Celebrar-em-Casa-2023


7º do Tempo Comum – Ano A

Prepare um espaço com cadeiras em círculo, coloque no centro sobre um tecido a bíblia e uma vela, convide as pessoas para se juntarem [mantendo a necessária distância]. Alguém acende a vela. Todos ficam em silêncio por algum tempo. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.

  1. ABERTURA
  • Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
  • Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
    Vem não demores mais vem nos libertar. (bis)
  • Venham adoremos, Cristo ressurgiu! (bis)
    A criação inteira, o Senhor remiu. (bis)
  • Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis)
    Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (Bis)
  • Aleluia, irmãs, aleluia irmãos. (bis)
    Povo de sacerdotes, a Deus louvação. (bis)
  1. MOTIVAÇÃO
    Acolhendo a palavra que o Senhor dirige aos seus discípulos no alto da montanha, somos chamados a amar os nossos inimigos e a ser santos como o Pai do céu é santo. Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo que se manifesta na luta das pessoas e grupos que testemunham amor e perdão e comprometem-se com a causa da justiça.
  2. SALMO
    Louvemos ao nosso Criador e Pastor, como fazia o antigo povo em suas romarias, e agradeçamos por fazermos parte do seu povo e recebermos em nossa vida o seu favor.
    Aclame a Deus, ó terra inteira,
    Venha adorar o Senhor!
  3. Com alegria sirva a seu Deus
    Gritando alegre, ó povo seu!
  4. Lembre, o eterno é nosso Deus,
    Ele nos fez, nós somos seus.
  5. Somos seu povo, vamos cantando,
    Somos ovelhas do seu rebanho!
  6. Entre no templo agradecendo,
    Seu santo nome bendizendo!
  7. Sim, o Senhor, só ele é bom;
    É para sempre o seu amor!
  8. Sua verdade dura pra sempre,
    Ele é fiel eternamente!
  9. Glória a Deus Pai, glória a Jesus
    E ao Divino, eterna luz.
  • Oração silenciosa
  1. ORAÇÃO
    Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
    Ó Deus, de ternura e compaixão,
    dá-nos a graça de sempre conhecer
    o que é agradável aos teus olhos
    e realizar a tua vontade em nossas palavras e ações.
    Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  2. REFRÃO – para acolher o evangelho
    Inclinemos o ouvido do coração
    para acolher o evangelho.
    Atenção, atenção.
  3. LEITURA DO EVANGELHO – Mateus 5, 38-48
  • Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:
    Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
    Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 38″Vós ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado. 43Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.”
    Palavra da Salvação.
  1. MEDITAÇÃO
  • Quem preside lê o texto abaixo e abre para a partilha do grupo:
    Jesus interpreta a lei, buscando e propondo aos discípulos os valores que ela defende, muito mais do que a simples execução da norma. Hoje ele se refere a dois mandamentos: a lei do dente por dente e o amor aos inimigos.
    O primeiro é a lei de talião, que previa uma pena proporcional ao dano causado (Ex 21,23-24). Visava evitar que a vingança fosse maior que o dano, colocando um freio à espiral da violência. Jesus exorta seus seguidores a se absterem até mesmo do que é permitido pela lei, e assim interromperem radicalmente o ciclo de vingança.
    O segundo mandamento, sobre o amor aos inimigos, retoma a tradição conhecida em Levítico 19,17-18 que manda “não guardar rancor contra os concidadãos”. Jesus radicaliza esta tradição e propõe aos discípulos que amem não só os membros de seu grupo, mas até mesmo os inimigos. Essa nova exigência baseia-se não na natureza humana. De fato, não é fácil amar os inimigos; a tendência natural do ser humano é guardar ódio do inimigo. Por isso, não bastam motivações psicológicas; são necessárias razões teológicas: sermos bons como Deus é bom. A palavra final deste evangelho é justamente esta: “Sede perfeitos como o Pai de vocês é perfeito”.
    Com estes dois mandamentos, Jesus propõe não a resignação ou a indiferença diante da violência e da injustiça, mas uma resistência ativa, não violenta. O que desarma o inimigo é o amor, não a passividade ou a indiferença. O evangelho de hoje retoma as bem-aventuranças dos que promovem a paz, recordando a nossa vocação de construtores da paz.
    Não podemos buscar esta meta sozinhos(as). A comunidade é o ambiente favorável que nos lembra constantemente esta vocação. Cada um(a) de nós é responsável por criar este ambiente espiritual, no qual não serve a lógica da competição e da luta pelo poder. Imitar a integridade de Deus é justamente buscar qualidade interior e uma conduta de vida capaz de modificar o lugar onde habitamos.
    Na liturgia somos a assembléia dos que foram santificados por Deus. Não porque sejamos pessoas boas, puras, perfeitas, mas porque Deus, que é perfeito, nos agraciou e nos chama a imitar a sua santidade.
  1. PRECES
    Peçamos a Deus que nos ajude a vencer todo sentimento de vingança e a praticar o amor com sinceridade de coração e digamos:
    Senhor, escuta a nossa prece.
  • Pela paz e concórdia entre as nações, para que resolvam os conflitos no diálogo, sem recorrer à falsa solução da violência e da guerra, oremos.
  • Para que a educação na família e na escola inclua decididamente os valores do amor, da compreensão, do respeito às diferenças e do diálogo, oremos.
  • Pela unidade entre as diversas confissões cristãs, que o exercício do perdão e do respeito mútuo vençam os históricos muros de separação, oremos.
    Outras preces… Quem preside conclui:
    Escuta, Senhor, a oração dos teus filhos e filhas. Livra-nos de toda violência
    e torna-nos misericordiosos à tua imagem e semelhança. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  1. PAI NOSSO
  • Quem preside faz o convite:
    Obedientes à palavra de Jesus, sob a inspiração do seu Espírito que ora em nós, rezemos com confiança: Pai nosso…

Oração
Ó Deus, compassivo e clemente,
lento na cólera e rápido no perdão,
que acabas com o armamento
e renuncias a toda violência,
vem em nosso socorro:
a violência toma conta das cidades,
dos povos e dos corações!
Desarma-nos no mais profundo de nós mesmos!
Faze da paz verdadeira
o critério de nosso ver, pensar e agir!
Faze-nos recusar toda forma de violência,
para que sejamos verdadeiramente teus filhos e filhas.
Oramos em nome de Jesus, nosso Senhor. Amém.

  1. BÊNÇÃO
    Que o Deus de toda consolação disponha na sua paz os nossos dias, sempre nos liberte de todos os perigos, confirme nossos corações em seu amor e nos faça perseverar nas boas obras, hoje e sempre.
    Abençoe-nos, o Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

ORAÇÃO À MESA

  • Estando todos/as em torno da mesa , quem preside faz a oração:
    Bendito sejas, Deus da vida, por este alimento em nossa mesa, fruto da terra e da tua bondade! Faze que, partilhando esta refeição, na amizade e na fraternidade, busquemos a justiça para que seja garantido a cada criatura, o pão de cada dia. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
    Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. PENHA CARPANEDO Discipula do Divino Mestre.
    www.revistadeliturgia.com.br
    Desenho: Kelly de Oliveira

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