O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Para a ação de graças, sugerimos uma oração recitada, mas  há versões cantadas. Cf.. Letra no final deste roteiro e músiva no CD COMEP, Ação de Graças no Dia do Senhor.

 

1º DOMINGO C – 02 de Dezembro de 2018

Domingo da vigilância

Primeira celebração do tempo do advento, mais centrada sobre a vinda definitiva do Senhor no final dos tempos. Vem vindo aquele que sempre vem, e a atitude fundamental é vigiar, é renovar nossos corações na mesma esperança que animou, durante tantos séculos, a caminhada do povo de Deus.

  1. RITOS INICIAIS

– Canto de abertura e procissão

Ouve-se na terra um grito, H1, s p. 32; Quando virá, Senhor, o dia, H1, p. 85 e ODC, p. 290; O Senhor virá libertar o seu povo, ODC, p. 295;  Eis que de longe,  H1, p. 14 e ODC, p. 95.

 – Acendimento da primeira vela da coroa

Enquanto se acende a vela da coroa (no primeiro domingo uma, no segundo duas, e assim por diante), alguém reza:

Bendito seja, Deus da vida, pela luz do Cristo, estrela da manhã, a quem esperamos com toda a ternura do coração!

– Sinal-da-Cruz

– Saudação

C:  Irmãos e irmãs, o Senhor está perto! Sua graça e sua paz estejam com vocês!

T: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

– Acolhida, sentido da celebração e recordação da vida

O animador(a) com breves palavras, acolhe as pessoas sobretudo os visitantes, introduz o sentido do domingo e convida a assembleia a lembrar fatos que são sinais da vinda do Senhor acontecendo hoje em nossa vida, na comunidade e no mundo.

– Ato penitencial

O(a) coordenador(a) convida a assembleia a se inclinar, como sinal de conversão, depois propõe as seguintes invocações:

Senhor, que vens visitar o teu povo na paz, tem piedade de nós!

Cristo, que vens fortalecer os fracos, tem piedade de nós!

Senhor, que vens criar um mundo novo, tem piedade de nós!

O Deus de ternura e misericórdia

tenha compaixão de nós,

perdoe os nossos pecados,

nos dê a graça da vida plena

e nos faça chegar renovados

à festa da sua manifestação

em nossa humanidade. Amém.

– Oração inicial

Ó Deus das promessas,

dá ao teu povo o firme desejo de buscar o teu reino,

para que, acolhendo com obras de paz e justiça

o Cristo que vem ao nosso encontro,

sejamos verdadeiramente servidoras

e servidores teus!

Por Cristo, nosso Senhor.  Amém.

 

  1. LITURGIA DA PALAVRA

– 1a leitura: Jeremias 33,14-16

No meio das infidelidades do povo de seu tempo, do abuso dos grandes sobre os pequenos, da primazia da injustiça sobre o direito, o profeta Jeremias faz a seguinte proclamação da ação de Deus.

 

– Salmo responsorial 25(24) (Melodia: H 1,  p. 10)

Respondendo a esta palavra de Deus, vamos pedir que o Senhor faça brotar, hoje, no meio de nós, nas ruas de nossas cidades, em nossas favelas, em toda parte, o direito e a justiça.

 

Vem, Senhor, nos salvar!

Vem, sem demora, nos dar a paz!

 

Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,

e fazei-me conhecer a vossa estrada!

Vossa verdade me oriente e me conduza,

porque sois o Deus da minha salvação.

 

O Senhor é piedade e retidão

e reconduz ao bom caminho os pecadores.

Ele dirige os humildes na justiça,

e aos pobres ele ensina o seu caminho.

 

Verdade e amor são os caminhos do Senhor,

pra quem guarda sua aliança e seus preceitos.

O Senhor se íntimo aos que o temem

e lhes dá a conhecer sua aliança.

 

– 2a leitura: 1Tessalonicenses 3,12-4,2

Paulo, tendo sabido do crescimento na fé da comunidade grega de Tessalônica, escreve para animá-la e para lhe dizer em que consiste exatamente o progresso da vida cristã.

 

– Aclamação ao evangelho (H 1, p. 46, com letra própria para este domingo)

Aleluia, aleluia! (bis)

Vem, mostrar-nos, ó Senhor, (bis)

tua grande compaixão! (bis)

Dá-nos tua salvação! (bis)

Aleluia, aleluia! (bis)

Ou: Aleluia, ó Senhor, abre os ouvidos, H 1,  p. 61.

– Evangelho: Lc 21,25-28.34-36

A destruição de Jerusalém pelas tropas romanas, ocorrida em 70 d. C., evocou aos judeus e cristãos o fim do mundo. Neste contexto, as comunidades lembraram a seguinte palavra de Jesus.

Meditação – Quem preside propõe uma palavra de vida para a comunidade a partir da lectio dos textos bíblicos deste domingo.  

Pontos para a meditação:

O trecho do evangelho proclamado neste domingo é a resposta de Jesus à pergunta dos discípulos sobre o fim de Jerusalém: Mestre, quando acontecerá isto e qual o sinal de quando isso vai acontecer? Se a destruição da cidade santa provocou uma crise terrível no imaginário popular, a ponto de pensarem ter chegado ao fim do mundo e da história, Lucas, no entanto, introduz outra percepção: o fim de Jerusalém não é o começo do fim do mundo, mas o final do antigo povo de Deus e o início do tempo das nações. A vinda do filho do homem sobre uma nuvem não é a causa de temor e tremor, mas de consolação por causa da próxima salvação: “Levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. Um novo povo de Deus colocar-se-á, de pé, lado a lado, com o filho do homem.

Neste contexto de sermos inseridos no novo povo de Deus – é preciso lembrar que Lucas é o evangelista da evangelização de todos os povos -, entendemos a segunda parte do evangelho como conselhos para viver esta proximidade da salvação: “tomai cuidado para que os vossos corações não fiquem insensíveis…”. Diante da salvação imediata, é preciso conservar a densidade da existência cristã, marcada por um duplo movimento espiritual: a vigilância e a perseverança na oração. Em vez de esmorecerem, os cristãos devem preparar todos a humanidade para a vinda do Senhor e fazê-la participante da esperança cristã.

Esta profundidade requerida e pedida pelo evangelho não se dará, no entanto, num esforço individual ou numa ascese heróica, mas na acolhida do dom de Deus que vem a nós e que se visibiliza na celebração litúrgica. Quando nos reunimos para escutar a palavra e dar graças a Deus, recebemos o espírito que nos torna vigilantes e nos faz sensíveis às exigências do evangelho. “É na liturgia que floresce o Espírito Santo” – nos lembrava já no século III, Santo Hipólito de Roma. É nela que recebemos a força para viver o advento e levantar nossas cabeças na proximidade de nossa libertação.

– Profissão de fé

 – Preces

C: Irmãos e irmãs, em comunhão com todas as pessoas que esperam a manifestação de Deus em suas vidas, com os povos e com a terra que anseiam por libertação, oremos:

T: Vem, Senhor, vem, Senhor, vem libertar o teu povo …!

– Realiza em nossa terra a tua promessa de paz, dirige para o teu Filho o olhar de todos os povos e envia o teu Espírito aos que governam as nações.

– Faze que haja justiça e solidariedade em nosso mundo, que se encontre sempre o caminho do diálogo e se respeitem os direitos de toda pessoa e das nações de viverem com dignidade.

– Recorda, Senhor, da tua Igreja presente em toda a terra, abençoa as comunidades cristãs para que deem testemunho de Jesus.

– Fortalece a confiança dos doentes e dos idosos, não abandones aqueles que se afastaram de ti, dá esperança aos que estão dispersos e consola os que vivem em tempo de provação.

Preces espontâneas…

C: Escuta, Senhor, as preces que elevamos a ti em nome de Jesus, nosso Senhor.

T: Amém.

3. Ação de graças

– Coleta fraterna

É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta um canto adequado.

 – Da palavra à refeição

O(a) animador(a) convida a assembléia a se aproximar do altar. fazendo o seguinte convite:

Vamos dar graças a Deus e repartir entre nós este pão consagrado, memória viva do corpo de Jesus, razão da nossa alegria, a quem esperamos com lâmpadas nas mãos.

Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem um breve inclinação. Os/as cantores entoam:

 Ó Vem, Senhor, não tardes mais,

Vem saciar nossa sede de paz.

– Oração de ação de graças

O(a) coordenador(a), ocupando o lugar no altar, convida a assembléia para o louvor:

C: O Senhor esteja com vocês.

T: Ele está no meio de nós.

C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

T: É nosso dever e nossa salvação.

Escolher uma das propostas cantadas a partir da p… deste livro ou o que segue:

C: É muito bom te louvar, ó Deus bondoso e fiel! Desde o começo do mundo, tu te revelaste aos antigos pais e mães da nossa fé como Deus santo e amigo da humanidade. Por meio dos profetas, falaste ao povo da primeira aliança e tuas palavras se cumpriram em Jesus teu filho amado a quem esperamos.

T: Vem, vem, Senhor Jesus, vem! Vem, bem-amado Senhor!

C: João Batista, lá no deserto, apontou para nós o Messias e deu testemunho de sua luz. Maria, recebendo o anúncio do anjo, ficou grávida do Verbo. E tuas promessas se cumpriram na plenitude dos tempos pela vida de Jesus Cristo, nosso Salvador! Hoje, teu povo reunido em louvação é sinal de que teu reino está chegando. Acolhe nosso desejo de sermos unidos em Jesus Cristo e de vermos brilhar em nossa humanidade o esplendor da sua luz.

T: Vem, vem, Senhor Jesus, vem! Vem, bem-amado Senhor!

C: Por este sinal do corpo do teu Filho, que alimenta e sustenta a tua Igreja, expressamos nossa fé na vida vence a morte. Apressa o tempo da vinda do teu reino; recebe o louvor de toda a criação e a prece que elevamos a ti com as palavras que Jesus nos ensinou:

T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

– Rito da comunhão

C: Assim diz o Senhor: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e comerei com ele e ele comigo”. (Ap 3, 20)

Mostrando o pão consagrado:

C: Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo.

T: Senhor, eu não sou digno(a)…

Distribuição da comunhão – canto

– Canto (partilha do pão)

O Senhor dará a sua bênção, H1, p. 21; Jerusalém, povo de Deus, H1, p. 34 e ODC, p. 198; Teu corpo e sangue, H1, p. 86 e ODC, p. 294; Vem, ó Senhor, ODC, p. 295.

– Oração final

Ó Deus, ternura de paz,

tu nos acolheste nesta celebração

para dar aos nossos corações

a esperança de um tempo novo,

sem violência e sem miséria.

Prolonga em nossa vida a energia de amor

que recebemos para que possamos ser

pessoas solidárias e atentas aos teus sinais,

até o dia da manifestação de Jesus Cristo,

nosso salvador, bendito pelos séculos.

Amém.

  1. RITOS FINAIS

– Comunicações

– Bênção               

C: O Deus da paz nos santifique totalmente e nos mantenha vigilantes para o dia da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, agora e para sempre.

T: Amém.

C: Abençoe-nos o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

T: Amém.

A: Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.

T: Graças a Deus!

– Canto final


Outra alternativa (cantada) para a orção de ação de graça

Louvação para os domingos do advento – 1

( H1, p. 73  L e M: Geraldo Leite)

C: O Senhor esteja com vocês.

T: Ele está no meio de nós!

C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

T: É nosso dever e nossa salvação!

O(a) coordenador(a) canta e a assembléia repete:

 

É bom cantar um bendito,

Um canto novo, um louvor! (bis)

  1. Ao Deus dos tempos de outrora,

suprema força da história,

que merece toda glória,

por Jesus nosso Senhor! (bis)

  1. Por Jesus, o prometido,

pelos profetas predito,

pela virgem concebido

e esperado com amor! (bis)

  1. Jesus, por João anunciado,

presente entre nós mostrado,

por ele o prazer é dado

de Espera-lo com ardor! (bis)

  1. Ao preparar seu natal,

querer sua vinda final,

quando finda todo mal

e se acaba toda dor! (bis)

  1. Que na prece vigiemos,

de esperar não nos cansemos,

à sua vinda nos achemos,

celebrando seu louvor. (bis)

  1. E agora, ó Desejado,

o teu povo congregado,

aos céus e a terra irmanado,

louva e bendiz ao Senhor! (bis)

C: Por este sinal do corpo do teu Filho, que alimenta e sustenta a tua Igreja, expressamos nossa fé na vida vence a morte. Apressa o tempo da vinda do teu reino; recebe o louvor de toda a criação e a prece que elevamos a ti com as palavras que Jesus nos ensinou:

T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

 

Rito da comunhão …

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