A Eucaristia é a celebração mais plena e mais apropriada do Dia do Senhor, mas a escassez de ministros ordenados, leva muitas comunidades a se reunirem no domingo encontrando no tesouro da tradição litúrgica a celebração da Palavra para alimento da sua fé. A Palavra é celebrada como evento pascal, “pela ação íntima do Espírito que a torna operante no coração dos fiéis” [OLM, 9].

A CNBB tem incentivado a prática da celebração dominical da Palavra, e os bispos da América Latina e Caribe reunidos em Aparecida manifestaram todo o seu apreço por tais celebrações: Com profundo afeto pastoral, queremos dizer às milhares de comunidades com seus milhões de membros, que não têm oportunidade de participar da Eucaristia dominical, que também elas podem e devem viver “segundo o domingo”(…) participando da celebração dominical da Palavra, que faz presente o Mistério Pascal no amor que congrega (cf. Jo 3,14), na Palavra acolhida (cf. Jo 5,24-25) e na oração comunitária (cf. MT 18,20). [DA n. 253].

Compartilhamos o rito da Celebração da Palavra no Domingo do martírio de Pedro e Paulo dois grandes discípulos e apóstolos de Jesus, comprometidos até à morte com a causa do Evangelho. Honremos o Dia do Senhor, juntando nossas vozes e corações, para a oração, com nossos ouvidos atentos à sua Palavra, em ação de graças!

  1. CHEGADACantos de Taizé
    O nosso olhar se dirige a Jesus,
    o nosso olhar se mantém no Senhor.
  2. CANTO DE ABERTURA
    Procissão, com a cruz e o livro da Palavra. Canto – CD Paulus, festas II: Canta meu povo, faixa 15; CD Paulus, festas II: Com Pedro e com Paulo, faixa 20.
  3. SINAL DA CRUZ e SAUDAÇÃO
    Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
    A graça e a paz do Senhor Jesus estejam com vocês.
    Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
  4. SENTIDO DA CELEBRAÇÃO
    O(a) animador(a), ou quem preside, introduz o sentido do domingo, recordando a vida de Pedro e Paulo:
    Neste domingo, recordamos dois grandes apóstolos, que são considerados colunas da Igreja, os mártires Pedro e Paulo. Em nossa tradição cristã, há dois motivos para fazer memória de um santo: o primeiro é recordar a sua vida e seu testemunho, para que possamos inspirar a nossa vida na vida deles; o segundo motivo, é confiar a eles nossas preces, já que eles intercedem por nós junto de Deus. Por isso, vamos começar lembrando quem foi Pedro e quem foi Paulo.
    Pedro, que tinha nome judaico de Simão, era pescador de Betsaida (Lc 5,3; Jo 1,44) e mais tarde se estabeleceu em Cafarnaum (Mc 1,21.29). Entrou no grupo dos discípulos do Senhor pela mediação do seu irmão André (Jo 1,42). Foi uma das primeiras testemunhas do sepulcro vazio (Jo 6) depois das mulheres, e mereceu especial aparição de Jesus ressuscitado (Lc 24,34). Depois da ascensão assumiu a direção da comunidade cristã (At 1,15.;15,7) e foi o primeiro a tomar consciência da necessidade de abrir a Igreja a outras culturas (At 10-11), aprendendo a duras penas, este caminho espiritual (cf. MT 10,41; 14,29… Jo 13,6… At 15; Gl 2,11-14; At 6.1-12). Foi crucificado, no ano 67, segundo Tertuliano (século II), e segundo Orígenes, de cabeça para baixo.
    Paulo de Tarso era chamado Saulo. De perseguidor dos cristãos, se tornou discípulo apaixonado de Jesus Cristo, ardoroso apóstolo, abrindo o evangelho a todas as nações. Fundou inúmeras comunidades e contou com a colaboração de homens e mulheres no seu ministério. Fez muitas viagens missionárias, sendo a primeira delas com Barnabé (At 13,14) de quem recebeu inestimável apoio. Também Lucas foi seu companheiro de missão. Paulo enfrentou perigos e perseguições, foi encarcerado até ser decaptado no ano 67, segundo Tertuliano, a 5 km de Roma.
    Fazendo memória dos apóstolos Pedro e Paulo, agradeçamos a Deus sua fé e empenho missionário, em comunhão com a Igreja de Roma, que, no passado, foi testemunha do seu martírio. Lembramos o papa Francisco, bispo da Igreja de Roma, todos os pastores e servidores das comunidades de todas as Igrejas cristãs.
    Se for o caso alguém da equipe ou a própria assembleia pode lembrar fatos marcantes da semana como sinais da páscoa do Cristo acontecendo na história.
  5. ATO PENITENCIAL – CD Paulus, festas II, faixa 16.
    De coração contrito e humilde, invoquemos a compaixão do Cristo, e imploremos sobre nós o seu perdão.
    [breve silêncio]
  • Senhor, tem piedade dos corações arrependidos.
    Tem piedade de nós, tem piedade de nós.
  • Jesus, tem piedade dos pecadores tão humilhados!
  • Senhor, tem piedade dos quem tem sede de justiça.
    Deus de terna compaixão de nós, tenha piedade de nós, dá-nos seu perdão e a sua paz. Amém.
  1. GLÓRIA- CD Paulus, partes fixas, faixa 9-14.
  2. ORAÇÃO DO DIA
    Oremos ao Senhor… [breve silêncio]
    Ó Deus, tu nos dás a alegria de festejar
    o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo.
    Dá-nos a graça de seguir em tudo
    o ensinamento destes apóstolos
    que nos deram os fundamentos da fé,
    para que sejamos, nós também,
    testemunhas do teu nome.
    Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
  3. PRIMEIRA LEITURA – At 12,1-11
  4. SALMO RESPONSORIAL – 34(33)
    CD Paulus, festas II: De todos os temores, faixa 17.
  5. SEGUNDA LEITURA – 2Tim 4,6-8.17-18
  6. ACLAMAÇÃOCD Paulus, festas II, faixa 18.
    Aleluia, aleluia, tu és Pedro, aleluia! (bis)
    És a rocha firme, Cristo escolheu
    quando a Simão Pedro disse: “Eu te darei
    do meu reino as chaves, eis a minha Igreja,
    sobre esta rocha edificarei!”
  7. EVANGELHO Mateus 16,13-19
  • Uma pessoa da casa faça pausadamente a leitura:
    Leitura do Evangelho segundo Mateus
    Naquele tempo: 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz es tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

13. PARTILHA DA PALAVRA

Quem preside lê o texto abaixo e abre para a partilha do grupo:
As dimensões do testemunho – não esqueçamos que a palavra “mártir” significa originalmente “testemunha” – e da aliança marcam fortemente a celebração e as leituras de hoje.
A primeira leitura mostra uma Igreja em pé de testemunho, contado pelo autor dos Atos dos Apóstolos com elementos presentes na paixão de Cristo, talvez para lembrar que, de fato, o discípulo não é maior que o seu senhor. Ao mesmo tempo, mostra – e desta vez é o livro do êxodo que serve de inspiração – como Deus envia seu mensageiro para libertar Pedro.

A segunda leitura traz o que poderíamos chamar de testamento de Paulo, prestes a dar o seu testemunho. Entende seu martírio como a suprema oferta de si mesmo e como culminância do seu ministério, ao mesmo tempo que proclama como o Senhor o libertou e socorreu.
O evangelho revela o segredo destes dois testemunhos, tanto o de Pedro como o de Paulo: a fé em Jesus, reconhecido como filho de Deus. Tal como o martírio, esta fé é um dom do próprio Deus – “não foi um ser humano que te revelou isto, mas o meu Pai que está no céu” – ao mesmo tempo que se torna a suprema forma de felicidade: “feliz és tu…”. Assim compreendida, a fé manifesta a dimensão de aliança que une indissoluvelmente o discípulo ao Senhor e o Senhor ao discípulo.
Mais do que obras, a contribuição destes dois apóstolos está na totalidade com que viveram o discipulado de Jesus e na aliança que estabeleceram com ele. É por isto que são chamados de colunas da Igreja.
Nesta celebração, como festa da aliança, estreitemos nossa intimidade e compromisso com o Senhor Jesus, a testemunha sempre fiel. Na memória da fidelidade dele, e renovados pelo testemunho dos santos apóstolos Pedro e Paulo, encontremos energia e força para continuar a obra que começaram!

14. HOMILIA

15 CREIO

16. PRECES
Oremos a Cristo que edificou sua Igreja sobre o alicerce dos apóstolos e oremos.

Ó Senhor, escuta a nossa prece.

Tu que rezaste por Pedro, para que sua fé não desfalecesse, firma na fé e no testemunho a tua Igreja.

Tu que escolheste Paulo para anunciar o teu nome a todas as nações, dá-nos inteligência e autenticidade no anúncio do evangelho.

Tu que confiaste a [N], bispo de Roma, o ministério de presidir na caridade as Igrejas, concede a ele saúde e força nas dificuldades.
Preces espontâneas… Quem preside conclui:
Atende, as nossas preces, tu que és nosso Salvador. Amém.

17. COLETA FRATERNA
É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta – CD Paulus, festas II: Quem nos separará, faixa 19.

18 AÇÃO DE GRAÇAS
Terminada a coleta todos/as se levantam, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.
[Se houver comunhão eucarística, antes da ação de graças, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar].
Quem preside, canta a oração da página ??? ou faz a oração intercalando com o refrão da assembleia:

O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
É nosso dever e nossa salvação!

Nós te bendizemos Senhor Deus do universo, por Jesus, a Testemunha fiel e por todas as testemunhas da fé, que sustentam a Igreja.
Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.

Hoje te agradecemos pelos apóstolos Pedro e Paulo.
Pedro, escolhido entre os apóstolos como fundamento da Igreja, foi o primeiro a proclamar a fé, construindo a primitiva Igreja sobre a herança de Israel.
Paulo, o grande apóstolo do Evangelho, abriu a herança de Israel a todos os povos. Unidos pela coroa do martírio
recebem hoje a nossa veneração. Com eles nós te bendizemos.

Bendito sejas, Senhor, nosso Deus.

O universo inteiro te bendiz e a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus, por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:
Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração final (n. 20).

  1. COMUNHÃO
    Quem preside diz:
    Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado, nós também nos alegramos com ele nesta mesa.
    E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:
    Quem vem a mim nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
    Senhor, eu não sou digno(a)…
    Canto de comunhão – ODC: Bendito seja Deus, p. 254; Vão mundo a fora, Salmo 34, p. 58, refrão,4. Silêncio…
  2. ORAÇÃO
    Renovados por esta celebração, dá-nos a graça, ó Deus da vida, de perseverar na fé dos apóstolos, consagrando toda a nossa vida na missão que nos confiante, em comunhão com todos os que creem em ti.
    Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
    Comunicações e avisos
  3. BÊNÇÃO
    O Deus da consolação nos dê a graça de viver em fraterna alegria e ajuda mútua e nos abençoe, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

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