11 de novembro de 2018

1. Aprofundando os textos bíblicos: 1Reis 17,10-16; Salmo 146(145); Hebreus 9,24-28; Marcos 12,38-44
Jesus, em seu último ensinamento público no Templo, dizia para acautelar-se dos escribas, pois estão preocupados em buscar a própria glória. Utilizam da religião para a defender seus interesses, enganando os mais indefesos: Devoram as casas das viúvas, enquanto ostentam longas orações. Jesus reprova a atitude dos que se deixam corromper pela ambição e contribuem para empobrecer as viúvas, objeto da proteção especial de Deus (Ex 22,21-22). Ao longo da história, Deus enviou profetas para socorrer as necessidades das viúvas (1Rs 17; 2Rs 4), defender seus direitos (Is 1,17.23; 10,2). Jesus, sentado diante do cofre do templo, observa como as pessoas faziam suas ofertas. Chama a atenção a atitude de uma viúva pobre que oferece duas moedinhas, lepta ou quadrante, respectivamente as menores moedas gregas e romanas. Jesus realça que a insignificante oferta.
Jesus elogia a sua oferta, porque enquanto muitos doaram o excesso, ela ofereceu tudo o que tinha para viver. Demonstrando o seu amor a Deus com todo o coração, alma, mente e força (12,30). A oferta da viúva é imagem do próprio Cristo, que em seu amor e fidelidade entregou a vida. Os discípulos são chamados a seguir o exemplo da viúva pobre, que centra a vida no amor gratuito de Deus, atitude radicalmente oposta à religiosidade praticada pelos fariseus. Na leitura de 1Reis, a ação solidária da viúva de Sarepta, que partilha o pouco que possuía impelida pela palavra profética de Elias, contribui para conservar a vida numa situação de fome agravada pela seca. O salmista louva o Senhor que ampara o órfão e a viúva, socorre os que se encontram ameaçados em sua sobrevivência. Na leitura aos Hebreus, Cristo ofereceu a si próprio uma vez por todas.

2. A palavra na vida
A pobre viúva é símbolo do “pobre que crê”, com coração puro e gratuito. Exatamente por isso se torna vulnerável; muitas vezes, fica à mercê de quem usa de má fé para explorar e extorquir.

3. A palavra na celebração
No pão e no vinho estão reunidas as forças da natureza e o trabalho de homens e mulheres, sobretudo dos pobres, que pegam pesado, por salários insuficientes. É este pão que se torna pão da vida, é este vinho que se torna cálice da salvação e que é dado em comunhão.

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