Jesus prometeu que onde dois ou três estejam reunidos em seu nome, ele estará no meio. Graças ao batismo, todo núcleo familiar, nas suas diferentes configurações, é uma comunidade de fé. Reunida em oração, torna-se sinal da presença do ressuscitado, Ele que tantas vezes se reuniu com os seus discípulos e discípulas, em suas casas como irmão e amigo.
Neste dia, na fragilidade da criança que nasceu em Belém, contemplamos o mistério da manifestação de Deus em nossa humanidade, o Filho de Deus, e filho de uma família de Nazaré.
Levando em conta a impossibilidade de celebrações presenciais, a Revista de Liturgia, oferece um roteiro simples, para possibilitar que o domingo seja celebrado na pequena comunidade de fé em cada casa.
Preparação para celebração: Prepare um espaço com cadeiras em circulo, ao centro um suporte com um raminho de flor, a imagem do Menino Jesus, vela, a bíblia. A pessoa que vai presidir começa a celebração com os versos da abertura.
- ABERTURA
Quem preside canta, os demais repetem fazendo o sinal da cruz enquanto canta o primeiro verso:
–Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
Vem, não demores mais, vem nos libertar! (bis)
–Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito; (bis)
Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito. (bis)
–Hoje um salvador, para nós nasceu! [bis]
Alegres adoremos, ele é nosso Deus! [bis] - RECORDAÇÃO DA VIDA
Na fragilidade da criança que nasceu em Belém, contemplamos o mistério da manifestação de Deus em nossa humanidade, o Filho de Deus, nascido de Maria, que hoje celebramos.
Quem coordena convida as pessoas a recordarem sinais da presença de Jesus no meio de nós. - SALMO 96(95)
Aclamemos o nosso Deus, Senhor do universo, na esperança de que reine no mundo a justiça.
Hoje uma luz brilhou para nós,
hoje nasceu o Cristo, Senhor.
- Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! - Cantai e bendizei seu santo nome,
dia após dia anunciai sua salvação. - Manifestai a sua glória entre as nações,
e entre os povos do universo, seus prodígios! - Pois Deus é grande e muito digno de louvor,
é mais terrível e maior que os outros deuses. - Porque um nada são os deuses dos pagãos.
Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: - diante dele vão a glória e a majestade
e o seu templo, que beleza e esplendor! - Ó família das nações, dai ao Senhor,
ó nações, dai ao Senhor poder e glória, - Dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!
Oferecei um sacrifício nos seus átrios. - Adorai-o no esplendor da santidade,
publicai entre as nações: “Reina o Senhor”! - Ele firmou o universo inabalável,
e os povos ele julga com justiça. - O céu se rejubile e exulte a terra,
aplauda o mar com o que vive em suas águas; - os campos com seus frutos rejubilem,
e exultem as florestas e as matas - na presença do Senhor, pois ele vem,
porque vem para julgar a terra inteira. - Governará o mundo todo com justiça,
e os povos julgará com lealdade. - Glória a Deus presente em toda a terra,
a Jesus que o Pai nos enviou, - ao Espírito, de Deus amor materno,
toda graça, toda honra e louvor.
Repetição, oração silenciosa…
- ORAÇÃO
Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
Ó Deus de bondade,
a santa família de Nazaré é para todos nós
um exemplo de obediência à tua vontade.
Dá-nos a graça de vivermos em nossas casas
a mesma comunhão de fé
que uniu a família de Nazaré.
Assim irmanados pelos laços do amor,
possamos habitar a tua comunhão.
Por Cristo, nosso Senhor! Amém. - LEITURA DO EVANGELHO – – Lucas 2,41-52
Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:
Leitura do Evangelho segundo Lucas. 41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. 47Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: ‘Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura.’ 49Jesus respondeu: ‘Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?’ 50Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. 51Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas. 52E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens. Palavra da Salvação. - MEDITAÇÃO
Pode-se fazer uma breve partilha sobre a Palavra proclamada e quem preside lê o texto abaixo concluindo a partilha com esta palavra do
Papa Paulo VI [Liturgia das Horas, vol I, p. 383]
Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social.
Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor. - PRECES
Bendizendo o Senhor que visita o seu povo, apresentemos nossas preces, por nós e por toda a humanidade:
Dirige nossos passos no caminho da paz!
- Olha, Senhor, para as nações em conflito, põe fim às discórdias, faze frutificar os esforços de todas as pessoas que se consagram à causa da paz.
- Vem, Senhor, em socorro de todos quantos estão na exclusão, à margem dos mínimos direitos.
- Apressa entre nós o tempo novo da angústia vencida, da fome saciada e de um mundo mais unido e fraterno.
Preces espontâneas…
Recebe, ó Pai, as nossas preces, em nome de Jesus, nosso Senhor. Amém.
- PAI NOSSO – Quem preside faz o convite:
Obedientes à palavra de Jesus, sob a inspiração do seu Espírito que ora em nós, rezemos com confiança a oração que ele nos ensinou: Pai nosso… - ORAÇÃO
Ó Deus da vida, tu firmaste a nossa fé
com esta celebração do natal do Senhor.
Faze que brilhe em nossa vida
o mistério da fé que refulge em nossos corações.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém. - BÊNÇÃO
O Deus de toda a claridade nos ilumine com a luz de Jesus Cristo e nos faça caminhar como filhos e filhas da luz, agora e sempre! Amém.
Abençoe-nos o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.
Graças a Deus.
Saudação a Maria
Ó mãe do Redentor, do céu, ó porta.
Ao povo que caiu, socorre e exorta,
Pois busca levantar-se, Virgem pura,
Nascendo o criador da criatura:
Rogai por nós e ouve, suave,
O anjo de saudando com seu Ave. [bis]
BÊNÇÃO À MESA
Antes de sentar-se à mesa quem preside faz a bênção:
Bendito sejas, Senhor Jesus,
por esta refeição que nos reúne na amizade
e na alegria do teu natal.
Vem à nossa mesa, fortalece entre nós
os laços de unidade e o desejo da tua Palavra.
Que sejamos como tu, servidores e servidoras do Reino,
para a glória do Pai, bendito pelos séculos. Amém.
Quem preside: Dá, Senhor, pão a quem tem fome.
Todos: E fome de justiça a quem tem pão.
Roteiro: Penha Carpanedo, pddm, redatora da Revista de Liturgia e membro da Rede Celebra.
Desenho: Kelly de Oliveira, pddm.
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