2º DOMINGO DO TEMPO COMUM
19 de janeiro de 2020
Oferecemos abaixo um subsídio elaborado para auxiliar quem prepara as celebrações litúrgicas dominicais. Além do aprofundamento dos textos bíblicos, indicamos também a sua relação com a vida e o mistério celebrado.
https://www.youtube.com/watch?v=qQlB0-Nm-7c
Autoras:
Ir. Neusa Bresiani é Pia Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui
no serviço da formação litúrgica nas comunidades.
Ir. Helena Ghiggi é Pia Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.
1. Aprofundando os textos bíblicos: Isaías 49,3.5-6; Salmo 40 (39); 1Coríntios 1,1-3; João 1,29-34
Jesus é apresentado por João Batista como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (v.29). Lembrando o Servo Sofredor (Is 52,13-53,12), Jesus oferece a vida pela salvação. Ele é o Cordeiro Pascal (19,14), aquele que sela a aliança com seu sangue, inaugurando uma nova Páscoa, um novo êxodo. De sua morte redentora na cruz nasce o Espírito (7,37-39), que liberta do pecado e plenifica de vida. João é o precursor, enviado para dar testemunho da luz (1,6-8). Ele batiza com água, apontando para Jesus “aquele que batiza com o Espírito Santo” (v.33). Sobre Jesus permanece o Espírito do Pai, manifestado na fidelidade e amor incondicional. Com a ressurreição, Jesus comunica o dom do Espírito a seus discípulos (20,19-23), para que continuem a sua missão libertadora. Assim, o batismo no Espírito do Cordeiro implica em cooperar na libertação do mundo do mal. “Eu vi e dou testemunho: Ele é o Filho de Deus!” (v.34). João reconhece Jesus por revelação da graça de Deus. Ele caracteriza o caminho progressivo de fé do discípulo/a, pois passa do não conhecimento a ver em Jesus o Messias, o Cordeiro libertador, o Filho de Deus. A 1ª leitura, tirada do segundo cântico do Servo, reflete a expectativa do povo exilado na Babilônia de voltar à pátria. O Servo é chamado para exercer uma missão profética, universal, sendo luz das nações. A libertação histórica de Israel prefigura a salvação definitiva de dimensões cósmicas, até os confins da terra. O salmo ensina a cumprir a vontade de Deus, proclamando a sua justiça com fidelidade. Paulo, na 2ª leitura, saúda os cristãos de Corinto como apóstolo de Cristo. Mostra que a comunidade foi santificada e escolhida por Deus em Cristo mediante sua vida, morte e ressurreição. Como membros da igreja de Deus, os cristãos são chamados a viver na santidade, em comunhão com todos os que invocam o nome de Jesus Cristo.
2. Atualizando
A força do Espírito Santo nos impele a continuarmos a missão de Jesus, Servo e Cordeiro, doando a nossa vida para que o amor reine no mundo. Com a saudação litúrgica de Paulo (cf. 1Cor 1,3), demos graças ao Pai que revela sua paz em Jesus Cristo e nos chama a viver em comunhão.
3. A palavra de Deus na celebração
Jesus é o Cordeiro de Deus, testemunha João Batista. A imagem do Cordeiro é bíblica. Ela nos recorda o cordeiro pascal da antiga aliança. Jesus Cristo é o cordeiro pascal da nova aliança. Pelo mistério de sua páscoa, Jesus Cristo realizou uma obra admirável. Nós, participantes da páscoa de Jesus, passamos do pecado e da morte à glória de sermos povo de Deus, sacerdócio régio, nação santa (prefácio tempo comum, I).
4. Dicas e sugestões
Vejam sugestões vejam no Dia do Senhor, Tempo Comum, Ano A, p. 63-68.
https://revistadeliturgia.com.br/product/revista-de-liturgia-edicao-277-a-palavra-uma-possibilidade-para-a-igreja/
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