piedade de nós.

Senhor tem piedade de nós.           

 

Canto de ação de graças

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação!

 

É bom cantar um bendito,

um canto novo, um louvor!

 

– Ao Deus Pai, santo e bondoso,

por Cristo, nosso Senhor.

 

– Na festa dos dois apóstolos,

cantemos o teu louvor!

 

– De Pedro nós recebemos

a fé no Cristo, Senhor.

 

– De Paulo o evangelho

que aos pagãos anunciou!

 

– Por isso o céu e a terra

se unem no seu louvor!

 

DICAS PARA PREPARAR A HOMILIA

 

Seguindo o método da Leitura orante (ler, meditar, orar, contemplar), indicamos cinco passos para preparar a homilia:

1) Escolher um tempo durante a semana e um lugar onde seja possível o silencio… Antes de começar a leitura, invocar o Espírito Santo…

2) Ler os textos, começando pelo evangelho. Ler com atenção. Ler mais de uma vez. Prestar atenção nas personagens, sublinhar os verbos ou as palavras chaves. Se durante a leitura, se distrair, voltar pro começo. Ler também a primeira leitura, a segunda, o salmo.

3) Na leitura Deus se revela a nós em Jesus. Perguntamos o que Deus nos fala na Palavra: que boa notícia traz para a nossa vida e a vida de nossa comunidade? Que atitude pede de nós, que mudança de vida? A Palavra é espelho da nossa vida (autoconhecimento).

4) Silenciar por um momento diante do Pai, em oração. Agradecer pela luz que a sua palavra traz, ou pedir ajuda para compreendê-la melhor. Entrar no silêncio de Deus, Contemplar a sua presença manifestada em Jesus e na própria vida. Deixar que a Palavra lida e meditada ecoe no coração ao longo do dia e da semana. Abrir-se a novas atitudes, optar conscientemente por gestos concretos de amor, de doação suscitados pela Palavra.

5) Anotar os pontos que queremos desenvolver na homilia da comunidade e estar atentos/as ao que Espírito suscitar à medida que a Palavra vai crescendo dento do coração e na própria  conduta.

 Alguns cuidados que devemos ter ao preparar a homilia:

– Homilia não é palestra nem aula, é uma conversa; sua finalidade é “expor os mistérios da fé, que se referem à pessoa de Jesus” (cf. SC 51), partindo dos textos bíblicos e levando em conta a vida da comunidade.

– Homilia tem começo meio e fim. Nunca começar com algo que cause constrangimento e, ao terminar, buscar uma síntese, apontando para a boa notícia e exortando à conversão.  Evitar dar lição de moral.

– Falar pouco é regra preciosa, não mais de dez minutos, mas isso não significa empobrecer o conteúdo. É importante falar o essencial, usando uma linguagem acessível, coloquial.

– A homilia é parte integrante de toda a celebração, por isso nem começa e nem termina com sinal da cruz ou com “louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo”.

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