7 de fevereiro de 2021
1. Aprofundando os textos bíblicos:
Jó 7,1-4.6-7; Salmo 147(146); 1Coríntios 9,16-19.22-23; Marcos 1,29-39
Jesus manifesta a chegada dos tempos messiânicos ao curar os doentes, expulsar os demônios e anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus. Ele realiza a missão indo ao encontro dos pobres e sofredores nas casas, sinagogas, povoados, cidades, caminhos. Ao sair da sinagoga com seus discípulos, Jesus se dirige à casa de Simão Pedro e André. Informado de que a sogra
de Pedro estava acamada, Jesus “aproximou-se dela, tomou-a pela mão e a fez levantar-se”, restaurando a sua vida. A mulher “põem-se a serviço”, como tantas outras discípulas solidárias com o Mestre, desde a Galileia até Jerusalém (15,41). Marcos salienta que as pessoas traziam os doentes e necessitados até Jesus ao entardecer, quando o sol declinava e terminava o sábado.
Jesus começa e termina “a jornada de Cafarnaum” “expulsando os demônios” (1,21-34), libertando as pessoas
dos males e mecanismos de opressão. Mas Jesus ainda não era compreendido pelos que esperavam um Messias revestido de grandeza e majestade. Jesus se retira para estar em comunhão com o Pai, que lhe infunde confiança para estender o ministério por “toda a Galileia” (1,39). A oração e o trabalho missionário eram elementos essenciais da missão de Jesus e dos discípulos, dedicados igualmente à atividade catequética nas sinagogas, onde se estudavam as Escrituras. O “sábio” autor do livro de Jó, frente às aflições do trabalhador e às injustiças cometidas contra ele, é desafiado a encontrar a esperança e o sentido para a existência humana. O salmista louva e agradece ao Senhor, que “cura os de coração atribulado e enfaixa as suas feridas”. A leitura do apóstolo Paulo mostra que a sua experiência com Cristo o leva a tornar-se um incansável evangelizador: “Ai de mim,
se eu não anuncio o Evangelho!”.
2. A palavra na vida
A sogra de Pedro, curada e entregue ao serviço da comunidade
evoca uma verdadeira diaconia das mulheres,
discípulas de Jesus em sua itinerância, colaboradoras
efetivas na sua obra missionária.
3. A palavra na celebração
A celebração litúrgica pode ser um momento de
encontro profundo com o Cristo na sua palavra e na
partilha do pão que nos reanima para o serviço de Deus,
seja na família, no trabalho, ou onde Deus nos confia
uma missão.
Autoras:
Ir. Neusa Bresiani é Pia Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades. Ir. Helena Ghiggi é Pia Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.
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