3 de março de 2019

1. Compreendendo os textos: Eclesiástico 27,5-8; Salmo 92(91); 1Coríntios 15,54-58; Lucas 6,39-45

Jesus está terminando seu discurso (6,20-49), no qual apresenta instruções aos discípulos, chamados a agir conforme o amor misericordioso do Pai (6,36). A máxima, sobre um cego guiar outro cego, mostra a exigência de conhecer o caminho do discipulado. Guiados pelo Mestre, os discípulos aprendem a realizar a missão com autenticidade, instruindo outras pessoas a viver conforme o projeto de Deus. Ser como o Mestre, cuja atuação salvadora revela o Deus compassivo, implica construir a fraternidade. O compromisso com a Boa Nova do Reino de Deus leva a viver relações de igualdade como indica também a instrução para não julgar os outros (6,37) e a comparação entre o cisco e a trave (6,41-42). O ensino radical de Jesus proporciona transformar as atitudes marcadas pela hipocrisia. Como a árvore é conhecida por seu fruto, uma vida enxertada na pessoa e mensagem de Jesus produz bons frutos no testemunho e anúncio do Evangelho. O ensinamento de Jesus impele a cultivar o bem no coração, a entesourar a bondade de Deus a fim de transbordar em ações solidárias a serviço dos pobres, viúvas, órfãos (Tg 1,27). Por em prática as palavras de Jesus é o fundamento mais sólido da vida cristã e o critério para distinguir os verdadeiros discípulos. A leitura do Eclesiástico salienta que o ser humano se revela mediante suas palavras e ações. O salmista proclama como é bom louvar o Senhor por sua lealdade e fidelidade, que interpela a produzir frutos de justiça até na velhice. Paulo, na I carta aos Coríntios, convida a dar graças a Deus que nos dá a vitória mediante a ressurreição de Jesus Cristo.

2. A palavra na vida

O caminho do discipulado implica em viver na intimidade com o Mestre, mas também na comunhão com os irmãos. Criar ao nosso redor relações de confiança e acolhida mantém viva a esperança de um mundo mais justo e solidário.

3. A palavra na celebração

Celebrando o mistério pascal de Cristo, damos graças a Deus pela Eucaristia que nos revigora, nos leva a participar da vitória de Cristo e nos convida a viver com equilíbrio e não sob o domínio da lei.

Revista de Liturgia Edição 271 – 50 anos de Medellín: Recepção da reforma litúrgica

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