01 de dezembro de 2019

Oferecemos abaixo um subsídio elaborado para auxiliar quem prepara as celebrações litúrgicas dominicais.
Além do aprofundamento dos textos bíblicos, indicamos também a sua relação com a vida e o mistério celebrado.

Autoras:
Ir. Neusa Bresiani é Pia Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.
Ir. Helena Ghiggi é Pia Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

 

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1. Aprofundando os textos bíblicos: Isaías 2,1-5; Salmo 122 (121); Romanos 13,11-14a; Mateus 24,37-44
O texto do evangelho pertence ao discurso escatológico (caps. 24 e 25) e renova a esperança com a certeza da vinda do Senhor.
Filho do Homem é um título messiânico, que evoca Dn 7,13-14, realizado plenamente na vida, morte e ressurreição de Cristo.
O anúncio profético da manifestação do Filho do Homem exorta à espera vigilante, comprometidos com a história. Impele a seguir a palavra do Senhor, seu projeto de vida nova, na expectativa da realização plena do Reino de justiça e paz.  A lembrança do justo Noé, a catástrofe do dilúvio (Gn 6,9ss), ensina a permanecer em sintonia com a realidade, para perceber os sinais de salvação. As duas pessoas trabalhando no campo e as duas moendo no moinho orientam a realizar a missão confiada, com dedicação, atentos às coisas do Senhor. Vigiai, pois não sabeis em que dia virá o Senhor é um convite imperativo à vigilância ativa, a fim de cumprir a sua vontade. As parábolas sobre a vigilância, em Mt 25, acentuam que o critério de julgamento é o amor compassivo e solidário, praticado em favor dos pequenos. A imagem do dono de casa ensina que a atitude vigilante no serviço ao Reino é a forma de estar preparados para a vinda do Filho do Homem. Isaías, na 1ª leitura, convida os povos a subir a montanha e a caminhar à luz do Senhor. Instruídos pelo seu ensinamento, a Torá, pela força de sua palavra, transformarão as armas de guerra em instrumentos a serviço da paz. O sonho profético da paz messiânica universal realiza-se plenamente em Jesus, Messias e Príncipe da Paz. O salmista expressa a alegria dos peregrinos, que sobem à casa do Senhor e encontram a paz e salvação. Paulo convida a vivermos o kairós de Deus, isto é, o tempo de graça e salvação, manifestado em Cristo (2ª leitura).
É hora de despertar para revestir-se de Cristo, da vida nova recebida no batismo, a ser testemunhada pela fé, amor e esperança (1Ts 5,8).

2. Atualizando
Cristo compartilhou a condição humana e vem ao nosso encontro para nos salvar nos fatos diários da vida. Esperamos vigilantes sua vinda gloriosa, comprometidos com sua palavra que gera a paz universal, a vida em abundância.

3. A palavra de Deus na celebração
O tempo do Advento nos pede insistentemente que vivamos a vigilância e o discernimento para reconhecermos nos acontecimentos da vida a manifestação do reino de Deus.  Paulo na segunda leitura nos convida a estarmos acordados de prontidão e a agir como filhos da luz e no Evangelho “Vigiai, portanto, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor (Mt 24,41). Portanto, estejamos acordados para seguir mais fielmente Jesus Cristo e anunciar, sobretudo por nossa forma de vida o Reino de amor e de paz.

4. Dicas e sugestões
Enquanto se acende a vela da coroa (no primeiro domingo uma, no segundo duas, e assim por diante), alguém reza:
Bendito seja, Deus da vida, pela luz do Cristo, estrela da manhã, a quem esperamos com toda a ternura do coração.
(Outras sugestões no Dia do Senhor, Ciclo do Natal, p.49-53).

Revista de Liturgia Encadernada Edições 2017

Revista de Liturgia Ed 276 – Memórias e gratidão

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