Autoras:

Ir. Neusa Bresiani é Pia Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui
no serviço da formação litúrgica nas comunidades.
Ir. Helena Ghiggi é Pia Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

5º DOMINGO DA QUARESMA ANO A
29 de abril de 2020

1. Aprofundando os textos bíblicos: Ezequiel 37,12-14; Salmo 130 (129); Romanos 8,8-11; João 11,1-45
O evangelho coloca o sinal da ressurreição de Lázaro, como o sétimo, a plenitude dos demais. Jesus manifesta-se como o Senhor da vida, apontando para o grande sinal de sua ressurreição. Lázaro, Marta e Maria representam a comunidade, que gera vida nova através do amor fraterno. Jesus chega à comunidade quatro dias após a morte de Lázaro, quando não havia mais esperança de vida. Com sua prática, Jesus transforma o sofrimento, a tristeza, o luto, ajudando a superar a mentalidade que considerava a pobreza, a doença e a morte como castigo de Deus. Como Messias Salvador, Jesus chama de volta à vida os doentes, os que estão mortos. A comunidade, com Marta, é impelida a acreditar na ressurreição e na vida como realidades que atuam desde agora, não apenas como esperanças futuras. Reavivada pela esperança de renascimento da vida, Marta professa a fé: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus” (v.27). Jesus solidariza-se com os que choram e se compadece diante do sofrimento. Ele vai ao sepulcro e faz ressurgir uma vida nova: “Lázaro, vem para fora!” (v.43). Lázaro, o amigo de Jesus que estivera morto, obedece à ordem dada por Jesus, levanta-se do sepulcro e volta para a vida. Jesus, o Filho de Deus, faz jorrar a vida onde reina a morte. A comunidade, mediante o amor e a solidariedade, ajuda Lázaro a encontrar o caminho da vida: Desatai-o e deixai-o caminhar. A 1ª leitura mostra que o povo exilado na Babilônia encontra-se numa situação de morte, sem esperança de vida, como ossos secos na sepultura (cf. Ez 37,11). Mas, Ezequiel anuncia que a ação de Deus se manifestará através do Espírito, fazendo o povo sair das sepulturas, do exílio para se estabelecer em sua terra. Na 2ª leitura, a comunhão com Cristo morto e ressuscitado nos possibilita viver segundo o Espírito, que habita em nós de forma renovada pela justiça.

Revista de Liturgia Ed 277 – A Palavra, uma possibilidade para a Igreja

2. Atualizando
Graças a Cristo, ressurreição e vida, a morte não é o fim do caminho, a última palavra, mas sim a vida. Em Cristo, somos chamados a viver segundo o Espírito uma existência nova para Deus. Testemunhamos nossa fé batismal transformando as situações de morte, de exclusão, em vida plena.

Revista de Liturgia Ed 278 – Noite pascal, por todo o ano esperada

3. A palavra de Deus na celebração
Hoje, com Marta e Maria professemos a nossa fé em Jesus, ressurreição e vida. Deixemos ressoar em nosso coração as palavras de Jesus: “Vem para fora”. Jesus nos tira do túmulo e nos conduz à vida: “Desatai-o e deixai-o caminhar”.
Mergulhados em Cristo, participamos no seu mistério pascal. Ele que ressuscita Lázaro aceita a morte e o sepulcro e assim se converte em vida e ressurreição para todos.

4. Dicas e sugestões
Neste domingo se faz a última purificação daqueles que vão receber os sacramentos da iniciação na páscoa. Este é um sinal de que Jesus nos chama à vida. Outras sugestões vejam no Dia do Senhor: guia para as celebrações das comunidades, ciclo pascal ABC, p. 93-100.

 

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