O que segue é um Roteiro de Celebração Dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a, mas os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Os comentários das leituras são para ajudar a equipe que prepara, não deve ser usada no momento da celebração. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem prepara a homilia. A oração de ação de graças dentro do roteiro é uma proposta recitada. No final deste roteiro há uma versão cantada: a melodia se em encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’. As demais melodias indicadas no roteiro refere-se ao Hinário Litúrgico da CNBB, registradas no CD Liturgia VI da Paulus. Há ainda no final deste roteiro o rito da aspersão que sempre pode ser usado aos domingos no lugar do ato penitencial.
34º Domingo do Tempo Comum ano B
Domingo de Cristo Rei. Encerrando o ano litúrgico, aclamamos o Cristo como centro e energia de nossas vidas e de toda história e nos comprometemos com seu projeto de instaurar a verdade e a justiça em todo o universo e de contribuir com uma cultura de paz. Celebramos a páscoa de Jesus em todas as pessoas que trabalham para apressar no mundo a vinda do reino.
O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. A ele a glória e o poder através dos séculos. (Ap 5,12;1,6)
CHEGADA
- Refrão meditativo
Louvarei a Deus, seu nome bendizendo.
Louvarei a Deus, a vida nos conduz.
RITOS INICIAIS
2. Canto de abertura –
O Senhor vai falar de paz, H 3, p. 131; Felizes os pobres reunidos, ODC, p. 285; Tu és o rei dos reis…
- Sinal-da-cruz
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
- Saudação
A paz do Senhor esteja com vocês.
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
- Acolhida, sentido da celebração e recordação da vida
O(a) animador(a), com breves palavras, acolhe as pessoas, sobretudo as visitantes, introduz o sentido do domingo e convida a assembleia a lembrar fatos marcantes que são sinais da páscoa de Jesus em nossa vida, na comunidade, no mundo…
- Ato penitencial
Senhor que vieste, não para condenar, mas para salvar, tem piedade de nós.
Senhor tem piedade de nós.
Cristo, que acolhes quem confia em tua misericórdia, tem piedade de nós.
Cristo, tem piedade de nós.
Senhor, que muito perdoas a quem muito ama, tem piedade de nós.
Senhor tem piedade de nós.
Deus todo amoroso, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.
No lugar do ato penitencial, pode-se fazer o rito da aspersão, no final deste roteiro
- Glória
- Oração inicial
Deus da vida,
tu quiseste reunir e reconciliar toda a tua criação
no teu filho Jesus,
a quem proclamamos amigo e servidor dos pobres,
Senhor do universo e da história.
Escuta nossas preces
e concede a todas as criaturas, libertas de toda escravidão,
a graça de servir ao teu reino
e glorificar sempre teu nome santo,
bendito pelos séculos dos séculos. Amém.
LITURGIA DA PALAVRA
- 1a leitura – Daniel 7,13-14
O livro de Daniel foi escrito para animar a comunidade judaica em um tempo em que ela estava profundamente ameaçada em sua identidade cultural e religiosa. O autor fala em linguagem simbólica. Apresenta uma figura misteriosa, “um Filho do Homem” repleto de glória, para dizer ao povo que ele também sairá vencedor da dura perseguição pela qual está passando. Vamos ouvir e acolher a palavra de Deus para nós.
- Salmo de resposta 93(92) (H 3, p. 167)
Cantemos neste salmo a alegria de sermos convidados pelo Senhor para estar em sua presença. Peçamos paz para o nosso mundo e sabedoria para todos os que têm o dever de zelar pelo bem comum.
Deus é rei e se vestiu de majestade!
Glória ao Senhor!
Deus é rei e se vestiu de majestade,
revestiu-se de poder e de esplendor.
Poderoso é o Senhor nos altos céus.
Vós firmastes o universo inabalável,
vós firmastes vosso trono desde a origem,
desde sempre, ó Senhor, vós existis.
Verdadeiros são os vossos testemunhos,
refulge a santidade em vossa casa,
pelos séculos dos séculos, Senhor.
- 2a leitura: Apocalipse 1,5-8
O livro do Apocalipse é uma palavra de alento às comunidades cristãs do primeiro século que viviam um clima de medo, perseguidas pelas forças do império romano. Em meio a tantos sofrimentos, a liturgia tinha a função de encorajar os irmãos e irmãs a serem testemunhas de Jesus. Vamos ouvir esta palavra em comunhão com tantas comunidades que, em nossa América Latina, vivem em situação semelhante.
12. Aclamação ao Ou: H 3, p. 230
Aleluia, aleluia, aleluia!
É bendito aquele que vem vindo,
que vem vindo em nome do Senhor.
E o reino que vem seja bendito,
ao que vem e a seu reino, o louvor!
- Proclamação do evangelho: João 18, 33b-37
O evangelho que vamos ouvir é uma parte da narração da paixão de Jesus, segundo o evangelho de João. Vamos acolher o que o Senhor nos fala por meio desta palavra.
O(a) leitor(a) se dirige se dirige à assembleia com esta saudação:
O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós.
Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:
Anúncio da boa-nova de Jesus Cristo segundo…
Glória a vós, Senhor.
Proclama o evangelho e no final da leitura conclui dizendo:
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.
Beija o livro e o mostra para a assembleia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.
- Homilia – para quem prepara a homilia
Depois do diálogo com os judeus, Pilatos entra no pretório e pergunta a Jesus: “Você é rei dos judeus?” Jesus responde afirmativamente, explicando em seguida que tipo de rei ele é. Jesus nunca aceitou ser chamado “rei”, a não ser no processo de sua condenação.
Jesus é um rei muito diferente. É um rei sem apoio militar. Nem sequer permitiu que Pedro usasse a espada em sua defesa no enfrentamento com os soldados na hora da prisão. O seu modo de reinar é bem diferente dos reis deste mundo, que vencem pela força e pelas armas. Jesus enfrentou os inimigos dando a sua vida, jamais aceitando tirar a vida deles.
A celebração litúrgica anuncia o Cristo vitorioso que venceu o fracasso pelo amor, rei do universo, acima de todos os poderes que vencem pela força e pela opressão. Lembra à comunidade o seu compromisso de trabalhar por uma sociedade solidária e fraterna; por uma cultura de paz, vencendo qualquer tipo de violência e de agressão. O Espírito que opera a santificação do corpo de Cristo, transforma nossas fragilidades e nossa pobreza em sacramento do reino.
- Creio
16. Preces
C: Irmãos e irmãs, Jesus intercede agora por todo o seu povo junto do Pai.
Vamos nos unir à sua prece, dizendo:
T: Escuta-nos, Senhor.
– Realiza tua promessa de paz a todos os povos, que se acabem os conflitos entre nações, que não haja discórdia nas famílias.
– Envia a força renovadora do teu Espírito sobre todas as Igrejas cristãs, para que testemunhem no mundo a alegria da ressurreição.
– Ouve, Senhor, o clamor do teu povo que sofre a humilhação do desemprego e da miséria.
– Liberta os prisioneiros, restitui a luz aos cegos, acolhe os órfãos e as viúvas.
Preces espontâneas…
C: Deus, nossa força e proteção, atende as nossas preces e guia-nos em teus caminhos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
17. Partilha fraterna
É o momento também de trazer donativos para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta. Terminada a coleta, todos/as se levantam, os ministros trazem o pão consagrado para o altar. Quem preside, aproxima-se, faz uma breve inclinação e dá início à ação de graças.
Se não houver comunhão, depois das preces, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.
Onde reina o amor, fraterno amor, / onde reina o amor, Deus aí está.
Ou:
Quem disse que não somos nada,
que não temos nada para oferecer:
repare nossas mãos abertas,
trazendo as ofertas do nosso viver.
AÇÃO DE GRAÇAS
- Convite à ação de graças
O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
É nosso dever e nossa salvação!
- Canto de ação de graças
O(a) coordenador(a) proclama a oração intercalando com o canto da assembleia:
Nós te damos graças, ó Deus da vida,
porque renovas o universo
com a energia amorosa do teu Espírito
e convocas toda a criação a se libertar do cativeiro
e a participar da liberdade dos filhos e filhas de Deus.
Glória a ti, Senhor, graças e louvor.
C: Nós te bendizemos porque Jesus,
compadecendo-se das fraquezas da humanidade,
tornou-se Senhor do universo, bendito para sempre.
Glória a ti, Senhor, graças e louvor.
Por este sinal do corpo do teu Filho,
expressamos nossa desejo de corresponder
com mais fidelidade à missão que nos deste
e invocamos sobre nós o teu Espírito.
Apressa o tempo da vinda do teu reino,
e recebe o louvor de todo o universo
e de todas as pessoas que te buscam.
Glória a ti, Senhor, graças e louvor.
Toda a nossa louvação chegue a ti
em nome de Jesus, por quem oramos
com as palavras que ele nos ensinou:
Pai nosso…, pois vosso é o reino,
o poder e a glória para sempre.
- Abraço da paz
Saudemo-nos, uns aos outros, com o sinal da reconciliação e da paz!
21 Rito da comunhão
Quem preside diz:
Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado, nós também nos alegramos com ele nesta mesa.
E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:
Assim disse Jesus: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede”.
Mostrando o pão consagrado:
Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!
Senhor, eu não sou digno(a)…
Canto de comunhão
Distribuição da comunhão acompanhado do canto, seguido de um tempo de silêncio…
Eu sou rei, vim dar ao mundo, H 3, p. 274; Pelos prados e campinas, ODC, p. 42; O Senhor é meu pastor, ODC, p. 40; Um pouco além do presente, ODC, p. 276.
- Oração final
Quem preside:
Ó Deus, força de paz,
que a celebração deste domingo
nos faça vencer o medo e o desânimo.
Dá-nos a graça de viver como filhos e filhas da luz,
de olhos abertos para o dia da vinda
de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
RITOS FINAIS
- Comunicações
- Bênção
C: O Deus da paz, que nos deu a alegria de celebrar este domingo,
guarde-nos em seus caminhos, e nos abençoe,
ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
A: Vamos em paz e,
ao longo de toda esta semana,
bendigamos ao Senhor.
T: Graças a Deus.
Suplemento
Canto de ação de graças
( CD comep ação de graças no Dia do Senhor – faixa 18)
Este canto substitui a oração de ação de graças (cf. n. 18-19 acima):
1)
O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
É nosso dever e nossa salvação!
- Para nós é um prazer
bendizer-te, ó Senhor,
celebrar o teu amor
por Jesus teu bem-querer!
- Te louvamos, ó Senhor,
pelo céu e pelos mares,
Pela terra e pelos ares,
criação do eterno amor!
- Te louvamos, ó Senhor,
pela nossa humana história,
que revela tua glória,
teu poder libertador. (bis)
- Te louvamos, ó Senhor,
por Jesus teu Filho amado
Entre nós ressuscitado
do Reino servidor.
Se houver comunhão ou partilha de alimentos, acrescente-se:
Dando graças relembramos, de Jesus em tantas ceias, e com ele em nossa mesa nós também nos alegramos |
- Teu Espírito congregue
tudo quanto está disperso;
tua Igreja em vida e verso
o teu reino manifeste!
- Finalmente a nossa boca,
inspirada por teu Filho,
e seguindo o seu ensino,
o teu santo nome invoca:
T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
Ou:
2)
É bom cantar um bendito,
um canto novo um louvor.
- Pois Deus seu único filho,
amado e querido,
rei consagrou.
- Seu reino não é do mundo,
é muito profundo
e brota do amor.
- Jesus não quis ser servido,
os pés dos amigos
Cristo lavou.
- Morrendo e ressuscitando,
aos céus se elevando,
a nós libertou!
- Sentado ao lado do Pai,
o reino da paz
pra sempre firmou.
- Jesus é o rei da verdade
e da liberdade,
arauto e Senhor.
- De Cristo o reino é justiça,
e o canto da vida
eu canto co’ardor.
Toda a nossa louvação chegue a ti
em nome de Jesus, por quem oramos
com as palavras que ele nos ensinou:
Pai nosso…, pois vosso é o reino,
o poder e a glória para sempre.
RITO DA ASPERSÃO DA ÁGUA |
Junto à pia batismal, de pé, a pessoa que coordena convida a comunidade:
Irmãos e irmãs bendigamos ao Deus da vida por esta água e peçamos que ele renove em nossa vida a graça do santo batismo, para permanecermos fiéis ao Espírito que recebemos.
Todos rezam em silêncio. O(a) coordenador(a) faz a oração:
Deus de bondade e compaixão,
tu nos deste a irmã água, fonte de toda vida,
e quiseste que, por ela, recebêssemos
o batismo que nos consagra a ti.
Nós te bendizemos pela água benfazeja!
Renova, no mais profundo
de cada um (cada uma) de nós,
a fonte viva de tua graça,
para que, livres de todos os males,
possamos caminhar sempre em tuas estradas
e praticar aquilo que é agradável aos teus olhos.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
Aspersão dos fiéis enquanto se canta (no tempo comum e Pentecostes)
Lavados na fonte viva, / do lado aberto de Cristo,
transpomos, vitoriosos, / as portas do paraíso! (bis)
Aleluia, aleluia! Aleluia, aleluia!
Ao terminar a aspersão, quem preside conclui:
Que Deus, em sua misericórdia, nos liberte de todo o pecado, e nos conceda vida eterna. Amém.
Segue o ‘Senhor tem piedade de nós’ (podendo, neste caso, omitir o glória):
Senhor tem piedade de nós.
Senhor tem piedade de nós.
Cristo tem piedade de nós.
Cristo tem piedade de nós.
Senhor tem piedade de nós.
Senhor tem piedade de nós.
Se não tiver comunhão e sim partilha de alimentos:
1. Depois da partilha fraterna, apresenta-se alimentos, em vez do pão consagrado.
2. Substitui-se o rito de comunhão pelo que segue:
Como Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado, nós também nos alegramos na partilha destes alimentos. E tomando nas mãos a bandeira com os alimentos quem preside faz o convite: Vocês que tem sede e fome de justiça, venham e comam. E o Deus da paz esteja entre nós. |