6 de março de 2019
1. Compreendendo os textos: Joel 2,12-18; Salmo 51(50); 2Coríntios 5,20–6,2; Mateus 6,1-6.16-18
Cuidado para não praticar vossa justiça diante dos outros só para serdes vistos, alerta Jesus (5,20-48). Esmola, oração e jejum, obras tradicionais de misericórdia (Tb 12,8-9), devem ser praticadas de modo discreto e gratuito. A esmola [partilha] aos pobres é dever confiado ao Povo de Deus (Dt 15,7-11) e exigência para os discípulos de Jesus (5,42; 19,21). O Mestre interpela a praticar boas obras com autenticidade, a fim de não ser “hipócritas” (6,2.5.16). A esmola fique escondida, uma vez que as obras não tornam o ser humano merecedor da salvação. Somos salvos pela graça (Ef 2,8) e Deus vê os gestos solidários realizados por seu valor em si, dos que não descuidam o direito, a misericórdia e a fidelidade (23,23). Jesus exorta a não transformar a oração em mera encenação. Ao ensinar a oração do Pai Nosso (6,9-13), Jesus oferece a possibilidade de participar da mesma intimidade que Ele vive com o Pai. O jejum era uma prática comum, particularmente no dia da expiação (Lv 16,29-31), sinal de arrependimento e dor pelos pecados. Segundo Isaías 58,5-7, o verdadeiro jejum consiste em partilhar o pão com os famintos, hospedar os pobres, vestir os que estão sem roupa. A leitura do profeta Joel insiste na necessidade de rasgar o coração, não apenas as vestes, a fim de experimentar a bondade e a compaixão do Senhor. O salmista suplica um coração puro e um espírito firme para viver e anunciar a alegria da salvação. A segunda carta aos Coríntios salienta que este é o tempo propício para provar o amor de Deus manifestado em Jesus Cristo.
2. A palavra na vida
No início do caminho quaresmal, a liturgia nos convida a viver com autenticidade, assumindo o projeto solidário de Deus na busca do direito e da justiça (Is 1,27) em favor de todos. É o tempo favorável para deixar-se conduzir por Deus e acolher a salvação oferecida em Cristo.
3. A palavra na celebração
A Celebração Eucarística nos desafia a viver a transformar a fé em amor concreto, na partilha, na atenção aos excluídos e indefesos. A palavra proclamada nos convida à mudança de vida, à intensificar a oração, à solidariedade.
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