12 de julho de 2020

 

  1. Aprofundando os textos bíblicos: Is 55,10-11; Salmo 65 (64); Romanos 8,18-23; Mateus 13,1-23

O evangelho inicia o discurso em parábolas, onde Jesus apresenta a natureza do Reino. Jesus senta-se como verdadeiro Mestre para ensinar através da parábola do semeador, tirada da vida cotidiana dos camponeses. Parte das sementes não produzia frutos porque caía em terreno impróprio ou não encontrava condições adequadas para o crescimento. Mas muitas sementes caíam em terra boa e produziam fruto: cem, sessenta, trinta, conforme a qualidade do solo. Assim, Jesus mostra a eficácia da semente do Reino, da palavra de Deus, não obstante as dificuldades. Como o semeador, que espalha generosamente as sementes, Jesus é enviado pelo Pai para oferecer a salvação a toda à humanidade. Os que partilham do caminho de Jesus e assimilam a proposta do Reino transformam-se em terra boa, própria para produzir uma colheita abundante. “Felizes são vossos olhos, porque veem e vossos ouvidos, porque ouvem!” (v.16). A compreensão do Reino, da Boa Nova de Jesus requer adesão total de vida, atuação prática. Na 1ª leitura, o profeta mostra a palavra de Deus como um evento de salvação, que impele Israel a um novo êxodo, a um caminho renovado de libertação. Como a chuva, que após o período comum da seca fecunda a terra e faz germinar a vida, a palavra de Deus não volta sem realizar o seu plano de amor. O salmista contempla a ação benevolente de Deus, manifestada no envio das chuvas, que asseguram uma grande colheita. Tudo canta e grita de alegria, pois a bênção do Senhor abarca o universo inteiro, cósmico e humano. Paulo, na 2ª leitura, ressalta que a finalidade da vida nova de ressuscitados é a glorificação com Cristo. Em meio aos sofrimentos, estamos ancorados na mesma esperança da criação, que anseia pela libertação plena. Como filhos e filhas de Deus, iluminados pelo Espírito, somos impelidos a uma renovação espiritual capaz de produzir efeitos sobre os outros seres criados.

 

  1. Atualizando

A liturgia de hoje nos convida a meditar sobre a eficácia da palavra de Deus na nossa vida. Como a chuva, que desce do céu para fecundar a terra, possamos ser a sementeira do Reino produzindo frutos abundantes de amor solidário em benefício de toda a criação.

 

  1. A palavra de Deus na celebração

Jesus Cristo é a Palavra viva de Deus Pai. Na celebração nos alimentamos de sua Palavra de vida e salvação. E é no contexto litúrgico que a palavra divina se torna presente com toda a sua eficácia. A celebração que se apóia na palavra de Deus, e se impregna da Palavra de Deus, se torna um evento novo e enriquece a própria Palavra de uma nova interpretação e sem dúvida alguma, de eficácia.

 

  1. Dicas e sugestões

Proclamar bem os leitores e salmistas, pois “o que mais contribui para uma adequada comunicação da palavra de Deus à assembleia por meio das leituras é a própria maneira de proclamar dos leitores, que devem fazê-lo em voz alta e clara, tendo conhecimento do que leem” (OLM, 14). (Outras sugestões vejam: CARPANEDO Penha e GUIMARÃES, Marcelo. Dia do Senhor, Tempo Comum, Ano A. São Paulo, Apostolado Litúrgico/Paulinas, p. 151-157).

Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.

Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

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Revista de Liturgia Ed 279 – No templo de suas casas: um povo sacerdotal

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