4º DOMINGO DA QUARESMA  – ANO C

31 DE MARÇO DE 2019

___________________________

 

O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a (os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística). As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Os comentários das leituras são para ajudar a equipe que prepara, não deve ser usada no momento da celebração. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem deve fazer a homilia. A oração de ação de graças é um elemento importante, deve ser feita paro quem preside a celebração, nunca pelos cantores. Dentro do roteiro há uma proposta recitada que pode ser substituída pela versão cantada (cf. final deste roteiro): a melodia se em encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’.

 

Domingo do pai misericordioso

 

Tendo já percorrido a metade da nossa caminhada de preparação para a páscoa, somos convidados a deixar para trás qualquer atitude de tristeza e assumir uma atitude de alegria pela consolação que nos vem do amor de Deus. Testemunhamos o encontro de Jesus com os pecadores e escutamos dele a parábola do filho pródigo e a proclamação do infinito amor de Deus.

Celebramos a páscoa de Jesus Cristo que acontece em todas as pessoas e grupos que fazem brilhar a luz de Deus nas comunidades e sociedades.

Alegra-te, Jerusalém! Reúnam-se, vocês todos que a amam, vocês que estão tristes, exultem de alegria!  (Is 66,10-11)

 

 

CHEGADA

  1. Refrão meditativo

É bom confiar em Deus, é bom confiar,

é bom esperar sempre nos Senhor.

RITOS INICIAIS

  1. Canto de abertura Fique foi contente, H2, p. 53; Ah, se o povo de Deus, ODC, p. 121; O vosso coração de pedra, ODC, p. 176.

Procissão, levando a cruz e o livro da Palavra.

  1. Sinal-da-cruz

Em nome do Pai e do filho e do Espírito Santo. Amém.

  1. Saudação

A paz do Senhor esteja com vocês.

Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

  1. Acolhida, sentido da celebração e recordação da vida

O(a) animador(a), com breves palavras acolhe as pessoas, sobretudo as visitantes, introduz o sentido do domingo e convida a assembléia a lembrar fatos marcantes que são sinais da páscoa de Jesus em nossa vida, na comunidade, no mundo.

Alegremo-nos porque a quaresma nos é dada como tempo oportuno para vivermos mais conscientemente a nossa condição de batizados, discípulos e discípulas de Jesus. Neste  domingo do pai misericordioso, voltemos nossos corações para acolher do pai a compaixão e o perdão.

  1. Ato penitencial

A cruz procissional é colocada em destaque, quem preside faz o convite:

Reconheçamos o nosso pecado e aproximemos da fonte de toda a reconciliação, Jesus Cristo nosso Salvador.

todos se inclinam em oração silenciosa… Quem preside prossegue:

Senhor, pastor do teu povo, que confiaste à tua Igreja o ministério da reconciliação, tem piedade de nós.

Senhor, tem piedade de nós.

Cristo, Palavra do Pai, que nos chamas a conversão, tem piedade de nós.

Cristo, tem piedade de nós.

Senhor, vida e ressurreição, que nos deste o Espírito para fazer novas todas as coisas, tem piedade de nós.

Senhor, tem piedade de nós.

O Deus de ternura e misericórdia tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

  1. Oração do dia

Ó Pai, fonte de luz e de vida,

por teu filho Jesus Cristo,

reconciliaste a humanidade dividida.

Arranca de nós toda a sombra de tristeza

e liberta-nos totalmente,

para que caminhemos cheios de alegria

para as festas pascais que se aproximam.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

.

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

  1. Primeira leitura: Josué 5,9-12

Continuando a fazer a memória dos grandes momentos da história da salvação, lembramos os fatos que marcaram o final do êxodo e a entrada na terra prometida, sob a liderança de Josué.

  1. Salmo responsorial- 34(33) (H 2, p. 68-9)

Bendigamos ao Senhor que sempre vem em socorro dos pobres e liberta os oprimidos.

 

Provai e vede quão suave é o Senhor.

Feliz o homem que tem nele o seu refúgio.

 

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,

seu louvor estará sempre em minha boca.

Minha alma se gloria no Senhor,

que ouçam os humildes e se alegrem!

 

Comigo engrandecei ao Senhor Deus,

exaltemos todos juntos o seu nome!

Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu,

e de todos os temores me livrou.

 

Contemplai a sua face e alegrai-vos,

e vosso rosto não se cubra de vergonha!

Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,

e o Senhor o libertou de toda angústia.

 

  1. Segunda leitura – 2Coríntios 5,17-21

A comunidade de Corinto estava enfrentando problemas sérios. Além de estar reproduzindo o mesmo comportamento da grande cidade, havia divisões internas e havia até pessoas que eram suas inimigas. É neste contexto que se situa a palavra que vamos ouvir.

 

  1. Aclamação ao evangelho

Honra, glória, poder e louvor

a Jesus, nosso Deus e Senhor!

Vou levantar-me e vou a meu pai e lhe direi:

meu pai, eu pequei contra o céu e contra ti.

 

  1. Proclamação do evangelho – Lucas 15,1-3.11-32

Vejamos como Jesus justifica sua prática de comer com os pecadores e marginalizados de sua época e acolhamos o que o Senhor nos diz por meio desta palavra.

O(a) leitor(a), da estante da Palavra,  se dirige à assembleia com esta saudação:

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós.

Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo…

Glória a vós, Senhor.

Proclama o evangelho e no final da leitura conclui:

Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

Beija o livro e o mostra para a assembleia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

  1. Homilia

Jesus conta a parábola do filho pródigo depois que os fariseus e os escribas murmuraram contra ele por causa de sua amizade com os publicanos e os pecadores (Lc 15,1). Há, na parábola, um pai e dois filhos. Um se extravia e chega ao fundo do poço… resolve voltar… O pai acolhe sem pedir explicações… O filho mais velho se revolta… o personagem central é o pai, a quem o filho mais novo conhece e recorre quando se encontra reduzido à extrema miséria. E, neste encontro, descobre que não o conhece bastante. Recita a fórmula de arrependimento longamente preparada, mas esta se converte numa formalidade diante do amor gratuito do pai, que age comovido de afeição paternal, e não movido por alguma lei. Assim é Deus, e esta é a realidade que Jesus veio revelar ao acolher os publicanos e receber à sua mesa os pecadores. Mas o filho mais velho não entende isso. Não conhece o coração do pai. A sua “justiça” o impede de conhecer o amor do seu pai, que não deixa de convidá-lo e insistir para que entre na alegria da festa.

Olhando agora este texto a partir da nossa existência, facilmente nos identificamos com o filho mais novo, em sua situação de desolação e fracasso; ou com o filho mais velho, incapaz de entender o amor do pai diante do filho devasso… Mais difícil é identificar-nos com o Pai, e talvez seja este o maior desafio que esta palavra nos coloca. Esta é a meta o discípulo. Seguir Jesus é testemunhar, pela palavra e pela vida, a terna compaixão de Deus.

Comentando a pintura do filho pródigo de Rembrandt, em seu livro A volta do filho pródigo, Henri Nouwen diz o seguinte: “Desde o início estava preparado para aceitar que não somente o filho mais jovem, mas também o mais velho me revelariam um aspecto importante da minha jornada espiritual. Por muito tempo o pai continuou a ser o “outro”, aquele que me receberia, me perdoaria, oferecer-me-ia um lar (…). Foi aos poucos, e muitas vezes com bastante sofrimento, que cheguei a compreender que minha jornada espiritual nunca se completaria enquanto o pai fosse um estranho. (…) O Pai, extremamente vulnerável, fez-me compreender que a minha vocação final é realmente me tornar como o Pai e exercer no meu dia a dia sua divina compaixão. Apesar de ser tanto o filho mais jovem como o mais velho, não devo permanecer como eles, mas tornar-me o Pai”.

Na assembléia litúrgica, o Senhor nos convida a entrar no banquete do seu amor, a deixar o nosso coração se alegrar com a música da festa, com as coisas boas que possam ter acontecido com as pessoas de nossa convivência, a buscar dentro de nós motivos para render graças à vida. Pedimos com insistência que o Senhor nos dê um coração de filho, para aprendermos a ter coração de pai e de mãe, capaz de amar gratuitamente, de oferecer confiança..

 

  1. 14. Creio
  2. Preces

Irmãos e irmãs, neste tempo favorável, elevemos nossas preces ao nosso Deus:

Cristo, filho do Deus vivo, tem piedade de nós.

– Ó Cristo, fonte de salvação e de vida, dá a todas as Igrejas a graça de testemunhar o teu evangelho e de ser para o mundo uma palavra de Paz.

– Ó Cristo, carregaste a cruz com plena consciência da tua missão, ajuda-nos a caminhar contigo, fieis à tua Palavra, em todos os momentos da nossa vida.

– Ó Cristo, foste humilhado sem nunca responder com violência, livra-nos de todo sentimento de vingança e dá-nos a graça de perdoar sempre.

Preces espontâneas… Quem preside conclui:

Senhor Jesus, guia-nos em teus caminhos, tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém.

  1. Coleta de bens

É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta: escolher no livro de canto.

Terminada a coleta, todos/as se levantam, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar. Quem preside, aproximando-se do altar, faz uma breve inclinação e dá início à ação de graças.

 

Se não houver comunhão eucarística, depois das preces, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.

AÇÃO DE GRAÇAS

  1. Convite à ação de graças (a oração que segue pode ser substituída pela versão cantada –no final deste roteiro)

Quem coordena convida a assembleia a dar graças a Deus:

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós.

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação

  1. Oração de ação de

Depois prossegue com a oração, intercalando com o canto da assembleia:

É um prazer para nós Pai de bondade, te louvar e te adorar.

Tu nos dás a cada ano a graça de esperar com alegria a santa páscoa.

De coração purificado, entregues à oração e à prática do amor fraterno,

preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais,

que nos deram vida nova e nos tornaram teus filhos e filhas.

Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

Derrama sobre nós o teu Espírito,

recebe o louvor de todo o universo

e de todas as pessoas que te buscam.

Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

Toda a nossa louvação chegue a ti, em nome de Jesus

por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

  1. Abraço da paz

Saudemo-nos, uns aos outros com um sinal de paz e de reconciliação.

Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração final (n. 21).

  1. Rito da comunhão

Quem preside diz:

Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus

para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado,

nós também nos alegramos com ele nesta mesa.

E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:

Quem vem a mim nunca mais terá fome

e o que crê em mim nunca mais terá sede.

Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!

Senhor, eu não sou digno(a)…

Distribuição da comunhão. Escolher canto de comunhão: O povo de Deus, H 2, p. 171; Dizei aos cativos: “Saí”, H 2, p. 132; Como raiar, raiar do dia, H 2, p. 126.

Silêncio… Quem preside faz a oração do respectivo domingo, no missal, ou no Dia do Senhor, ou a que segue:

  1. Oração final

Ó Deus, mãe da compaixão,

a nós pobres e pecadores nos deste

a alegria de participar desta ceia de amor.

Concede-nos, nesta quarta semana da quaresma,

fazermos tudo o que te agrada, para que sejamos,

em plena verdade, teus filhos e filhas amados!

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

RITOS FINAIS

  1. 22. Comunicações
  2. Bênção

O Deus da paz nos santifique totalmente, guarde-nos em seus caminhos até a páscoa da ressurreição. Amém.

Abençoe-nos, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.

Glorifiquemos a Deus com a nossa vida. Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe. Graças a Deus.

 

 

 

 

__________________________

 

 

AÇÃO DE GRAÇAS – VERSÕES CANTADAS

 

AÇÃO DE GRAÇAS – QUARESMA – melodia: pecador agora (CD-DS faixa 8)

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação! 

O(a) coordenador(a) canta e a assembleia repete:

  1. Para nós é um prazer / bendizer-te, ó Senhor,

celebrar o teu amor / por Jesus teu bem-querer! (bis)

  1. Te louvamos, ó Senhor, / pela nossa humana história

que revela tua glória, / teu poder libertador. (bis)

  1. Pois o tempo é de graça, / de oração, jejum, partilha,

de seguir Jesus na trilha / de uma cruz que livra e salva! (bis)

  1. Bem unidos em Jesus / um só corpo nós seremos,

nossa vida oferecemos / como ele fez na cruz. (bis)

  1. Finalmente a nossa boca, / inspirada por teu Filho,

e seguindo o seu ensino, / o teu santo nome invoca: (bis)

T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

 

LOUVAÇÂO – QUARESMA    (CD-DS faixa 10)

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação! 

É bom cantar um bendito, / Um canto novo, um louvor.

  1. Ao Deus do povo oprimido que ouviu do pobre o clamor.
  2. Ao Deus que livra seu povo das garras do Faraó.
  3. Ao Deus que leva seu povo para uma terra melhor.
  4. Pois Deus mandou-nos seu Filho dos pobres libertador.
  5. Jesus por nós deu a vida, a lei maior ensinou.
  6. Jesus ‘stá vivo nas lutas do povo trabalhador.
  7. Um povo unido e forte bendiz e louva o Senhor.

Quem preside conclui recitando:

Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que o Senhor nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino o poder e a glória para sempre.

 

LOUVAÇÂO – QUARESMA  (CD-DS faixa 12)

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação! 

Quem coordena canta, e a assembleia repete:

É bom cantar um bendito! Um canto novo, um louvor!

  1. Ao Deus que em tempo propício, / sua graça derramou!
  2. Ao Deus que ao povo escolhido / tantas vezes perdoou!
  3. Ao Deus que aos ninivitas penitentes perdoou!
  4. Ao Deus que pelo deserto / o seu Filho sustentou!
  5. Ao Deus que mandou seu Filho / feito irmão do pecador!
  6. Jesus de tal pecadora a sentença revogou!
  7. Jesus na cruz o ladrão humilhado consolou!
  8. Jesus por nós deu a vida / e nos reconciliou!
  9. Um povo arrependido / louva e canta ao seu Senhor!

Quem preside conclui, recitando:

Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que o Senhor nos ensinou: Pai nosso…

 

https://revistadeliturgia.com.br/product/revista-de-liturgia-edicao-272-50-anos-de-medellin-a-liturgia-de-ua-igreja-pobre-a-servico-dos-pobres/

https://revistadeliturgia.com.br/product/assinatura-anual-digital/

https://revistadeliturgia.com.br/product/assinatura-anual-impressa/

 

Deixe um comentário