2º DOMINGO DA QUARESMA  – ANO C

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O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a (os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística). As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Os comentários das leituras são para ajudar a equipe que prepara, não deve ser usada no momento da celebração. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem deve fazer a homilia. A oração de ação de graças é um elemento importante, deve ser feita paro quem preside a celebração, nunca pelos cantores. Dentro do roteiro há uma proposta recitada que pode ser substituída pela versão cantada (cf. final deste roteiro): a melodia se em encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’.

Domingo da transfiguração do Senhor

Em nossa caminhada pascal, subimos a montanha com Jesus e três dos seus discípulos para fazermos a experiência da intimidade com ele, recebermos a visão de sua glória e o mandamento de escutar sua palavra. Celebramos a páscoa de Jesus Cristo que acontece em todas as pessoas e grupos que descobrem o rosto transfigurado do Pai nos rostos desfigurados dos pobres e sofredores.  Meu coração disse: Senhor, buscarei a tua face. É tua face, Senhor que eu procuro, não desvieis de mim o teu rosto!   (Sl 27,8-9)

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CHEGADA

  1. Refrão meditativo

É bom confiar em Deus, é bom confiar,

é bom esperar sempre nos Senhor.

RITOS INICIAIS

  1. Canto de abertura Ah, se o povo de Deus, ODC, P.121

Procissão, levando a cruz e o livro da Palavra.

  1. Sinal-da-cruz

Em nome do Pai e do filho e do Espírito Santo. Amém.

  1. Saudação

A paz do Senhor esteja com vocês.

Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

  1. Acolhida, sentido da celebração e recordação da vida

O(a) animador(a), com breves palavras acolhe as pessoas, sobretudo as visitantes, introduz o sentido do domingo e convida a assembléia a lembrar fatos marcantes que são sinais da páscoa de Jesus em nossa vida, na comunidade, no mundo.

Alegremo-nos porque a quaresma nos é dada como tempo oportuno para vivermos mais conscientemente a nossa condição de batizados, discípulos e discípulas de Jesus. Que este domingo da transfiguração de Jesus nos ilumine e nos anime nesta caminhada rumo à Páscoa.

  1. Ato penitencial

A cruz procissional é colocada em destaque, quem preside faz o convite:

Reconheçamos o nosso pecado e aproximemos da fonte de toda a reconciliação, Jesus Cristo nosso Salvador.

todos se inclinam em oração silenciosa… Quem preside prossegue:

Senhor, pastor do teu povo, que confiaste à tua Igreja o ministério da reconciliação, tem piedade de nós.

Senhor, tem piedade de nós.

Cristo, Palavra do Pai, que nos chamas a conversão, tem piedade de nós.

Cristo, tem piedade de nós.

Senhor, vida e ressurreição, que nos deste o Espírito para fazer novas todas as coisas, tem piedade de nós.

Senhor, tem piedade de nós.

O Deus de ternura e misericórdia tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

  1. Oração do dia

Ó Senhor, nosso Deus,

que nos mandaste ouvir o teu Filho muito amado,

alimenta-nos sempre com a tua palavra,

para que, com fé firme e pura,

tenhamos nossa alegria na glória de Cristo,

por quem te pedimos,

na unidade do Espírito Santo. Amém.

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

  1. Primeira leitura: Gênesis 15,5-12.17-18

Continuando a fazer a memória dos momentos-chaves da história da salvação, escutamos hoje o relato da aliança de Deus com Abraão. Escutando como Abraão, chefe de um clã sem nenhuma importância, foi escolhido por Deus para um novo começo, encontremos uma palavra para nossa vida de fé.

 

  1. Salmo responsorial- Sl 27(26) (H 2, p. 68-9)

Cantando este salmo, reafirmamos, como Abraão, nossa fé na promessa de Deus que se cumpriu em Jesus, e pedimos que ela se manifeste em nossas vidas e na luta de todos os pobres.

 

Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo,

meu coração fala convosco confiante!

 

O Senhor é minha luz e salvação;

de quem eu terei medo?

O Senhor é a proteção da minha vida;

perante quem eu tremerei?

 

Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo,

atendei por compaixão!

Meu coração fala convosco confiante;

é vossa face que eu procuro!

 

Não afasteis em vossa ira o vosso servo,

sois vós o meu auxílio!

Não me esqueçais, nem me deixeis abandonado,

meu Deus e Salvador!

 

Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver

na terra dos viventes.

Espera no Senhor e tem coragem,

espera no Senhor!

 

  1. Segunda leitura – Filipenses 3,17-4,1

Vejam como Paulo, escrevendo à comunidade dos filipenses, onde havia alguns pregadores que estavam desviando a comunidade do caminho de Jesus, apresenta o fundamento da vida cristã.

 

  1. Aclamação ao evangelho

Honra, glória, pode e louvor

A Jesus nosso Deus e Senhor.

Numa nuvem replendente fez-se ouvir a voz do Pai.

Eis meu filho muito amado, escutai-o, todos vós.

 

  1. Proclamação do evangelho – Lucas 9,28b-36

Com o simbolismo das manifestações de Deus no Antigo Testamento – a montanha, a nuvem, o trovão -, Lucas nos traz uma boa notícia sobre a identidade profunda de Jesus de Nazaré.

O(a) leitor(a), da estante da Palavra,  se dirige à assembleia com esta saudação:

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós.

Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo…

Glória a vós, Senhor.

Proclama o evangelho e no final da leitura conclui:

Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

Beija o livro e o mostra para a assembleia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

  1. Homilia

A partir do momento em que Jesus se apresentou na sinagoga de Nazaré, ele atravessou adesões entusiastas da parte do povo e hostilidades da parte dos chefes. Jesus se encontra agora em momento decisivo, quando é reconhecido pelos discípulos como Messias e lhes dá a conhecer o seu trágico destino. Não é por acaso que o relato da transfiguração aparece entre dois anúncios da paixão. Quer revelar aos discípulos que o destino do Messias é a glória, mas o caminho é a cruz. Elias, profeta, e Moisés, a principal testemunha da glória de Deus no Sinai, agora são testemunhas da glória de Jesus e apontam para o êxodo que vai se consumar em Jerusalém, aludindo ao itinerário de Jesus a caminho da sua páscoa. Como no horto (cf. Lc 22,45), os discípulos estão pesados de sono, mas o caminho da paixão vai iluminar-se com o esplendor antecipado e provisório da transfiguração.

No relato de Lucas, tudo acontece no monte e num contexto de oração. Enquanto Jesus ora, a glória de Deus o penetra e transfigura luminosamente o seu rosto e as suas vestes. O mais importante é o testemunho do Pai, como no batismo do Jordão, focalizando a pessoa de Jesus, reafirmando a confissão de Pedro de que ele é o Messias, o filho amado, a quem os discípulos devem escutar. Para os discípulos, significa aceitar a cruz, o que implica uma mudança radical no modo de pensar e de viver.

Para nós, o episódio da transfiguração nos lembra que a nossa condição de discípulos(as) nos coloca em êxodo, em permanente saída de tudo aquilo que não nos permite viver plenamente em comunhão com Deus e com os demais. Neste movimento de saída, haverá aspectos dolorosos dos quais gostaríamos de escapar. Mas não podemos nos refugiar numa tenda, como queria Pedro, fascinado pelo momento de glória. O Cristo transfigurado, com roupas resplandecentes, é a resposta ao Cristo despido na cruz, e desta nudez ninguém pode escapar. Aprender a ser filho no Filho, dando a vida por amor, é uma prova de fogo; não é possível não passar pela nudez da cruz, porque é exatamente nisso que somos fracos e necessitados da luz transformadora de Deus.

Na assembléia litúrgica, somos iluminados pela voz do Pai que se revela a nós em Jesus, palavra e pão. Nele, somos encorajados a perseverar no caminho, aprendendo a obedecer ao desígnio de Deus sobre nós, a descobrir dentro de nós a dignidade de filhas e filhos de Deus, como um segredo que nos anima a cultivar em nós uma atitude permanente de cooperação e de solidariedade.

 

  1. 14. Creio
  2. Preces

Irmãos e irmãs, neste tempo favorável, elevemos nossas preces ao nosso Deus:

Cristo, filho do Deus vivo, tem piedade de nós.

– Ó Cristo, fonte de salvação e de vida, dá a todas as Igrejas a graça de testemunhar o teu evangelho e de ser para o mundo uma palavra de Paz.

– Ó Cristo, carregaste a cruz com plena consciência da tua missão, ajuda-nos a caminhar contigo, fieis à tua Palavra, em todos os momentos da nossa vida.

– Ó Cristo, foste humilhado sem nunca responder com violência, livra-nos de todo sentimento de vingança e dá-nos a graça de perdoar sempre.

Preces espontâneas… Quem preside conclui:

Senhor Jesus, guia-nos em teus caminhos, tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém.

  1. Coleta de bens

É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta: escolher no livro de canto.

Terminada a coleta, todos/as se levantam, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar. Quem preside, aproximando-se do altar, faz uma breve inclinação e dá início à ação de graças.

 

Se não houver comunhão eucarística, depois das preces, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.

AÇÃO DE GRAÇAS

  1. Convite à ação de graças (a oração que segue pode ser substituída pela versão cantada –no final deste roteiro)

Quem coordena convida a assembleia a dar graças a Deus:

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós.

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação

  1. Oração de ação de

Depois prossegue com a oração, intercalando com o canto da assembleia:

É um prazer para nós Pai de bondade, te louvar e te adorar.

Tu nos dás a cada ano a graça de esperar com alegria a santa páscoa.

De coração purificado, entregues à oração e à prática do amor fraterno,

preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais,

que nos deram vida nova e nos tornaram teus filhos e filhas.

Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

Derrama sobre nós o teu Espírito,

recebe o louvor de todo o universo

e de todas as pessoas que te buscam.

Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

Toda a nossa louvação chegue a ti, em nome de Jesus

por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

  1. Abraço da paz

Saudemo-nos, uns aos outros com um sinal de paz e de reconciliação.

Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração final (n. 21).

  1. Rito da comunhão

Quem preside diz:

Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus

para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado,

nós também nos alegramos com ele nesta mesa.

E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:

Quem vem a mim nunca mais terá fome

e o que crê em mim nunca mais terá sede.

Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!

Senhor, eu não sou digno(a)…

Distribuição da comunhão. Escolher canto de comunhão: Então da nuvem luminosa, H 2, p. 31; Eis o tempo de conversão, estrofes 1 e 3, H 2, p. 135.

Silêncio… Quem preside faz a oração do respectivo domingo, no missal, ou no Dia do Senhor, ou a que segue:

  1. Oração final

Ó Deus, nesta celebração, deste-nos estreitar

os laços de comunhão com Jesus, teu Filho.

Ilumina a nossa caminhada nesta nova semana da quaresma

para que possamos viver segundo a tua vontade

e te amar de todo coração.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

RITOS FINAIS

  1. 22. Comunicações
  2. Bênção

O Deus da paz nos santifique totalmente, guarde-nos em seus caminhos até a páscoa da ressurreição. Amém.

Abençoe-nos, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.

Glorifiquemos a Deus com a nossa vida. Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe. Graças a Deus.

 

ANEXOS: AÇÃO DE GRAÇAS – VERSÕES CANTADAS

 

AÇÃO DE GRAÇAS – QUARESMA – melodia: pecador agora (CD-DS faixa 8)

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação! 

O(a) coordenador(a) canta e a assembleia repete:

  1. Para nós é um prazer / bendizer-te, ó Senhor,

celebrar o teu amor / por Jesus teu bem-querer! (bis)

  1. Te louvamos, ó Senhor, / pela nossa humana história

que revela tua glória, / teu poder libertador. (bis)

  1. Pois o tempo é de graça, / de oração, jejum, partilha,

de seguir Jesus na trilha / de uma cruz que livra e salva! (bis)

  1. Bem unidos em Jesus / um só corpo nós seremos,

nossa vida oferecemos / como ele fez na cruz. (bis)

  1. Finalmente a nossa boca, / inspirada por teu Filho,

e seguindo o seu ensino, / o teu santo nome invoca: (bis)

T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

 

LOUVAÇÂO – QUARESMA    (CD-DS faixa 10)

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação! 

É bom cantar um bendito, / Um canto novo, um louvor.

  1. Ao Deus do povo oprimido que ouviu do pobre o clamor.
  2. Ao Deus que livra seu povo das garras do Faraó.
  3. Ao Deus que leva seu povo para uma terra melhor.
  4. Pois Deus mandou-nos seu Filho dos pobres libertador.
  5. Jesus por nós deu a vida, a lei maior ensinou.
  6. Jesus ‘stá vivo nas lutas do povo trabalhador.
  7. Um povo unido e forte bendiz e louva o Senhor.

Quem preside conclui recitando:

Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que o Senhor nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino o poder e a glória para sempre.

 

LOUVAÇÂO – QUARESMA  (CD-DS faixa 12)

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação! 

Quem coordena canta, e a assembleia repete:

É bom cantar um bendito! Um canto novo, um louvor!

  1. Ao Deus que em tempo propício, / sua graça derramou!
  2. Ao Deus que ao povo escolhido / tantas vezes perdoou!
  3. Ao Deus que aos ninivitas penitentes perdoou!
  4. Ao Deus que pelo deserto / o seu Filho sustentou!
  5. Ao Deus que mandou seu Filho / feito irmão do pecador!
  6. Jesus de tal pecadora a sentença revogou!
  7. Jesus na cruz o ladrão humilhado consolou!
  8. Jesus por nós deu a vida / e nos reconciliou!
  9. Um povo arrependido / louva e canta ao seu Senhor!

Quem preside conclui, recitando:

Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que o Senhor nos ensinou: Pai nosso…

 

Revista de Liturgia Edição 272 – 50 anos de Medellín: A liturgia de uma Igreja pobre, a serviço dos pobres.

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