O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a. As leituras são tomadas do Lecionário dominical. Para a ação de graças, sugerimos uma oração recitada, mas há versões cantadas. Cf. CD COMEP, Ação de Graças no Dia do Senhor.
Domingo das bem-aventuranças
Descemos com o Senhor até a planície, recebemos a bênção que ele estende a todos os pequenos e escutamos sua palavra de repúdio por todos os que colocam sua confiança em si mesmos.
- RITOS INICIAIS
– Chegada
Enquanto as pessoas vão chegando, o(a) animador(a) do canto vai ensaiando as músicas, sobretudo a parte da assembléia, e o faz de tal maneira que já vai criando um clima de oração. Momentos antes da celebração, a assembléia pode ser convidada a se preparar pelo silêncio ou através de um refrão meditativo, por exemplo: “Onde reina o amor, fraterno amor, onde reina o amor, Deus aí está”. O refrão termina bem baixinho, o silêncio se prolonga e só então se anuncia o canto de abertura.
– Canto de abertura e procissão
Sê a rocha que me abriga, H 3, p. 121; Como o pau d’arco a florir, ODC, p. 117 (mel: H3, p. 130); Um canto novo ao Senhor, ODC, p. 421.
Entram em procissão os acólitos com o incenso, a cruz e as velas. Também o leitor, com o livro das leituras, e o coordenador ou coordenadora da celebração…
– Sinal-da-cruz
– Saudação
C: A paz do Senhor esteja com vocês.
T: O amor de Cristo nos uniu.
– Acolhida, sentido da celebração e recordação da vida
O(a) animador(a), ou quem preside, com breves palavras, acolhe as pessoas, sobretudo as visitantes.
Introduz o sentido do domingo e convida a assembléia a lembrar fatos que são sinais da páscoa do Senhor, acontecendo hoje em nossa vida, na comunidade, no mundo…
– Ato penitencial
– Hino de louvor
– Oração inicial
– Oração inicial
Ó Deus das promessas,
que firmaste aliança com os justos e os pobres,
dá-nos tua graça para vivermos de tal modo
que sejamos sempre habitados por teu Espírito.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
- LITURGIA DA PALAVRA
As introduções das leituras que seguem, é mais uma ajuda para a equipe que vai preparar a celebração. Melhor não fazer tais introduções na celebração. Sugerimos que se cante um refrão antes de começar as leituras:
Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor.
Lâmpada para meus pés e luz, luz para o meu caminho. (bis)
– 1a leitura: Jeremias 7,5-8
Depois da morte do rei Josias, Jeremias via como as autoridades da corte de Jerusalém se apoiavam no Egito e confiavam nesta aliança para viverem tranqüilos. Escutemos como Jeremias, retomando um poema antigo dos sábios (Dt 11,26-32;30,15-20), medita sobre a vida humana e sobre o que estava acontecendo.
– Salmo de resposta 1 (H 3, p. 170-1)
Cantando este salmo, coloquemos toda a nossa confiança no Senhor e peçamos que, pela meditação de sua palavra, possamos fazer parte da comunidade dos que praticam a justiça.
É feliz quem a Deus se confia! (bis)
Feliz aquele homem que não anda
conforme os conselhos dos perversos;
que não entra no caminho dos malvados,
nem junto aos zombadores vai sentar-se;
mas encontra seu prazer na lei de Deus
e a medita, dia e noite, sem cessar.
Eis que ele é semelhante a uma árvore
que à beira da torrente está plantada;
ela sempre dá seus frutos a seu tempo
e jamais as suas folhas vão murchar.
Eis que tudo o que ele faz vai prosperar;
mas bem outra é a sorte dos perversos.
Ao contrário, são iguais à palha seca
espalhada e dispersada pelo vento;
por isso, os ímpios não resistem no juízo,
nem os perversos na assembléia dos fiéis.
Pois Deus vigia o caminho dos eleitos,
mas a estrada dos malvados leva à morte.
– 2a leitura: 1Coríntios 15,12.16-20
A comunidade de Corinto, de origem grega, tinha muita dificuldade de aceitar o anúncio da ressurreição. Alguns chegavam até mesmo a negá-la. Neste contexto, escutemos a palavra do apóstolo Paulo.
– Aclamação ao evangelho (H 3, p. 232)
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!
Alegrem-se e saltem vocês de alegria,
porque têm um prêmio bem grande nos céus!
Alegrem-se e saltem vocês de alegria!
Amém, aleluia, aleluia!
– Evangelho: Lucas 6,17.20-26
Lucas, escrevendo para comunidades cristãs pobres, anuncia a posição de Jesus diante do escândalo das desigualdades.
– Para começar a meditação
O que chamou a atenção no evangelho? A quem Jesus dirige as palavras deste discurso?
Qual é a boa notícia que esta palavra traz para nós? Que atitude nos pede?
Como podemos viver e expressar esta palavra em nossa celebração?
– Para concluir a meditação
Jesus, depois de ter passado a noite em oração, desce do monte, como Moisés que desceu para entregar a lei ao povo. Como antes, a multidão se aglomera ao redor dele para ouvir a palavra de Deus e se curar. Lucas gosta de chamar a atenção para o grande número de discípulos que segue Jesus. No sermão da planície, Jesus se dirige diretamente a eles com uma palavra que serve a todos. Pronuncia quatro bem-aventuranças, motivadas pelo cuidado com os sofredores: para os pobres, os que têm fome, os que choram e os que são odiados e perseguidos por causa de Jesus. E outras quatro maldições correspondentes: aos ricos, aos que se sentem saciados, aos que riem e aos que são elogiados. A ênfase no termo discípulos mostra a preocupação em configurar a conduta e o comportamento do grupo dos seguidores de Jesus. As palavras de bem-aventuranças e os “ais” pretendem introduzir um novo horizonte junto às preocupações diárias: o Reino de Deus. Ao mesmo tempo, há que relacioná-las com a missão de Jesus, tal como tem sido narrada por Lucas: Jesus, proclamando as bem-aventuranças e os “ais” concretiza o programa, apresentado na sinagoga de Nazaré, como aquele que veio dar a boa notícia aos pobres.
A comunidade cristã encontra, neste texto, um referencial fundamental para a construção de sua identidade: é a sua carta magna! Ali há uma opção ética a ser cotidianamente trilhada como um caminho de felicidade que necessita ser escolhido: solidarizar-se com os pobres e distanciar-se da confiança nas riquezas. Mas as bem-aventuranças contêm também uma bênção e uma energia de vida para a comunidade dos discípulos e discípulas, tornando presente, para o hoje da vida, a promessa da salvação de Deus para os pobres e os humildes.
A reunião dos discípulos e discípulas de Jesus, para celebrar a divina liturgia, tem a dupla dimensão: de exercer um discernimento de suas opções e motivações e de fortalecê-las à luz do Evangelho. Como aquela multidão na planície, a assembléia reunida recebe esta palavra como promessa de Deus de que há uma alegria a ser descoberta mesmo no meio das aflições e das perseguições. Ao mesmo tempo, corrige qualquer atitude que nos identifica com o desejo de estar por cima dos outros, sobretudo os fracos e pobres. Que o Espírito de Deus transforme em nós todo desejo ambicioso em alegria de pertencer ao reino.
– Da palavra à refeição
Vamos dar graças ao nosso Deus, repartindo entre nós o pão consagrado em memória de Jesus que veio para sentar-se à mesa com os pobres. Que ele nos alegre na comunhão do seu amor e nos dê a graça de uma consagração total à escola do seu serviço.
– Profissão de fé
– Preces
C: Irmãos e irmãs, Jesus intercede agora por todo o seu povo junto do Pai.
Vamos nos unir à sua prece, dizendo:
T: Escuta-nos, Senhor.
– Realiza tua promessa de paz a todos os povos, que se acabem os conflitos entre nações, que não haja discórdia nas famílias.
– Envia a força renovadora do teu Espírito sobre todas as Igrejas cristãs, para que testemunhem no mundo a alegria da ressurreição.
– Ouve, Senhor, o clamor do teu povo que sofre a humilhação do desemprego e da miséria.
– Liberta os prisioneiros, restitui a luz aos cegos, acolhe os órfãos e as viúvas.
Preces espontâneas…
C: Deus, nossa força e proteção, atende as nossas preces e guia-nos em teus caminhos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
3. AÇÃO DE GRAÇAS E RITO DA COMUNHÃO
– Coleta fraterna
É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta: Utopia; Quem disse que não somos nada; Os cristãos tinham tudo em comum…
– Da palavra à refeição
O(a) animador(a) convida a assembléia a se aproximar do altar. Vejam em cada domingo o convite para passar “Da palavra à refeição”. Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem uma breve inclinação.
Vamos dar graças a Deus e repartir entre nós o pão consagrado, memória viva do corpo do Senhor. Que esta comunhão firme nossa amizade com ele e entre nós.
Vós sois o caminho, a verdade e a vida,
o pão da alegria descido do céu.
– Oração de ação de graças
O(a) coordenador(a), ocupando o lugar no altar, convida a assembléia para o louvor:
C: O Senhor esteja com vocês!
T: Ele está no meio de nós!
C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus!
T: É nosso dever e nossa salvação!
C: Nós te damos graças, ó Deus da vida,
porque neste dia santo de domingo
nos acolhes na comunhão do teu amor
e renovas nossos corações
com a alegria da ressurreição de Jesus.
T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.
C: Esta comunidade aqui reunida
recorda a vitória sobre a morte,
escutando a tua Palavra e repartindo o pão,
na esperança de ver o novo céu e a nova terra,
onde não haverá fome, nem morte, nem dor,
e onde viveremos na plena comunhão do teu amor.
T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.
C: Por este sinal do corpo do teu Filho,
expressamos nosso desejo de corresponder
com mais fidelidade à missão que nos deste
e invocamos sobre nós o teu Espírito.
Apressa o tempo da vinda do teu reino,
e recebe o louvor de todo o universo
e de todas as pessoas que te buscam.
T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.
C: Toda a nossa louvação chegue a ti
em nome de Jesus, por quem oramos
com as palavras que ele nos ensinou:
T: Pai nosso…, pois vosso é o reino,
o poder e a glória para sempre.
– Abraço da paz
A: Irmãos e irmãs, por sua morte e ressurreição, o Cristo nos reconciliou! Neste mesmo gesto, vamos transmitir uns aos outros a alegria da reconciliação, através do abraço da paz!
– Rito da comunhão
C: Assim disse Jesus: “Eu sou o pão da vida.
Quem vem a mim nunca mais terá fome
e o que crê em mim nunca mais terá sede”.
Mostrando o pão consagrado:
Eis o Cordeiro de Deus,
aquele que tira o pecado do mundo!
T: Senhor, eu não sou digno(a)…
– Canto (partilha do pão)
Felizes os pobres, felizes os mansos, H 3, p. 278-9; Feliz quem não deseja possuir riqueza, H 3, p. 356-7. Felizes os pobres reunidos, ODC 285, H1, p.76.
– Oração final
Ó Deus de todas as alegrias,
que nos fortaleceste com esta celebração,
guarda-nos sempre entre aqueles que te são consagrados
e cuida de todos nós, para que vivamos, hoje
e sempre, na felicidade dos teus pequeninos.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.
- RITOS FINAIS
– Comunicações
– Bênção
C: O Deus da paz, que nos deu a alegria de celebrar este domingo,
guarde-nos em seus caminhos, e nos abençoe,
ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
A: Vamos em paz e,
ao longo de toda esta semana,
bendigamos ao Senhor.
T: Graças a Deus.