27 de outubro de 2019

Oferecemos abaixo um subsídio elaborado para auxiliar quem prepara as celebrações litúrgicas dominicais. Além do aprofundamento dos textos bíblicos, indicamos também a sua relação com a vida e o mistério celebrado.

Autoras:
Ir. Neusa Bresiani é Pia Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.
Ir. Helena Ghiggi é Pia Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

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1. Aprofundando os textos bíblicos: Eclesiástico 35,15b-17.20-22a; Salmo 34 (33); 2Timóteo 4,6-8.16-18; Lucas 18,9-14
A parábola do fariseu e do publicano é uma lição exemplar, para os que confiam na própria justiça e desprezam os outros. As pessoas subiam ao templo para as orações e as oferendas (At 3,1; Dn 9,21; Sl 141,2), que começavam com a ação de graças pelos benefícios recebidos de Deus. Mas o fariseu, seguidor rigoroso da Lei, agradece sua própria bondade e espera a salvação como recompensa pelas obras realizadas. Revela também uma atitude de juiz diante do publicano, direito reservado a Deus. O publicano, desprezado por ser cobrador de impostos para o império romano, reconhece a necessidade da misericórdia de Deus. Bate no peito em sinal de arrependimento e conversão e implora cheio de confiança: Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador. Sua oração autêntica mostra que o sacrifício agradável a Deus é um coração contrito, renovado pela graça (cf. Sl 51). Jesus, que veio manifestar o rosto misericordioso do Pai aos pequenos e excluídos, declara: Este último voltou para casa justificado, pois quem se humilha será exaltado. O fariseu justificou-se a si mesmo, demonstrando não precisar da salvação gratuita de Deus. Pode ser comparado com as noventa e nove pessoas justas, sem necessidade de conversão e da salvação de Deus (cf. Lc 15,7). Os discípulos de Jesus devem confiar na misericórdia salvífica, que passa pela justiça divina. Deus é um juiz justo, que não faz acepção de pessoas e ouve sempre a oração de seus prediletos, representados aqui pelo pobre, órfão e viúva (1ª leitura). O salmista bendiz o Senhor, que atende os oprimidos. A 2ª leitura apresenta o testemunho de Paulo, no fim de sua missão apostólica: Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Deus, que não o abandonou em meio às adversidades, o coroará com a vitória, com a sua justiça.

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2. Atualizando
Somos chamados a acolher a justiça e a misericórdia do Pai, que nos impele a tomar consciência do sistema injusto que compartilhamos e assumir uma atitude de conversão e vida nova. Que o ardor missionário de Paulo nos ensine a perseverar na fé em meio aos desafios da evangelização.

3. A palavra de Deus na celebração
Na celebração, Jesus nos revela o grande mistério da misericórdia do Pai que escuta os corações atribulados e dá vida aos seus servos. A Palavra do Senhor nos ilumina e nos ajuda a percebermos nossas atitudes. Como o publicano, reconheçamos nossa pequenez e reconheçamos a presença de Deus em nossas vidas. Ele nos dá forças e com certeza nos liberta de todo mal.

4. Dicas e sugestões
Neste dia das missões é bom recordar os irmãos e irmãs que estão em missão. Pode ser lembrado ante da oração do dia. No final da celebração pode ser feito um envio para todos, acentuando a dimensão missionária.

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