1 de setembro de 2019
Autoras:
Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.
Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.
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1. Aprofundando os textos bíblicos: Eclesiástico 3,19-21.30-31; Salmo 68 (67); Hebreus 12,18-19.22-24a; Lucas 14,1.7-14
Jesus senta-se à mesa, na casa de um dos chefes dos fariseus, em dia de sábado, como anfitrião do banquete escatológico do Pai, oferecido a toda a humanidade. Sendo o convidado principal, observa que as pessoas buscam os lugares de honra. Então, mediante uma parábola, ensina a escolher os últimos e aguardar confiante o convite para ocupar um lugar melhor. Seu ensinamento recorda a sabedoria dos antigos (cf. Pr 25,6-7) e propõe a humildade e o amor gratuito como atitudes essenciais, para participar do Reino. Jesus é o Servo por excelência que doa até a própria vida (22,24-27) e indica o caminho a seguir, onde os primeiros são os últimos, aqueles que servem. Assim, o banquete é sinal que preanuncia a festa do reinado de Deus, como espaço de inclusão de todas as pessoas. O seguimento a Cristo implica em despojar-se da autossuficiência, para servir com gratuidade e acolher os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos, que não têm como retribuir. Essas pessoas marginalizadas, portadoras de deficiências, eram impedidas de participar do culto no templo e da comunidade (cf. 2Sm 5,8; Lv 21,18-23). Jesus proclama feliz, bem aventurado, quem compartilha a vida com os mais desamparados e promete a verdadeira recompensa, na ressurreição dos justos. O compromisso com a Boa Nova de Cristo torna o discípulo/a livre para servir as pessoas necessitadas com amor desinteressado. Na 1ª leitura, um sábio autor, no século II a.C, apresenta a humildade como caminho para ser agradável a Deus e ao ser humano, ter êxito e felicidade. O salmista convida a louvar o Pai dos órfãos e o defensor das viúvas, que com carinho prepara uma mesa para o pobre. A 2ª leitura impele a viver com fé e confiança porque em Jesus, mediador da nova aliança, nos aproximamos do Deus vivo e participamos dos benefícios da salvação.
2. Atualizando
Somos chamados a imitar o amor gratuito, a hesed de Deus, comprometendo-nos com as pessoas mais pobres e necessitadas. Em Cristo nos aproximamos confiantes do Pai, para experimentarmos sua graça e misericórdia e vivermos todos como filhos amados.
3. A palavra de Deus na celebração
Na comunidade de fé, os pobres encontrem misericórdia, e todos os homens se revestem da dignidade de filhos. Com muito carinho o Senhor nos prepara uma mesa. Na casa-igreja, ao redor da mesa do altar, celebramos o Memorial da Páscoa e nos alimentamos no banquete da palavra e do corpo de Cristo que se revela em todas as pessoas e comunidades solidárias com os pobres
4. Dicas e sugestões
Neste mês da Bíblia algumas maneiras de valorizar a Palavra de Deus é preparar bem os leitores, valorizar os lecionários e o evangeliário. Na recordação da vida, que pode ser depois da saudação inicial, lembrar o Brasil com suas realidades particularmente nesta semana da pátria.
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