Autoras:
Ir. Neusa Bresiani é Pia Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui
no serviço da formação litúrgica nas comunidades.
Ir. Helena Ghiggi é Pia Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.
DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR ANO A
05 de abril de 2020
1. Aprofundando os textos bíblicos: Mateus 21,1-11 (bênção de ramos); Isaías 50,4-7; Salmo 22 (21); Filipenses 2,6-11; Mateus 26,14-27,66
Jesus entra em Jerusalém (21,1-11) como o Messias esperado, um rei humilde e pacífico, realizando plenamente a profecia de Zc 9,9-10. As multidões expressam a esperança de salvação aclamando: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!” (21,9). Os discípulos são chamados a fazer o que Jesus mandou (21,6; 26,19), doando a vida por amor. Jesus põe-se à mesa para cear com seus discípulos, prefigurando o dom de sua vida, que sela a nova aliança. Após a ceia, ele vai ao Monte das Oliveiras e entrega-se confiante nas mãos do Pai para que seja feita a sua vontade (26,42). Ao longo de seu ministério, Jesus foi tentado a trilhar um caminho diferente, mas manteve-se fiel ao projeto divino de salvação. Com amor e fidelidade, ele enfrentou a traição e a negação de seus discípulos, a rejeição, sobretudo pelos líderes do seu povo. No Sinédrio, Jesus testemunha sua missão como Messias e Filho de Deus. Na morte de Jesus, a cortina que separava o Santo do Santíssimo, aberta somente no dia do Grande Perdão, rasga-se completamente. A abertura simboliza a aliança de amor e perdão que Deus estabelece com todos os povos. O centurião representa os que acolhem o dom da salvação e professam a fé em Jesus: “Este era verdadeiramente Filho de Deus!” (27,54). As mulheres discípulas, que haviam seguido Jesus desde a Galileia, prestando-lhe serviços, acompanham o Mestre até a cruz (27,55-56). Na 1ª leitura, o Servo é um perfeito discípulo, pois mantém os ouvidos atentos para ouvir a instrução do Senhor e permanecer fiel à sua missão profética. A certeza de contar com Deus, como aliado, fortalece o Servo em meio às provações e perseguições. A 2ª leitura é um hino litúrgico que apresenta Cristo como modelo da vida cristã. O texto enaltece a atitude de despojamento de Jesus por nós e sua exaltação.
2. Atualizando
Somos chamados a seguir os passos de Jesus, cujo amor sem fronteiras o levou a doar a vida pela nossa salvação. Com Jesus, que reza em comunhão com o Pai para que seja feita a sua vontade, entreguemos a nossa vida e a missão de todos os que sofrem por causa do testemunho da verdade e justiça.
3. A palavra de Deus na celebração
As palmas que carregamos hoje nos ajudam a lembrar o mártir Jesus, vitorioso sobre a morte. O Cristo morre condenado para garantir a salvação a todos. As palmas em nossas mãos significam que estamos prontos a fazer o mesmo caminho de Jesus, assim como fez a imensa multidão de todas as raças, povos e línguas que já estão de pé diante do trono e do Cordeiro, vestidos com vestes brancas e com palmas na mão (Ap 7,9).
Que este mistério tão grande se realize em nossa vida e nossa história.
4. Dicas e sugestões
Veja sugestões no Dia do Senhor: guia para as celebrações das comunidades, ciclo pascal ABC, p. 153-170.
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