O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a. As leituras são tomadas do Lecionário dominical. Para a ação de graças, sugerimos uma oração recitada, mas há versões cantadas. Cf. CD COMEP, Ação de Graças no Dia do Senhor.

27º domingo do Tempo comum – B

Domingo do casamento fiel.

O Senhor anuncia uma nova dignidade para a mulher e a sua emancipação.

 

  1. RITOS INICIAIS

Chegada

Enquanto as pessoas vão chegando, o(a) animador(a) do canto vai ensaiando as músicas, sobretudo a parte da assembléia, e o faz de tal maneira que já vai criando um clima de oração. Momentos antes da celebração, a assembléia pode ser convidada a se preparar pelo silêncio ou através de um refrão meditativo, por exemplo: “Onde reina o amor, fraterno amor, onde reina o amor, Deus aí está”. O refrão termina bem baixinho, o silêncio se prolonga  e só então se anuncia o canto de abertura.

 

  • Canto de abertura e procissão

Senhor, em tuas mãos, H 3, p. 127; Bom é louvar o Senhor, ODC, p. 118.

Entram em procissão os acólitos com o incenso, a cruz e as velas. Também o leitor, com o livro das leituras, e o coordenador ou coordenadora da celebração…

  • Sinal-da-cruz
  • Saudação

C: A paz do Senhor esteja com vocês.

T: O amor de Cristo nos uniu.

  • Acolhida, sentido da celebração e recordação da vida

O(a) animador(a), ou quem preside, com breves palavras, acolhe as pessoas, sobretudo as visitantes.

Introduz o sentido do domingo e convida a assembleia a lembrar fatos que são sinais da páscoa do Senhor, acontecendo hoje em nossa vida, na comunidade, no mundo…

  • Ato penitencial
  • Hino de louvor
  • Oração inicial

Ó Deus, parceiro fiel da aliança,

tu cumulas de um amor sem fim

aqueles e aquelas que te imploram.

Derrama sobre nós tua misericórdia,

liberta-nos de todas as nossas preocupações

e atende-nos em todas as nossas necessidades.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

  1. LITURGIA DA PALAVRA

As introduções das leituras que seguem, é mais uma ajuda para a equipe que vai preparar a celebração. Melhor não fazer tais introduções na celebração. Sugerimos que se cante um refrão antes de começar as leituras:

Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor.

 

– 1a leitura: Gênesis 2,18-24

As comunidades de Israel, vendo em seu meio muitos desentendimentos entre as pessoas, contavam como Deus, no começo, imaginou o mundo e as relações entre homem e mulher. Vamos acolher a palavra que Deus nos dá nesta leitura.

 

– Salmo de resposta 128(127)    (H 3, p. 162-3)

Por meio desta oração do salmo, peçamos que o Senhor venha nos ensinar o caminho da vida e da felicidade.

 

O Senhor te abençoe de Sião

cada dia de tua vida.

 

Feliz és tu se temes o Senhor

e trilhas seus caminhos!

Do trabalho de tuas mãos hás de viver,

será feliz, tudo irá bem!

 

A tua esposa é uma videira bem fecunda

no coração da tua casa;

os teus filhos são rebentos de oliveira

ao redor de tua mesa.

 

Será assim abençoado todo o homem

que teme o Senhor.

O Senhor te abençoe de Sião

cada dia de tua vida.

 

Para que vejas prosperar Jerusalém

e os filhos dos teus filhos.

Ó Senhor, que venha a paz a Israel,

que venha a paz ao vosso povo!

 

– 2a leitura: Hebreus 2,9-11

Diante do espanto de muitos pela morte de Jesus na cruz, considerada uma maldição, assim se explica o autor da Carta aos Hebreus.

 

– Aclamação ao evangelho   (H 3, p. 227)

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!

Se amarmos uns aos outros,

Deus em nós há de estar,

e o seu amor em nós

se aperfeiçoará.

 

– Evangelho: Marcos 10,2-16

Jesus continua o seu caminho. Está de novo cercado pela multidão e é provocado sobre um assunto que interessa a todo o povo. A mulher podia ser despedida do casamento por qualquer motivo, mesmo fútil, como queimar a comida. Sua palavra não tinha nenhum valor nos tribunais e na vida pública. É neste contexto que se situa o ensinamento de Jesus que vamos ouvir e acolher em nossa vida.

 

– Rito da proclamação do evangelho

Enquanto se canta a aclamação o leitor se desloca para proclamar o evangelho: se inclina diante do altar e reza em silêncio:

Purifica, Senhor, meu coração e meus lábios,

para que eu anuncie dignamente o teu evangelho.

Se o evangeliário estiver sobre o altar, os acólitos tomam as velas e acompanham o trajeto do leitor, levando o livro do altar para a estante. Caso contrário, depois de rezar diante do altar, o leitor, acompanhado pelos acólitos, vai diretamente à estante, abre o livro e saúda a assembléia dizendo:

                                                                                     

L: O Senhor esteja com vocês.

T: Ele está no meio de nós.

Fazendo o sinal-da-cruz no livro, na fronte, na boca e no peito, anuncia:

L: Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

T: Glória a vós Senhor.

Incensa o livro, proclama o evangelho e conclui a proclamação, dizendo:

L: Palavra da salvação.

T: Glória a vós, Senhor.

Mostra o livro para a assembléia, que se inclina num gesto de adesão à Palavra.

  • Para concluir a meditação

Jesus continua o seu caminho. Os fariseus querem saber se é permitido ao homem abandonar sua mulher. Marcos imagina uma discussão pública, na presença da multidão, visto que o matrimônio interessa a todos. Jesus aceita o desafio, mas se recusa a ver o casamento a partir de permissões ou restrições. Contrapõe à lei de Moisés o projeto original de Deus que busca uma relação de igualdade e de comunhão entre homem e mulher no casamento. Não basta uma lei de proteção à mulher se o homem continua ocupando um lugar superior em relação a ela.

Ao contexto geral do casamento pertencem também as crianças. Eram desejadas e estimadas, mas não gozavam de plena consideração, enquanto não se tornassem adultas capazes de observar a lei. Exatamente por isso têm livre acesso a Jesus e se tornam, pela sua simplicidade (sem preconceitos) e pelo espírito filial, um sinal de como acolher o reino de Deus.

Desde o início da bíblia, Deus revelou que a relação amorosa entre o homem e a mulher é o mais forte sinal da sua aliança com a humanidade. Jesus confirma isso e, quando reuniu os companheiros para fazer parte da sua comunidade, fez com eles uma aliança de amizade. Na última ceia, disse aos discípulos: “Não chamo vocês de servos, mas de amigos, porque confidenciei a vocês tudo o que recebi de meu Pai”. Conforme a tradição, ele foi traído por um amigo.

Pode acontecer, tanto no casamento como na amizade, que, por qualquer motivo, de uma hora para outra uma pessoa ponha a perder uma relação construída com esforço e fidelidade. Mas, apesar disso, a relação amorosa e a amizade são os sinais mais sensíveis do rosto de Deus brilhando na terra dos humanos. Dietrich Bonhoeffer, na prisão, condenado pelos nazistas, escreveu: “A amizade sempre pode ser traída. O próprio Jesus passou por isso. Devemos ser mais cuidadosos na escolha das pessoas de nossa confiança. Mas se não confiarmos em alguém, que alegria ainda teria esta vida?”

A celebração litúrgica é renovação da aliança de Deus com o seu povo e momento de retomar o caminho da convivência humana, como a única saída para os conflitos e como sinal da comunhão com Deus. É tempo de assumir a  paciência diante dos fracassos que possam ter acontecido; “o fracasso de um amor, não é o fracasso do amor” nos lembra Jean Yves Leloup. É sempre tempo de despertar o coração para buscar a unidade em cada encontro e amizade.

 

  • Profissão de fé
  • Preces

C:  Irmãos e irmãs, Jesus intercede agora por todo o seu povo junto do Pai.

Vamos nos unir à sua prece, dizendo:

T: Escuta-nos, Senhor.

– Realiza tua promessa de paz a todos os povos, que se acabem os conflitos entre nações, que não haja discórdia nas famílias.

– Envia a força renovadora do teu Espírito sobre todas as Igrejas cristãs, para que testemunhem no mundo a alegria da ressurreição.

– Ouve, Senhor, o clamor do teu povo que sofre a humilhação do desemprego e da miséria.

– Liberta os prisioneiros, restitui a luz aos cegos, acolhe os órfãos e as viúvas.

Preces espontâneas…

C: Deus, nossa força e proteção, atende as nossas preces e guia-nos em teus caminhos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

3. AÇÃO DE GRAÇAS E RITO DA COMUNHÃO
  • Coleta fraterna

É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta: Utopia; Quem disse que não somos nada; Os cristãos tinham tudo em comum…

  • Da palavra à refeição

O(a) animador(a) convida a assembléia a se aproximar do altar. Vejam em cada domingo o convite para passar “Da palavra à refeição”.  Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem uma breve inclinação.

 

Vamos dar graças a Deus e repartir entre nós o pão consagrado, memória viva do corpo do Senhor. Que esta comunhão firme nossa amizade com ele e entre nós.

Vós sois o caminho, a verdade e a vida,

o pão da alegria descido do céu.

 

  • Oração de ação de graças

O(a) coordenador(a), ocupando o lugar no altar, convida a assembléia para o louvor:

 

C: O Senhor esteja com vocês!

T: Ele está no meio de nós!

C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus!

T: É nosso dever e nossa salvação!

 

C: Nós te damos graças, ó Deus da vida,

porque neste dia santo de domingo

nos acolhes na comunhão do teu amor

e renovas nossos corações

com a alegria da ressurreição de Jesus.

 

T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

 

C: Esta comunidade aqui reunida

recorda a vitória sobre a morte,

escutando a tua Palavra e repartindo o pão,

na esperança de ver o novo céu e a nova terra,

onde não haverá fome, nem morte, nem dor,

e onde viveremos na plena comunhão do teu amor.

 

T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

 

C: Por este sinal do corpo do teu Filho,

expressamos nosso desejo de corresponder

com mais fidelidade à missão que nos deste

e invocamos sobre nós o teu Espírito.

Apressa o tempo da vinda do teu reino,

e recebe o louvor de todo o universo

e de todas as pessoas que te buscam.

T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

C: Toda a nossa louvação chegue a ti

em nome de Jesus, por quem oramos

com as palavras que ele nos ensinou:

T: Pai nosso…, pois vosso é o reino,

o poder e a glória para sempre.

 

  • Abraço da paz

A: Irmãos e irmãs, por sua morte e ressurreição, o Cristo nos reconciliou! Neste mesmo gesto, vamos transmitir uns aos outros a alegria da reconciliação, através do abraço da paz!

 

  • Rito da comunhão

C: Assim disse Jesus: “Eu sou o pão da vida.

Quem vem a mim nunca mais terá fome

e o que crê em mim nunca mais terá sede”.

Mostrando o pão consagrado:

Eis o Cordeiro de Deus,

aquele que tira o pecado do mundo!

T: Senhor, eu não sou digno(a)…

 

– Canto (partilha do pão)

Quem o reino de Deus não acolhe, H 3, p. 272; Na mesa sagrada…

 

– Oração final

Ó Deus, que a comunhão em teu filho Jesus Cristo

seja para nós alegria e salvação.

Ajuda-nos a ser plenamente fiéis ao teu amor

e a permanecermos em ti.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

  1. RITOS FINAIS

 

  • Comunicações
  • Bênção

C: O Deus da paz, que nos deu a alegria de celebrar este domingo,

guarde-nos em seus caminhos, e nos abençoe,

ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

– Bênção dos casais

O(a) coordenador(a) convida os casais a se aproximarem do altar, a se darem as mãos… Convida toda a assembléia a um momento de oração… Depois reza:

Deus, criaste homem e mulher

à tua imagem e semelhança e lhes entregaste

o universo inteiro, para que cuidassem dele com sabedoria.

Abençoa os casais de nossa comunidade,

fortalece a sua união,

ajuda-os a superar os conflitos,

para que em tudo teu nome seja glorificado.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

A: Vamos em paz e,

ao longo de toda esta semana,

bendigamos ao Senhor.

T: Graças a Deus.

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