O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a, mas os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Os comentários das leituras são para ajudar a equipe que prepara, não deve ser usada no momento da celebração. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem prepara a homilia. A oração de ação de graças dentro do roteiro é uma proposta recitada. No final deste roteiro há uma versão cantada: a melodia se em encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’. As músicas indicadas para outros momentos da celebração, são do repertório do Hinário Litúrgico, gravado pelas editora Paulus.
Atenção: as breves introduções às leituras bíblicas não são para serem lidas durante a celebração mas apenas para ajudar quem vai preparar a celebração. A CNBB tem recomendado a não fazer comentário às leituras, certamente para focar a atenção na escuta da própria Palavra, que sendo bem proclamadas, dispensam comentários.

Revista de Liturgia Ed 275 – A ação de Graças na Celebração dominical da Palavra

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30º DOMINGO DO TEMPO COMUM

27 de outubro de 2019

Domingo do fariseu e do publicano. O Senhor nos conta a parábola do fariseu que se orgulha de sua justiça e do publicano que se humilha, e nos introduz em um caminho de humildade.
Celebramos a páscoa de Jesus Cristo que se manifesta na vida dos humilhados e sofredores.

1. REFRÃO MEDITATIVO
Louvarei a Deus, seu nome bendizendo.
Louvarei a Deus, a vida nos conduz.

2. CANTO DE ABERTURA – Exulte de alegria, H 3, p. 128-9; Sou romeiro que caminha, ODC, p. 159; Oi louvai, ao Senhor, ODC, p. 279.268.

3. SINAL-DA-CRUZ
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

4. SAUDAÇÃO
A paz do Senhor esteja com vocês.
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

5. ACOLHIDA, SENTIDO DA CELEBRAÇÃO E RECORDAÇÃO DA VIDA
O(a) animador(a), com breves palavras, acolhe as pessoas, sobretudo as visitantes, introduz o sentido do domingo e convida a assembléia a lembrar fatos marcantes que são sinais da páscoa de Jesus em nossa vida, na comunidade, no mundo…

6. ATO PENITENCIAL
Senhor que vieste, não para condenar, mas para salvar, tem piedade de nós.
Senhor tem piedade de nós.
Cristo, que acolhes quem confia em tua misericórdia, tem piedade de nós.
Cristo, tem piedade de nós.
Senhor, que muito perdoas a quem muito ama, tem piedade de nós.
Senhor tem piedade de nós.
Deus todo amoroso, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

7. GLÓRIA

8. ORAÇÃO INICIAL
Deus, mãe de ternura,
aumenta em nós a fé, a esperança e a caridade.
Dá-nos a graça de amar os teus mandamentos
e viver na alegria de tuas promessas.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

9. PRIMEIRA LEITURA – Eclesiástico 35,15b-17.20-22a
O autor do livro do Eclesiástico, observando as queixas do pobre, da viúva e do órfão, por serem desprezados, faz a seguinte meditação.

10. SALMO RESPONSORIAL– 34(33) (H 3, p. 182-3)
Bendigamos o nosso Deus porque ele sempre escuta a oração da pessoa que sofre e consola os aflitos de coração.

O pobre clama a Deus e ele escuta:
o Senhor liberta a vida dos seus servos.

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem!

Mas Deus volta a sua face contra os maus,
para da terra apagar sua lembrança.
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta
e de todas as angústias os liberta.

Do coração atribulado ele está perto
e conforta os de espírito abatido.
Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,
e castigado não será quem nele espera.

11. SEGUNDA LEITURA– 2Timóteo 4,6-8.16-18
Paulo, preso, tomando consciência da proximidade de sua morte, descreve a Timóteo uma espécie de testamento do apóstolo.

12. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO – (H 3, p. 245)
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!
Eu te louvo, ó Pai santo,
Deus do céu, Senhor da terra:
os mistérios do teu reino
aos pequenos, Pai, revelas.

13. PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO – Lucas 18,9-14
Para acolher este ensinamento de Jesus sobre a oração, é bom lembrarmos que os fariseus eram considerados modelo de piedade, enquanto os publicanos, cobradores de impostos eram vistos como traidores do povo e ladrões.
O(a) leitor(a) se dirige se dirige à assembléia com esta saudação:
O Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós.
Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:
Anúncio da boa-nova de Jesus Cristo segundo…
Glória a vós, Senhor.
Proclama o evangelho e no final da leitura conclui dizendo:
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.
Beija o livro e o mostra para a assembléia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

14. HOMILIA – para quem prepara a homilia
O evangelho de hoje, na mesma linha do domingo anterior, é um ensinamento sobre a oração e a relação com Deus, tendo dois personagens profundamente diferentes: o fariseu e o publicano.
O farisaísmo, palavra que quer dizer “separado”, surgiu cerca de trezentos anos antes de Jesus e constituiu-se em um movimento de renovação profunda no judaísmo, pelo resgate da palavra de Deus na vida concreta das pessoas. Visto que a lei exprimia a vontade de Deus, ele não só a estuda nos mínimos detalhes, como a observa minuciosamente, escrupulosamente, todos os mandamentos e proibições, e até mais do que estava prescrito. O fariseu representa o justo, reconhecido como tal no judaísmo, não sendo egoísta nem preocupado consigo mesmo, mas atento ao futuro e às necessidades do povo.
Os publicanos ou coletores de imposto surgiram quando da dominação romana na Palestina e estão a serviço deste mesmo poder. São eles que coletam os impostos a serem enviados a Roma como forma de tributação. Eram considerados, pelos habitantes locais, como traidores do povo, com fama de ambiciosos e desonestos.
A conclusão da parábola, ao contar que o publicano, reconhecendo-se pecador, voltou justificado para a sua casa, e não o fariseu, quer ensinar que a oração e a relação com Deus não dependem dos nossos méritos e erros, mas da autenticidade e transparência com que conseguimos articulá-la. O publicano reconheceu sua pequenez e fez de sua própria pobreza a sua prece e uma entrega ao mistério de Deus, enquanto o fariseu, apesar de todos os seus méritos, tornou sua oração uma justificação de si mesmo.
Este gesto do publicano diante de Deus se atualiza em nossa celebração ao reconhecermos nosso pecado, no ato penitencial, e ao escutar e acolher a palavra que nos desvela e nos converte. A oração litúrgica nos educa a uma constante abertura ao mistério de Deus e a uma atenta vigilância, para que não nos fechemos em nós mesmos. Só Deus é justo e capaz de nos justificar diante dele. A salvação não depende da nossa santidade, mas da sua misericórdia.

Livro Dia do Senhor Rito da Celebração da Palavra

Livro Celebrando o Dia do Senhor – Tempo Comum ABC

15. PRECES
Irmãos e irmãs, Jesus intercede agora por todo o seu povo junto do Pai. Vamos nos unir à sua prece, dizendo: Escuta-nos, Senhor.
– Ó Cristo, renova as comunidades cristãs, na força do teu Espírito, para que testemunhem no mundo a paz e a unidade.
– Ó Cristo, amigo dos pobres, reúne os que estão dispersos e sem orientação, sustenta os abandonados, nós te pedimos.
– Liberta, Senhor, os prisioneiros, restitui a luz aos cegos, acolhe os órfãos e as viúvas, ouve o clamor do teu povo que sofre.
Preces espontâneas… Quem preside conclui:
Atende, as nossas preces e guia-nos em teus caminhos, tu que és nosso irmão e nosso Salvador. Amém.

16. COLETA FRATERNA
É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade. Canto: Os cristãos tinham tudo em comum; onde reino o amor…

17. AÇÃO DE GRAÇAS

Terminada a coleta todos/as se levantam, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças. [Se houver comunhão eucarística, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar antes da ação de graças].

Senhor esteja com vocês.
Ele está no meio de nós!
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
É nosso dever e nossa salvação!

Quem preside, faz a oração intercalando com o canto da assembleia:

Nós te damos graças, ó Deus da vida,
porque neste dia santo de domingo
nos acolhes na comunhão do teu amor
e renovas nossos corações
com a alegria da ressurreição de Jesus.
Compadecendo-se da fraqueza humana,
ele nos libertou da morte e deu-nos a vida.

Nós te damos muitas graças,
te rogamos, ó Senhor.

Esta comunidade aqui reunida
recorda a vitória de Jesus sobre a morte,
escutando a sua Palavra e dando graças,
na esperança de ver o novo céu e a nova terra,
onde não haverá mais fome, nem morte, nem dor,
e onde viveremos na plena comunhão do teu amor.

Nós te damos muitas graças,
te rogamos, ó Senhor.

Envia sobre nós o teu Espírito,
apressa o tempo da vinda do teu reino,
e recebe o louvor de todo o universo
e de todas as pessoas que te buscam.

Nós te damos muitas graças,
te rogamos, ó Senhor.
Toda a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus,
por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:
Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

18. ABRAÇO DA PAZ
Saudemo-nos, uns aos outros, com o sinal da reconciliação e da paz!

Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração [n. 20].

19. CONVITE À COMUNHÃO
Se houver comunhão, quem preside diz:

Relembrando de Jesus que, muitas vezes,
reuniu-se com os seus para comer e beber,
revelando que o teu reino havia chegado,
nós também nos alegramos com ele em nossa mesa.

E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:

Quem vem a mim nunca mais terá fome
e o que crê em mim nunca mais terá sede.

Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo!
Senhor, eu não sou digno(a)…

Piedade, meu Deus, piedade, H 3, p. 288.Canto de comunhão: Hinário CNBB, abertura e comunhão: Nós somos muitos, p.; 8; O pão de Deus, p. 17; Um cálice, p. 21;Quem nos separará, p. 23; Eu sou o pão, p., 24.
Silêncio

20. ORAÇÃO FINAL
Pai santo, bendito sejas por tua misericórdia
e pelo alimento com que nos fortaleces.
Dá-nos tua graça para que, ao longo desta semana,
possamos viver em fraterna comunhão
e na alegria de te servir.
Por Cristo, nosso Senhor,
na unidade do Espírito Santo. Amém.

RITOS FINAIS

21. COMUNICAÇÕES

22. BÊNÇÃO
O Senhor nos abençoe e nos guarde. Amém.
O Senhor faça brilhar sobre nós a sua face e nos seja favorável. Amém.
O Senhor dirija para nós o seu rosto e nos dê a paz. Amém.
Abençoe-nos o Pai, e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
A alegria do Senhor seja a nossa força. Vamos em paz e o Senhor nos
acompanhe. Graças a Deus.

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