Celebre em casa o Domingo

Jesus prometeu que onde dois ou três estejam reunidos em seu nome, ele estará no meio. Graças ao batismo, todo núcleo familiar, nas suas várias configurações, é uma comunidade de fé. Reunida em oração, torna-se sinal da presença do ressuscitado, Ele que tantas vezes se reuniu com os seus discípulos e discípulas, em suas casas como irmão e amigo. 

Neste domingo da pecadora perdoada, prosseguindo o caminho da nossa renovação espiritual, alegremo-nos porque Jesus nos acolhe incondicionalmente para além de nossas infidelidades.

  1. ABERTURA
    Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
    Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
    Vem, não demores mais, vem nos libertar! (bis)
    Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito, (bis)
    glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito. (bis)
    Ao Senhor voltemos, bem de coração, (bis)
    que ele nos converta pelo seu perdão! (bis)
  2. RECORDAÇÃO DA VIDA
    A pessoa que coordena com breves palavras, introduz o sentido da celebração:
    Neste domingo da pecadora perdoada, prosseguindo o caminho da nossa renovação espiritual, alegremo-nos porque Jesus nos acolhe incondicionalmente para além de nossas infidelidades.

Quem coordena pode trazer lembranças de acontecimentos marcantes que são sinais da vitória do Cristo na vida do povo e convidar as pessoas a lembrarem outros fatos.

  1. SALMO 86(85)
    Cantando este salmo, oremos em união com Cristo, que durante sua vida terrena, fez orações e súplicas a Deus, em voz alta e com lágrimas, ao Deus que o podia salvar da morte (Hebreus 5,7).
  2. Senhor, me escuta e responde,
    sou fraco e necessitado,
    me salva, sou teu amigo,
    teu servo em ti confiado.
  3. Tu és meu Deus, tem piedade,
    o dia todo te invoco,
    alegra meu coração,
    pra ti, Senhor, eu me volto.
  4. Tu és perdão e bondade,
    acolhes aos que te imploram,
    atende agora esta prece,
    no meu sofrer me consola.
  5. Na angústia chamo por ti,
    pois tu respondes, Senhor.
    Que deus faria o que fazes?
    Ninguém te iguala em amor.
  6. Os povos todos virão
    louvar a tua majestade;
    tu fazes grandes prodígios,
    só tu és Deus de verdade.
  7. Me ensina o caminho certo,
    pra andar em tua verdade,
    reúne meu coração,
    que siga tua vontade.
  8. De coração agradeço
    tão grande amor tens por mim,
    tiraste-me do abismo,
    assim te louvo, sem fim.
  9. Furiosos se levantaram,
    querendo me derrubar;
    contigo não se incomodam,
    altivos querem matar.
  10. Mas tu, Senhor de ternura,
    paciente, cheio de amor,
    de mim tem pena, ó Deus,
    atento a teu servidor.
  11. Me dá tua força, Senhor,
    teu servo vem libertar,
    e aqueles que me odeiam
    calados hão de ficar.
  12. Ao Pai do céu demos glória,
    a Jesus Cristo também,
    a quem dos dois é o Amor
    Se louve pra sempre. Amém!
    Oração silenciosa e repetição
  13. ORAÇÃO DO DIA
    Oremos ao Senhor… [Breve silêncio]
    Senhor, nosso Deus,
    dá-nos a graça de caminhar com alegria
    no mesmo amor que levou teu Filho
    a entregar a sua vida pela salvação da humanidade.
    Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  14. LEITURA DO EVANGELHO – João 8,1-11
    Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:
    Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
    Naquele tempo: 1Jesus foi para o monte das Oliveiras.
    2De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los.
    3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus
    trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: ‘Mestre,
    esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.
    5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?’ 6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse:
    ‘Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.’ 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo.
    10Então Jesus se levantou e disse: ‘Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou ?’ 11Ela respondeu: ‘Ninguém, Senhor.’ Então Jesus lhe disse: ‘Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais.’ Palavra da Salvação.
  15. MEDITAÇÃO
    Quem preside lê o texto abaixo e abre para a partilha do grupo:

A lei decreta pena de morte para a adúltera. No plano simbólico, muitos textos do Antigo Testamento apresentam Deus como o esposo que reconcilia consigo a mulher infiel. A cena se desenrola publicamente no templo, onde Jesus costuma ensinar. Trazem um caso concreto de uma mulher surpreendida em adultério para saber como Jesus aplicaria a lei. Isto pressupõe que os seus interlocutores o viram distanciar-se da lei ao perdoar pecados. É como se perguntassem: “Pegamos esta mulher no flagrante, devemos levá-la a um tribunal ou podemos executá-la sem mais?” Diante da resposta de Jesus, e mais ainda diante da sua atitude serena e da sua indignação, as máscaras caem por terra. É como se, de repente, viesse à tona um outro adultério, mais grave, tantas vezes denunciado pelos profetas, praticado permanentemente por estes senhores de pedras nas mãos.
Jesus, então, dirige para a mulher um olhar de profunda compaixão. Ele desaprova os orgulhosos de coração e se compadece de quem aceita a sua misericórdia. Este gesto de amor incomparável marcará tão profundamente a mulher, que ela não poderá mais levar a vida de antes. O “não voltes a pecar” tem este sentido. Pelo fato de não ser condenada, a mulher fica em dívida com a misericórdia de Deus.

Diante deste evangelho, facilmente nos identificamos com a vulnerabilidade da mulher e, ao mesmo tempo, com a sua abertura de coração para acolher o amor de Deus que nos recria para uma vida nova. Muitas vezes, como esta mulher, sentimos o peso da punição vinda de quem ainda exerce poder sobre nós, ou, quem sabe, da punição que nós mesmos nos impingimos. Mais duro é identificar-nos com estes senhores tão hábeis em apontar e condenar a fraqueza dos outros, passando por cima da sua própria conduta. Estamos diante de um ensino fundamental: “Não julgueis para não serdes julgados. Porque com a mesma medida que medirem, serão medidos”, um ensino que fundamenta uma prática não violenta. O mesmo Jesus que desarma os que iriam apedrejar a mulher, pedirá mais tarde à Pedro, guardar sua espada na bainha. Na quaresma esta palavra é um apelo de conversão a retomarmos o caminho de Jesus em nossa vida.
Em nossa oração comum, neste quinto domingo da quaresma, colocamo-nos diante de Deus, sentindo sobre nós a força amorosa do seu perdão, que nos cura de nossas ambiguidades. Que a graça do perdão nos eduque a olhar os outros como Deus nos olha. Não é uma coisa que possamos conquistar de um dia para outro, é um programa de vida, que podemos intensificar neste tempo que nos prepara para a páscoa.

  1. PRECES
    Neste tempo favorável, peçamos ao Senhor a graça de uma verdadeira renovação da nossa vida batismal. Cantemos:
    Cristo Filho do Deus vivo, tem piedade de nós.
    Jesus, Filho amado, que neste momento em que vive a humanidade, a possamos dar testemunho de compaixão, sobretudo com as pessoas fragilizadas pelo sofrimento.
    Tu que tantas vezes te manifestaste amigo das mulheres, tem piedade das mulheres vitimas do machismo e de todo tipo de violência.
    Firma na solidariedade e as pessoas e entidades que trabalham incansáveis pelos direitos humanos.
    Preces espontâneas…. Quem preside conclui:
    Senhor Jesus, lembra-te de nós em teu reino e ensina-nos a rezar:
    Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
  2. ORAÇÃO
    Oremos ao Senhor… [Breve silêncio]
    Ó Deus, refúgio dos desamparados,
    que enviaste Jesus, teu filho, para nos ensinar
    a tua justiça e o teu profundo amor
    aos pecadores e desprezados,
    dá-nos a graça de praticarmos sempre
    a compaixão e a misericórdia.
    Livra-nos de todo julgamento apressado,
    de todo preconceito e discriminação,
    desarma-nos de todos os instrumentos de violência.
    Assim, reconciliados, celebremos
    na alegria a nova páscoa de Jesus,
    teu filho, bendito pelos séculos. Amém.
  3. BÊNÇÃO
    O Deus da paz nos santifique totalmente, guarde-nos em seus caminhos até a páscoa da ressurreição. Amém.
    Abençoe-nos o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.

ORAÇÃO À MESA

  • Estando todos/as em torno da mesa, quem preside faz a oração:
    Em nome do Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
    Ó Deus criador de todos os bens, nós te bendizemos por esta refeição que nos deste para a nossa alegria. Faze que neste comer e beber em fraterna comunhão, experimentemos a presença de Jesus teu Filho amado e a força do Espírito que faz novas todas as coisas. A ti a glória e louvor. Amém.
    Bendigamos ao Senhor. Demos graças a Deus.

Roteiro: Penha Carpanedo, pddm, redatora da Revista de Liturgia e membro da Rede Celebra.
Desenho: Kelly de Oliveira, pddm.
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Revista de Liturgia é um serviço de formação litúrgica destinada ao povo de Deus, especialmente às pessoas que atuam na pastoral litúrgica e nos diversos ministérios dentro da celebração. Traz artigos de excelente conteúdo e de fácil leitura, sobre diversos temas, sempre em sintonia com a pastoral litúrgica da Igreja no Brasil, em função da prática celebrativa das comunidade e da relação liturgia e catequese. 

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