Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.
Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.
09 de agosto de 2020
1. Aprofundando os textos bíblicos: 1Reis 19,9a.11-13a; Salmo 85 (84); Romanos 9,1-5; Mateus 14,22-33
Jesus envia seus discípulos em missão, na outra margem do lago de Genezaré, a outros povos necessitados. Enquanto isso, ele retira-se para orar a sós com o Pai, ensinando assim a integrar o trabalho missionário com momentos fortes de contemplação. A presença do Senhor, revelada na oração, na palavra, possibilita fazer a travessia com segurança. Com as palavras: coragem, sou eu, não tenhais medo (v.27), os discípulos são impelidos a ir ao encontro de Jesus como o Deus libertador que age constantemente na história do seu povo (cf. Ex 3,14). A ação de Jesus, nas primeiras horas da manhã, evoca a vitória de sua ressurreição sobre as forças opostas ao projeto de Deus. Jesus socorre os discípulos em meio às dificuldades da missão, aos ventos da tempestade, revelando sua soberania sobre todas as forças adversas. A fé na palavra do Senhor impele a caminhar confiante sobre as águas para não afundar. Mas, quando os discípulos vacilam na fé, como Pedro, o Senhor estende logo a mão para ajudá-los a superar as quedas e fraquezas. Diante das ações realizadas por Jesus: caminhar sobre as águas; proferir palavras de Deus; estender a mão; salvar Pedro; acalmar a tempestade, os discípulos prostram-se em adoração e professam sua fé: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” (v.33). Na 1ª leitura, Elias faz a experiência de Deus no Horeb, o monte no qual este havia se revelado a Moisés. Deus lhe mostra, por meio de uma brisa mansa, que o caminho de fidelidade à aliança é de amor e serviço, não de poder e violência. O salmo ressalta que a salvação está perto de quem teme o Senhor. O amor e a paz de Deus manifestam-se reconciliando todas as coisas. Paulo, na 2ª leitura, ao falar do povo de Israel destaca: a adoção como filhos de Deus; as alianças; a lei; o culto; as promessas; os antepassados, de quem descende a maior dádiva de todas, Cristo, que é acima de tudo, Deus bendito para sempre.
2. Atualizando
Como discípulos, somos chamados a confiar na presença do Senhor, para fazermos a travessia e anunciarmos a mensagem do Reino na outra margem. Guiados pela palavra do Senhor, possamos fazer de nossas quedas e fracassos ocasiões para crescer na fé.
3. A palavra de Deus na celebração
O Senhor nos revela sua bondade e salvação, não obstante as nossas fragilidades e medos. Ele está no meio de nós. Renovamos a nossa fé e confessemos sem receio de que Jesus é o Filho de Deus. Nas mesas da fraternidade, da Palavra e da eucaristia recebemos a força para enfrentarmos todos os barulhos e tempestades que nos impedem de ver claramente o Senhor da vida.
4. Dicas e sugestões
Se oportuno a profissão da fé pode ser feita com velas acesas. (Outras sugestões vejam: CARPANEDO Penha e GUIMARÃES, Marcelo. Dia do Senhor, Tempo Comum, Ano A. São Paulo, Apostolado Litúrgico/Paulinas, p. 179-184).
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