25 de dezembro

 O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a, mas os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística. As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Os comentários das leituras são para ajudar a equipe que prepara, não deve ser usada no momento da celebração. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem deve fazer a homilia. A oração de ação de graças dentro do roteiro é uma proposta recitada. No final deste roteiro há uma versão cantada: a melodia se em encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’.

Na fragilidade da criança que nasceu em Belém, contemplamos o mistério da revelação de Deus em nossa história. A plena manifestação do Salvador que nós esperávamos já é uma realidade presente no Filho de Deus, nascido de Maria, e nós podemos celebrar cantando: “Hoje nasceu nosso Salvador”. Celebramos a páscoa de Jesus Cristo que acontece em toda pessoa que assume a sua humanidade e é sinal da ternura de Deus. “Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado ‘mensageiro do conselho de Deus!” (Cf. Is 9,6) .

 

CHEGADA

  1. Refrão meditativo

Alegrai-vos todos, toda a gente,

ao Senhor, nosso Deus, com amor servi!

Aleluia, aleluia, com amor servi. (bis)

 

RITOS INICIAIS

  1. Canto de entradaProcissão, levando a grande vela acesa e o livro da Palavra.

Nasceu-nos hoje, H 1, p. 27; Reis e nações, H 1, p. 5; Celebremos com alegria, ODC, p. 305.

 

  1. Sinal-da-cruz

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

  1. Saudação

Que a paz do Senhor Jesus esteja com vocês!

Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

  1. Sentido da celebração

Quem coordena com breves palavras, acolhe as pessoas e introduz o sentido da celebração:

Na fragilidade da criança que nasceu em Belém, contemplamos o mistério da manifestação de Deus em nossa humanidade. A plena manifestação do Salvador que nós esperamos já é uma realidade no Filho de Deus, nascido de Maria, que hoje celebramos.

  1. Rito da paz

Quem coordena convida todos a se darem as mãos:

Recordemos pessoas, lugares, famílias que estão vivendo situações de conflito e oremos pela paz.

 

Silêncio…

Renovando o nosso desejo de sermos pessoas de paz, demos uns aos outros, de todo coração, o abraço da paz.

  1. 7. Glória

 Glória, glória nas alturas, H 1, p. 51; Glória a Deus no mais alto dos céus, H 1,  p. 50.

 

  1. Oração do dia

Ó Deus, com amor de mãe

criaste o homem e a mulher de maneira maravilhosa.

Mais maravilhosamente ainda os renovaste pela vinda de Jesus.

Olha para nós que celebramos o natal do teu Filho.

Faze-nos participar do teu reino,

assim como ele veio fazer parte da nossa vida humana.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

  1. Primeira leitura Isaías 52,7-10

A descrição do anúncio do fim do cativeiro da Babilônia feita pelo profeta Isaías a um povo em ruínas nos é apresentada como um símbolo para evocar a vinda do Senhor para a humanidade sofrida.

 

  1. Salmo responsorial98(97) (H 1, p. 26)

Cantemos ao Senhor nosso Deus porque ele se revela na humanidade de Jesus e se faz presente em nossas vidas.

 

Hoje uma luz brilhou sobre nós,

hoje nasceu nosso Rei e Senhor.

 

Os confins do universo contemplaram

a salvação do nosso Deus.

Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,

alegrai-vos e cantai!

 

Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa

e da cítara suave!

Aclamai, com clarins e as trombetas,

ao Senhor, o nosso rei!

 

Aplauda o mar com todo ser que nele vive,

o mundo inteiro e toda a gente!

Julgará o universo com justiça

e as nações com eqüidade!

 

Na presença do Senhor, pois ele vem,

vem julgar a terra inteira.

Julgará o universo com justiça

e as nações com equidade.

 

  1. Segunda leitura – Hebreus 1,1-6

O autor da carta aos hebreus, falando a judeus-cristãos saudosos das antigas realidades, apresenta Jesus como o ponto alto da criação e da história, a mais perfeita revelação de Deus.

 

  1. Aclamação ao evangelho (H 1, p. 6.)

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!

– Eis que um santo dia resplandece!

Nações, vinde, adorai.

– Grande luz sobre a terra se estende,

ao Senhor vinde, adorai!

 

Ou:

 

Aleluia, aleluia!

Glória a Deus nos altos céus!

E na terra paz aos povos,

bem-amados filhos seus.

 

Da flor plantada na terra,

nasceu um fruto divino.

Um filho foi concebido,

o céu nos deu um menino.

  1. Proclamação do evangelho João 1,1-18

João inicia o seu evangelho, falando de uma sabedoria que era anterior a Jesus Cristo e que se manifestou nele.

O(a) leitor(a), da estante da Palavra,  se dirige à assembleia com esta saudação:

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós.

Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo…

Glória a vós, Senhor.

Proclama o evangelho e no final da leitura conclui:

Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

Beija o livro e o mostra para a assembleia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

  1. Homilia – Sugestão:

Neste hino utilizado por São João para começar seu evangelho, nota-se a influência de textos do antigo testamento, tais como Pr 8, Eclo 24, Sb 7-8,  que falam de uma personificação da sabedoria. Nele são enunciados os principais aspectos da história da nossa salvação. A força divina de luz e vida que tudo criou; o testemunho de João, embora não fosse ele a luz; a recusa à Palavra de Deus, mas também a acolhida daqueles que acreditaram no seu nome. O texto recebe seu sentido máximo no versículo 14, ao anunciar a Palavra que se faz carne. O verbo utilizado tem vários sentidos – acampar, habitar, armar sua tenda -, indicando a nova presença de Deus junto à humanidade. Desta forma, a glória de Deus pode ser vista e contemplada pelos novos “seus”. O hino se encerra como uma grande ação de graças da comunidade que recebeu a intimidade da revelação de Jesus.

São João nos ajuda, dessa forma, a contemplarmos em profundidade a festa que celebramos, passando dos sinais sensíveis para o sentido profundo e escondido. O menino que nasce em Belém é o verbo de Deus, a palavra de vida por quem o mundo foi criado. Nasce para revelar a glória de Deus, fazendo com que todos participem de sua graça e verdade. A celebração do natal mais que um evento do calendário torna-se um caminho de intimidade para a comunidade cristã, uma nova fonte de revelação. Ao se manifestar entre os humanos, o filho de Deus colocou a glória, a graça e a verdade divina que ele recebeu do Pai ao nosso alcance, para que, nascidos da natureza, possamos renascer como filhos e filhas de Deus. Os pais da Igreja não cessam de repetir: Deus se fez humano para que a humanidade se tornasse divina.

Hoje se renova em nós a alegria por esta admirável troca entre o céu e a terra.  Deus entra em nossa pobre humanidade dando-lhe a plena humana em Jesus. Renova conosco sua divina aliança para que nosso ser fragmentado se unifique e possamos viver relações novas e construir “lares” de acolhida e comunhão. Assim soam as palavras de São Gregório, bispo de Nazianzo, no século IV: “Por isso, celebramos a festa, não como qualquer outro acontecimento, mas de um modo divino. Não à maneira do mundo, mas de uma maneira diferente da do mundo. Não como nossa festa, mas como a festa daquele que é nosso, ou melhor, como a festa do nosso mestre. Não como a festa da doença, mas como a festa da cura. Não como a festa na qual lembramos que Deus nos modelou, mas a festa onde lembramos que ele nos remodelou”.

 

  1. Creio
  2. Preces

Bendizendo o Senhor que visita e liberta o seu povo, apresentemos nossas preces, por nós e por toda a humanidade:

Dirige nossos passos no caminho da paz!

– Olha, Senhor, para as nações em conflito, põe fim às discórdias, faze frutificar os esforços de todas as pessoas que se consagram à causa da paz.

– Vem, Senhor, em socorro de todos quantos estão na exclusão, à margem dos mínimos direitos: os desempregados, os meninos e meninas de rua e todos os teus pequeninos.

– Apressa entre nós o tempo novo da angústia vencida, da fome saciada, do pão repartido e da nossa comunidade mais unida e fraterna.

Preces espontâneas…

Recebe, ó Pai, as nossas preces, em nome de Jesus, nosso Senhor. Amém.

Terminada as preces, todos/as se levantam, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar. Quem preside, aproxima-se do altar, faz uma breve inclinação e dá início à ação de graças:

Demos graças ao Senhor, repartindo entre nós este pão consagrado em memória de Jesus,  que se manifesta em nossa mesa como nosso Salvador, a quem reconhecemos e adoramos, como os Maria e os pastores

 

Se não houver comunhão, depois das preces, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.

 

AÇÃO DE GRAÇAS

  1. Convite à ação de graças

Quem preside convida, a comunidade responde:

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação!

  1. Oração de ação de graças

Quem preside proclama a oração intercalando com o canto da assembleia:

É um prazer para nós te louvar, Deus do universo.

Antes que nos aproximássemos de ti, tu te fizeste próximo de nós,

igual a nós na humanidade de Jesus, para nos fazer participar da tua glória.

Com os anjos que anunciaram o seu nascimento em Belém,

nós te bendizemos!

Glória a Deus nos mais alto dos céus!

Por ele, realiza-se hoje o maravilhoso encontro

entre o céu e a terra para conduzir todos os viventes

à intimidade da tua comunhão. Tornando-se humano entre nós,

a nossa humana natureza recebe uma incomparável dignidade.

Glória a Deus nos mais alto dos céus!

Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que Jesus nos ensinou: Pai nosso…. pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração final (n. 21).

  1. Rito da comunhão

Quem preside diz:

Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus

para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado,

nós também nos alegramos com ele nesta mesa.

E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:

Quem vem a mim nunca mais terá fome

e o que crê em mim nunca mais terá sede.

Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!

Senhor, eu não sou digno(a)…

Distribuição da comunhão acompanhado do canto;

Da cepa brotou a rama, H1, p. 36. A luz resplandeceu, H1, p. 47… No presépio pequenino…

Silêncio

  1. Oração final

Ó Deus da vida, tu firmaste a nossa fé

com esta celebração do natal do Senhor,

uma verdadeira passagem do teu amor em nossas vidas.

Faze que brilhe em nossa vida e em nossas comunidades

o mistério da fé que refulge em nossos corações.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

RITOS FINAIS

  1. Comunicações
  2. Bênção

O Deus de toda a claridade nos ilumine com a luz de Jesus Cristo e nos faça caminhar como filhos e filhas da luz, agora e sempre! Amém.

Abençoe-nos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.

Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe. Graças a Deus.

  1. Procissão ao presépio – Canto: noite feliz.

 

 

 

Outra alternativa para o momento da ação de graças:

 

 (CD-Ação de graças no Dia do Senhor –  faixa 3)

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação!

Quem coordena  canta e a comunidade repete a segunda linha de cada verso:

É bom cantar um bendito, / um canto novo, um louvor!

  1. Ao Deus que fez neste dia / nascer-nos um Salvador!

Jesus nasceu de Maria, / proclamem esta alegria! (bis)

  1. De Deus o Verbo encarnou-se / e entre nós habitou!

Jesus nasceu em Belém, / de Deus a graça nos vem! (bis)

  1. Humano Deus se tornando, / divino achou-se o humano!

Emanuel Deus-co’a gente, / o povo todo contente! (bis)

  1. Por isso nós e o universo / nos alegramos Senhor

Teu santo nome invocamos / tal qual Jesus ensinou: T: Pai nosso…

 

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