Prepare um espaço com cadeiras em circulo, coloque no centro sobre um tecido de cor roxa a bíblia, a cruz, uma vela, convide as pessoas para se juntarem [mantendo a necessária distância]. Alguém acende a vela. Todos ficam em silêncio por algum tempo. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.
- ABERTURA
- Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
- Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
Vem, não demores mais, vem nos libertar! (bis) - Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito, (bis)
glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito. (bis) - Ao Senhor voltemos, bem de coração, (bis)
que ele nos converta pelo seu perdão! (bis)
- RECORDAÇÃO DA VIDA
A pessoa que coordena com breves palavras, introduz o sentido da celebração:
Retomando com renovado fervor a graça do batismo, tomemos consciência de nossas instabilidades e renovemos nossa confiança na misericórdia do Senhor. É ele quem nos converte e nos educa para toda a boa obra. - SALMO 86(85)
Cantando este salmo, oremos em união com Cristo, que durante sua vida terrena, fez orações e súplicas a Deus, em voz alta e com lágrimas, ao Deus que o podia salvar da morte (Hebreus 5,7). - Senhor, me escuta e responde,
sou fraco e necessitado,
me salva, sou teu amigo,
teu servo em ti confiado. - Tu és meu Deus, tem piedade,
o dia todo te invoco,
alegra meu coração,
pra ti, Senhor, eu me volto. - Tu és perdão e bondade,
acolhes aos que te imploram,
atende agora esta prece,
no meu sofrer me consola. - Na angústia chamo por ti,
pois tu respondes, Senhor.
Que deus faria o que fazes?
Ninguém te iguala em amor. - Os povos todos virão
louvar a tua majestade;
tu fazes grandes prodígios,
só tu és Deus de verdade. - Me ensina o caminho certo,
pra andar em tua verdade,
reúne meu coração,
que siga tua vontade. - De coração agradeço
tão grande amor tens por mim,
tiraste-me do abismo,
assim te louvo, sem fim. - Furiosos se levantaram,
querendo me derrubar;
contigo não se incomodam,
altivos querem matar. - Mas tu, Senhor de ternura,
paciente, cheio de amor,
de mim tem pena, ó Deus,
atento a teu servidor. - Me dá tua força, Senhor,
teu servo vem libertar,
e aqueles que me odeiam
calados hão de ficar. - Ao Pai do céu demos glória,
a Jesus Cristo também,
a quem dos dois é o Amor
Se louve pra sempre. Amém!
Oração silenciosa e repetição - ORAÇÃO DO DIA
Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
Ó Deus, fonte de todo bem,
quiseste que dedicássemos este tempo quaresmal
à fraternidade, à oração e à renúncia de nós mesmos.
Olha a nossa fraqueza
e faze morrer o pecado em nós,
para que sejamos, por tua misericórdia,
recriados para uma vida nova.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém. - LEITURA DO EVANGELHO – João 4,5-15.19b-26.39a.40-42
Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
Naquele tempo, 5Jesus chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6Era aí que ficava o poço de Jacó. Cansado da viagem, Jesus sentou-se junto ao poço. Era por volta do meio-dia.
7Chegou uma mulher da Samaria para tirar água. Jesus lhe disse: “Dá-me de beber”. 8Os discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. 9A mulher samaritana disse então a Jesus: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?” De fato, os judeus não se dão com os samaritanos. 10Respondeu-lhe Jesus: “Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’, tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva”. 11A mulher disse a Jesus: “Senhor, nem sequer tens balde e o poço é fundo. De onde vais tirar a água viva? 12Por acaso, és maior que nosso pai Jacó, que nos deu o poço e que dele bebeu, como também seus filhos e seus animais?” 13Respondeu Jesus: “Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. 14Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna”. 15A mulher disse a Jesus: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la”. 19b”Senhor, vejo que és um profeta!” 20Os nossos pais adoraram neste monte mas vós dizeis que em Jerusalém é que se deve adorar”. 21Disse-lhe Jesus: “Acredita-me, mulher: está chegando a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22Vós adorais o que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus. 23Mas está chegando a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. De fato, estes são os adoradores que o Pai procura. 24Deus é espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade”. 25A mulher disse a Jesus: “Sei que o Messias (que se chama Cristo) vai chegar. Quando ele vier, vai nos fazer conhecer todas as coisas”. 26Disse-lhe Jesus: “Sou eu, que estou falando contigo”.
39aMuitos samaritanos daquela cidade abraçaram a fé em Jesus. 40Por isso, os samaritanos vieram ao encontro de Jesus e pediram que permanecesse com eles. Jesus permaneceu aí dois dias. 41E muitos outros creram por causa da sua palavra. 42E disseram à mulher: “Já não cremos por causa das tuas palavras, pois nós mesmos ouvimos e sabemos, que este é verdadeiramente o salvador do mundo”. - MEDITAÇÃO
- Quem preside lê o texto abaixo e abre para a partilha do grupo:
A história dos patriarcas e de suas lutas pela sobrevivência, cavando poços no deserto e tornando a vida possível, serve de horizonte para João narrar este encontro de Jesus com a samaritana. Jesus senta-se junto ao poço de Jacó, por volta do meio-dia, hora de maior claridade, e ao mesmo tempo, hora de escuridão, o que evoca a sua condenação (19,14). Uma mulher samaritana vem buscar água. O encontro com Jesus começa pelo ato com que Jesus ousa expor a sua necessidade perante ela. Sedento como na cruz (19,28), Jesus lhe pede: “Dá-me de beber” (Jo 4,7). A Samaritana por sua vez se sente encorajada a formular o seu pedido: “Senhor, dá-me desta água (Jo 4,15). Essa pobreza compartilhada torna-se a base do encontro na verdade. Tal como o dom da água, que alivia a sede do povo durante o caminho do êxodo no deserto, Jesus é apresentado como torrente de água viva. Tudo culmina na profissão de fé: “Nós cremos e conhecemos que este é realmente o Salvador do mundo”.
A samaritana é um ícone do discipulado. O batismo não é algo acabado, mas um caminho que se constrói progressivamente. Jesus não bebe da água e a mulher esquece o seu cântaro (Jo 4,28-29) porque a verdadeira sede é a sede de encontro. A nossa busca encontra-se, assim, com a busca que o próprio Senhor faz de nós. A mulher se transforma em evangelizadora. Mas se ela proclama o que Jesus disse e fez, é porque, antes, Jesus revelou a ela quem ela é (Jo 4,29). O caminho da samaritana até Jesus coincide com a sua peregrinação interior em busca de si mesma, em que mesmo os aspectos mais problemáticos, que em geral uma pessoa tem dificuldade de confessar, são reconhecidos, o que ocorre porque ela se sente profundamente acolhida, sem qualquer julgamento por parte de Jesus. Em nossa celebração, somos atraídos pelo desejo de Jesus. No rito da aspersão, deixemos que o símbolo da água nos conduza para dentro do mistério do nosso batismo, que vamos renovar na Páscoa.
- PRECES
O Espírito de Deus derramado em nossos corações nos anima a orar com toda a confiança, dizendo:
Senhor, escuta a nossa prece.
- Pelos catecúmenos e catecúmenas, que se preparam para celebrar os sacramentos pascais, para que recebam a graça da iluminação, oremos.
- Pelas pessoas que desejam retomar o caminho do Evangelho, para que tenham oportunidade de viverem uma experiência pessoal viva e comunitária, oremos.
- Pelas populações que vivem em lugares áridos ou que têm suas as águas poluídas e passam por todo tipo de privação, oremos.
Preces espontâneas…
Deus da vida, ouve o nosso clamor, sacia nossa sede com a água viva do teu Espírito. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
- ORAÇÃO
Oremos ao Senhor… [Breve silêncio]
Deus, fonte de água viva,
tu nos revelas o teu amor sempre fiel e sempre novo.
Escuta as preces de teus filhos e tuas filhas
e abre nossos corações para tua presença.
Dá ao universo inteiro
a alegria de te adorar em espírito e verdade,
e a esta comunidade a graça de, sempre e cada vez mais,
mergulhar plenamente no mistério do Cristo,
para que a força do evangelho
penetre profundamente em nossa vida.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém. - BÊNÇÃO
O Deus da paz nos santifique totalmente, guarde-nos em seus caminhos até a Páscoa da ressurreição. Amém.
Abençoe-nos o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
ORAÇÃO À MESA
- Estando todos/as em torno da mesa , quem preside faz a oração:
Em nome do Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
Nós te damos graças, ó Deus da Vida, por este alimento que nos fortalece na preparação e no desejo da santa Páscoa. Sustenta nosso corpo e sacia-nos com tua santa Palavra, para que andemos sempre em teus caminhos.
Por Cristo, nosso Senhor! Amém.
Bendigamos ao Senhor. Demos graças a Deus.
Roteiro feito por: Penha Carpanedo, pddm. Desenho: Kelly de Oliveira
Baixe os áudios que estão no roteiro
-
Assinatura Semestral ImpressaR$37,50 para 6 meses
-
Assinatura Anual DigitalR$30,00 para 1 ano
-
Assinatura Anual ImpressaR$80,00 para 1 ano
Revista de Liturgia Edição 296 – O Mistério da fé
Quando, no coração da prece eucarística, o rito faz aclamar: “proclamemos o mistério da fé”, escutamos vigorosa a voz
da assembleia: “Cristo morreu, Cristo ressuscitou! Cristo há de voltar! Maranatá!” Eis o Mistério Pascal no centro da liturgia,
que evidencia que, ao realizar a fé por ritos e preces, a Igreja é mais plenamente ela mesma (Medellín n. 9). Essa centralidade
do Mistério Pascal é…