4 de agosto de 2019

Autoras:

Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.

Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

 

  1. Aprofundando os textos bíblicos: Eclesiastes 1,2; 2,21-23; Salmo 90 (89); Colossenses 3,1-5.9-11; Lucas 12,13-21

Jesus revela a verdadeira sabedoria a partir do pedido de alguém do meio da multidão: Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo. Ensina a relativizar os bens diante do valor absoluto do Reino de Deus e adverte seus discípulos: Guardai-vos de todo tipo de ganância, pois a vida não consiste na abundância de bens.A parábola do rico insensato (12,16-21) impele ao bom uso dos bens da terra, a fim de que seja assegurada a vida digna para todos e a difusão da Boa Nova do Reino (cf. 8,3). O homem rico se preocupa em guardar para si a grande colheita que a terra produziu: Tens uma boa reserva, descansa, come, bebe, goza a vida. Assim, ele manifesta sua insensatez, pois é incapaz de reconhecer Deus como o Senhor da terra e a fonte da vida, e de partilhar as riquezas com os irmãos. A pessoa insensata não confia em Deus e não faz o bem aos outros (Sl 14,1). A ilusão das riquezas dificulta perceber e seguir o plano de Deus (Tg 4,13-17) e enfrentar as adversidades com esperança. Mas a realidade passageira possibilita ampliar o horizonte e encontrar o sentido da vida: Para quem ficará o que acumulastes? O ser humano é insensato enquanto ajunta tesouros para si mesmo e não se torna rico diante de Deus. Em meio às preocupações com o alimento, com as condições dignas para viver, é necessário buscar o Reino porque tudo será dado por acréscimo(12,22-31). A 1ª leitura é uma reflexão sapiencial, onde a transitoriedade das coisas leva a viver o desprendimento como caminho de abertura para Deus. A dominação, causada pelo império de Alexandre Magno, dificultava a vida e o trabalho do povo. O salmista, em meio às aflições, confia na graça de Deus e experimenta seu amor e alegria. Cristo tudo em todos proporciona revestir-se da vida nova, a fim de testemunhar a comunhão solidária, superando as desigualdades (2ª leitura).

 

  1. Atualizando

O bom uso dos bens se manifesta no serviço ao Reino. O egoísmo, a insensatez dificulta a abertura e confiança em Deus e a solidariedade com o próximo. Com a força do Ressuscitado possamos centrar nossa vida nos bens, que permanecem para sempre.

 

  1. A palavra de Deus na celebração

Neste domingo a palavra de Deus nos convoca a revermos nossas opções e a não pautar a vida em falsas seguranças. Tudo é vaidade, diz o Eclesiastes. Paulo convida os colossenses a aspirar às coisas do alto. Jesus chama de louco a pessoa que coloca sua segurança unicamente nos bens materiais. É preciso usar os bens com discernimento e ter o necessário para viver.

Como seguidores de Jesus, nos despojamos do homem velho, nos revestindo do homem novo. Como pessoas novas, caminhamos sem ganância e egoísmo.

 

  1. Dicas e sugestões

As palavras do rito de envio podem estar em consonância com o mistério celebrado. A vida não consiste na abundância dos bens. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

 

https://revistadeliturgia.com.br/product/revista-de-liturgia-ed-274-celebracao-da-palavra-no-dia-do-senhor/

https://revistadeliturgia.com.br/product/assinatura-anual-digital/

https://revistadeliturgia.com.br/product/assinatura-anual-impressa/

 

 

Deixe um comentário