28 de julho de 2019

Autoras:

Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.

Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

  1. Aprofundando os textos bíblicos: Gênesis 18,20-32; Salmo 138 (137); Colossenses 2,12-14; Lucas 11,1-13

Jesus, recolhido em oração como de costume (3,21; 6,12; 9,18; 9,28-29), motiva o pedido dos discípulos: Senhor, ensina-nos a orar. Então, ele ensinou-lhes o pai-nosso, como a oração que os identifica (11,2-4). Seguindo sua própria forma de orar e dirigir-se a Deus, Jesus ensina a dizer: Pai. A oração dos discípulos reconhece e glorifica o Senhor, pois santificado é seu nome. O Reino de Deus, manifestado nas palavras e ações de Cristo, compromete os que aguardam sua realização plena: Venha o teu Reino. Jesus, que se doou para saciar a fome humana mais profunda, coloca no centro da oração a súplica pelo pão cotidiano, como apelo à partilha. Ele ensina a viver o perdão, na condição de eternos devedores com o Deus da aliança, misericordioso e compassivo. Sua fidelidade fortalece em meio às provações, preservando das tentações, do desvio do caminho do Reino.E, na hora da paixão, ensina a suplicar ao Pai: Seja feita a tua vontade (22,42). Mateus insere esse pedido na oração do pai-nosso (Mt 6,9-13), cuja forma mais longa tornou-se a mais comum. Depois da instrução sobre o pai-nosso, Jesus exorta a perseverar na oração, com firme confiança em Deus (11,5-13). O amigo, que ajuda outro amigo, e o pai que alimenta seu filho, ilustram a bondade infinita do Pai, que oferece o dom pascal do Espírito Santo aos que lhe pedirem (11,13). Em Cristo, o Espírito Santo guia para o Pai e mantém viva sua amizade. A oração torna o ser humano amigo de Deus, como Abraão que intercedeu ao Senhor pela salvação dos poucos justos de Sodoma e Gomorra (1ª leitura). A vida de um único justo era suficiente para salvar a todos, realidade manifestada somente na entrega gratuita do Filho de Deus. O salmista invocou o Senhor e foi atendido; agora coloca a vida em suas mãos. Pelo batismo participamos da vida de Cristo, a fim de ressuscitarmos com ele para uma vida nova (2ª leitura).

  1. Atualizando

O pai-nosso é a oração dos cristãos, que anseiam pela realização plena do Reino. Que o Espírito Santo nos faça permanecer sempre na comunhão com o Pai bondoso, na certeza de sermos acolhidos em nossas necessidades.

  1. A palavra de Deus na celebração

A celebração litúrgica é o lugar privilegiado para o encontro com Deus. Ele habita em seu templo santo e nos reúne em sua casa, para nos dar força e poder. Porém, a lógica é a da revelação. Primeiramente ele nos encontra e quer de nós uma resposta. Deus é o amparo dos que nele esperam e sem ele, ninguém é forte, ninguém é santo. Ele é capaz de redobrar o amor para conosco a fim de que sejamos fiéis ao seu projeto.

Num verdadeiro diálogo entre Deus e nós, Ele é glorificado e nos somos santificados. No ir e vir de Deus e nosso, Deus nos encontra e nós encontramos Deus. Na sua imensa misericórdia, Ele nos atende e nos faz solícitos às necessidades dos irmãos e das irmãs.

  1. Dicas e sugestões

O rito da “Entrega da Oração do Senhor” feito no Rito de Iniciação Cristã dos Adultos poderia ser adaptado para as crianças da catequese de primeira comunhão. Pode ser feito depois da homilia.É bom cantar a oração do Pai Nosso.

Revista de Liturgia Ed 274 – Celebração da Palavra no Dia do Senhor

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