CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR

18 de Abril de 2019

 

Chegada

  1. Refrão Meditativo: escolher do livro de canto, ou:

Onde reina o amor, fraterno amor,

onde reina o amor, Deus aí está

 

Ritos Iniciais

  1. Canto de abertura procissão com a cruz e o lecionário.

Canto: Quanto a nós, n.121

  1. Sinal da cruz

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém

  1. Saudação inicial

A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai,

e a comunhão do Espírito, estejam com vocês.

Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

  1. Acolhida e sentido da celebração

Com esta celebração em memória da última Ceia de Jesus, iniciamos a grande festa anual da páscoa, a memória da morte, sepultura e ressurreição do Senhor. Lembramos a travessia do povo de Israel quando Deus tirou nossos pais e mães da terra do Egito, e recordamos de modo especial a travessia de Jesus, quando ele passou da morte à ressurreição.

  1. Acendimento das luzes da festa

A comunidade faz a memória dos vários grupos com os quais quer estar em comunhão na celebração do Tríduo. Ao lembrar cada grupo, alguém acende uma vela e coloca no candelabro. (Pode ser um candelabro de 7 braços.

Vamos recordar pessoas com quem queremos estar em comunhão nesta páscoa.

– Bendito sejas, Deus da vida, pela luz que tu acendes em todos os que lutam pela paz e pela justiça.

– Bendito sejas, Deus da vida, pela luz que tu fazes resplandecer em todas as Igrejas que proclamam que Jesus é o Senhor e dão testemunho do evangelho.

– Bendito sejas, Deus da vida, pelo clarão que arde em todas as religiões e em todos os que buscam o teu rosto.

– Bendito sejas, Deus da vida, pela luz que brilha na luta e esperança de todos os pobres da terra.

– Bendito sejas, Deus da vida, pela luz que tu fizeste brilhar entre nós nesta campanha da fraternidade.

– Bendito sejas, Deus da vida, pela luz que tu fazes resplandecer em todos os amigos e amigas da nossa comunidade.

– Bendito sejas, Deus da vida, por todos os grupos e entidades que trabalham pela sustentabilidade da terra.

Outras lembranças…

  1. Glória

Nesta noite, iniciando a festa da páscoa, elevemos ao Pai o nosso hino de louvar ao Senhor que nos faz passar da morte à vida.

  1. Oração inicial

Ó Deus de terna compaixão,

estamos reunidos para lembrar a santa ceia

que Jesus nos deixou como sinal do seu amor.

Dá-nos, pelo mistério de sua entrega por nós,

Vivermos em fraterna doação e solidariedade no serviço do teu reino.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

  1. Primeira leitura: Êxodo 12,1-8.11-14
  2. Salmo de resposta 116 (115) H 2, p. 47

O cálice por nós abençoado 

é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

  1. Como é que vou retribuir ao Senhor

tudo de bom que ele por mim realizou?

Vou levantar a taça da libertação,

invocarei seu santo nome em oração!

  1. Eu vou cumprir minhas promessas ao Senhor

e na presença de seu povo, meu louvor!

Irreparável é a morte de seus santos.

É uma perda, a seus olhos valem tanto!

  1. De tua serva filho sou, teu servidor,

tu me quebraste as algemas, ó Senhor

Eu te ofereço um sacrifício de louvor

ao invocar teu nome santo, ó Senhor!

  1. Segunda leitura: 1Coríntios 11,23-26
  2. Aclamação ao evangelho Folheto nº

Eu vos dou o novo mandamento,

que vos ameis, uns aos outros,

assim como eu vos amei, diz o Senhor.

  1. Evangelho: João 13,1-15

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós.

Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito, anuncia:

Anúncio da boa-nova de Jesus Cristo segundo…

Glória a vós, Senhor.

Proclama o evangelho e no final da leitura conclui dizendo:

Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

Beija o livro e o mostra para a assembléia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

  1. Homilia
  2. Rito do lava-pés

Depois da partilha da palavra, o(a) coordenador(a) cinge-se com uma toalha e, tomando água e bacia, lava os pés de um grupo da comunidade, para lembrar o que fez Jesus na última ceia, num ato de amor e serviço. Outras bacias distribuídas no meio da assembléia permitirá que cada um, cada uma, lave o pé do outro/a.

Canto : Jesus erguendo-se da ceia

  1. Preces:

Adoremos o nosso Salvador, que durante a última Ceia com os seus discípulos, na noite em que foi entregue, deixou à Igreja o memorial perene de sua Paixão e ressurreição.

Ó Senhor, escuta a nossa prece.

– Ó Cristo, sacerdote do Altíssimo, te ofereceste uma vez por todas em sacrifício, ajuda-nos a fazer de toda a nossa vida uma oferta de amor a ti e ao teu reino.

Ó Senhor, escuta a nossa prece.

– Ó Cristo, nosso Salvador, aceitaste beber o cálice da paixão: ajuda-nos a ser solidários com os sofrimentos da humanidade.

Ó Senhor, escuta a nossa prece.

– Ó Cristo, redentor do mundo, nos deste o mandamento de celebrar a eucaristia em tua memória, faze que todas as comunidades cristãs possam celebrá-la, a cada domingo.

Ó Senhor, escuta a nossa prece.

– Ó Cristo, servo do Senhor, amaste os teus discípulos até o fim: firma no serviço da comunhão todas as pessoas que exercem ministérios nas comunidades, especialmente as que têm o encargo de coordenação.

  1. Partilha dos bens

É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta: Onde reina o amor, fraterno amor…

Terminada a coleta, todos/as se levantam, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar. Quem preside, aproximando-se do altar, faz uma breve inclinação e dá início à ação de graças.

Se não houver comunhão,  depois das preces, quem preside vai para o altar e dá início à ação de graças.

 

AÇÃO DE GRAÇAS

  1. Convite à ação de graças

Quem preside faz o convite:

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós.

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação.

  1. 19. Canto de ação de graças – melodia: bendigamos ao Senhor, que nos une…

Quem preside canta intercalando com a resposta da assembléia:

Para nós é um prazer / bendizer-te, ó Senhor,

celebrar o teu amor / por Jesus teu bem querer.

Ó Pai nosso!

Te louvamos, ó Senhor, / pela nossa humana história

que revela tua glória / teu poder libertador.

Ó Pai nosso!

Pois naquela noite santa / Cristo às portas da paixão

pão e vinho em refeição / nova, eterna aliança.

Ó Pai nosso!

Ó Senhor, te damos graças / ao comer deste alimento

do seu corpo sacramento / para a vida que não passa.

Ó Pai nosso!

Teu Espírito congregue / tudo quanto está disperso;

tua Igreja em vida e verso / o teu reino manifeste.

Ó Pai nosso!

Finalmente a nossa boca, / inspirada por teu Filho,

e seguindo seu ensino, / o teu santo nome invoca.

Ó Pai nosso!

RITO DE COMUNHÃO

  1. Pai nosso

Oremos juntos a oração que o Senhor nos ensinou:

Pai nosso…, pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

 

  1. Abraço da paz
  2. Convite

Assim disse Jesus: “Eu sou o pão da vida.

Quem vem a mim nunca mais terá fome

e o que crê em mim nunca mais terá sede”.

Eis o cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo!

Senhor, eu não sou digno(a)….

Canto de comunhão – canto : Hoje é festa diz o povo… ou Eu quis comer

  1. Oração pós-comunhão

Ó Deus, promessa de paz,

hoje nos renovaste pela ceia do teu filho Jesus.

Faze que a força deste alimento

nos acompanhe em toda a nossa vida

e dá-nos a graça de participar na ceia do seu reino.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

Transladação do Santíssimo

 

  1. Procissão para a capela da reposição do Ssmo

Terminada a oração pós-comunhão, toma-se a reserva eucarística, ladeada de velas acesas, até o lugar da reposição do Santíssimo. A reserva deve ser colocado no cibório ou sacrário fechados (não é permitido  exposição do santíssimo no ostensório).

A comunidade segue a procissão cantando: Vamos todos louvar juntos…  Depois permanece em oração de vigilância com Jesus no horto. Há uma boa proposta no Oficio Divino das Comunidades, p. 550.

Retiram-se as toalhas do altar, e, se não foi feito no 5º domingo, retira-se ou cobre-se as cruzes (até à celebração da paixão) e as imagens até a vigília pascal.

 

Veja este livro abaixo. É uma proposta de adoração para este momento:

Livro Adoração Eucarística

 

 

Anexo

Bênção da refeição fraterna

 

Onde não há comunhão, pode-se fazer a partilha dos alimentos. Em vez do pão consagrado, coloca-se sobre a mesa algum alimento. Quem preside canta, e a assembleia repete a parte em negrito. Esta bênção pode ser cantada também com a melodia de “Bendigamos ao Senhor que nos une em caridade”, acrescentando depois de cada verso o refrão: Ó Pai nosso…

  1. Para nós é um prazer / bendizer-te, ó Senhor,

celebrar o teu amor / por Jesus teu bem-querer!

  1. Te louvamos, ó Senhor, / pela nossa humana história,

que revela tua glória, / teu poder libertador. (bis)

  1. Dando graças relembramos, / de Jesus em tantas ceias

E com ele em nossa mesa, / nós também nos alegramos. (bis)

Apresentando a comida:

  1. Ó Senhor, te bendizemos / por comida tão gostosa,

que com mãos bem generosas / entre nós partilharemos!

Apresentando a bebida:

  1. Ó Senhor, te bendizemos / por beber de tal delícia,

que entre nós com alegria / como irmãos dividiremos!

  1. Finalmente a nossa boca, / inspirada por teu Filho,

e seguindo o seu ensino, / o teu santo nome invoca: (bis)

Pai nosso…, pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre

Partilha dos alimentos

 


 

Para a equipe:

É indispensável que a equipe se prepare para a celebração mediante leitura orante dos textos bíblicos e litúrgicos. Para a compreensão do sentido deste dia, segue este pequeno comentário:

Este texto é o início do discurso da despedida (cap. 13-17), espécie de testamento espiritual de Jesus. João situa a ceia no anoitecer da quinta-feira, e a paixão durante a sexta-feira da preparação da páscoa judaica, que é celebrada ao anoitecer da sexta-feira, começo do sábado. Diferente dos relatos nos evangelhos sinóticos, João substitui a ceia pelo lava-pés (fala da eucaristia no capítulo 6, em outro contexto). Com esta mudança, quer fazer aparecer com toda ênfase o mistério da pessoa e da missão de Jesus, que culminou no seu amor até o fim. O sinal revela que Jesus é quem ele afirma ser. Assim como a palavra “eu sou a ressurreição e a vida” corresponde à ressurreição de Lázaro, palavras como “Não vim para ser servido, mas para servir” correspondem ao lava-pés.

Oferecer água para lavar os pés era gesto de cortesia, feito por um servo ou pelo discípulo do mestre. Jesus inverte os papéis e ele mesmo, o mestre, levanta-se da mesa, depõe as vestes, lava os pés, retoma as vestes e senta-se à mesa. É uma cena de auto-revelação de Jesus que saiu do Pai, renunciando a sua glória, colocando-se como servidor de Deus em defesa da vida, perdendo-a para retomá-la.

Quando diz a seus discípulos que devem deixar-se lavar os pés, como condição para ter parte com ele, dá a conhecer que Deus, como nosso salvador, está presente e opera a salvação no mais humilde serviço de amor que prestamos uns aos outros. Quem entendeu isso saberá inspirar neste exemplo toda a sua vida. Este é o caminho do discípulo de Jesus.

A tarde da quinta-feira santa é muito querida às nossas comunidades. Aproximamo-nos da eucaristia como quem se aproxima de alguém que transformou sua vida em amor. Renovamos nosso desejo de seguir este caminho repetindo o seu gesto na liturgia, entrando nesta páscoa confiantes de que Deus mesmo vem em socorro das nossas impossibilidades e nos dá a graça de fazer do amor a meta da nossa vida.

 

Revista de Liturgia Edição 272 – 50 anos de Medellín: A liturgia de uma Igreja pobre, a serviço dos pobres.

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