07 de julho de 2019
Autoras:
Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.
Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.
- Aprofundando os textos bíblicos: Isaías 66,10-14c; Salmo 66 (65); Gálatas 6,14-18; Lucas 10,1-12.17-20
Jesus, após o envio dos Doze (9,1-6), escolheu outros setenta e dois e enviou-os como testemunhas autorizadas, dois a dois, para anunciar a proximidade do Reino de Deus a todas as nações. Cientes de que a colheita é grande e os operários são poucos, os discípulos seguem o ensinamento do Mestre, a fim de realizar a missão com eficácia. Enviados como cordeiros entre lobos, anunciam o mundo novo com atitudes de mansidão e paz. Com um estilo de pobreza e desprendimento testemunham a opção livre e a dedicação plena ao Reino. Trilham o caminho indicado por Jesus, sem desvios, como faziam os discípulos dos profetas (2Rs 4,29). Ao entrar numa casa transmitem a verdadeira saudação da paz (shalom), síntese dos bens messiânicos da salvação anunciados pelos profetas e manifestados em Cristo. Anunciam o Reino de Deus, revelado em Jesus, com gratuidade, acolhendo a hospitalidade oferecida. Curam os doentes e realizam gestos solidários a serviço dos necessitados. Enfrentam situações de rejeição e hostilidade e compartilham a mesma autoridade de Jesus sobre as forças do mal. Diante do êxito missionário devem glorificar o Pai pela pertença ao seu Reino: Ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu. O Senhor da messe conta com os enviados, isto é, os apóstolos do Reino, para anunciar o amor libertador. O povo, após o exílio babilônico, sonha com a participação dos benefícios da cidade restaurada (1ª leitura). Deus manifesta a salvação e consola os que sofrem com a ternura de uma mãe. O salmista bendiz o Senhor, porque escuta o clamor em todos os momentos, como na passagem pelo Mar Vermelho e pelo Jordão. Paulo confia na graça de Deus, revelada em Jesus, que o torna nova criatura (2ª leitura). As provações sofridas, por causa do evangelho, são marcas que o identificam para sempre como servo de Cristo.
- Atualizando
Como comunidade missionária, pedimos ao Senhor da messe que envie trabalhadores para a colheita. Somos chamados a testemunhar a Boa Nova de Cristo, sendo mensageiros de paz e alegria. Evangelizar é proporcionar o encontro com o Senhor ressuscitado.
- A palavra de Deus na celebração
A palavra de Deus suscita em nós uma verdadeira reconciliação e paz: conosco mesmo – nossos limites e vaidades; com as pessoas e com o cosmos. A falta de paz é ausência de Deus. Ele promete: “Eu farei correr para ela a paz como um rio…” (Is 66,12). No evangelho, Jesus pede aos discípulos que sejam anunciadores de paz. Uma paz que requer posição de quem a recebe (Lc 10,5-6). Por último, Paulo deseja a paz e misericórdia para todos que se gloriam na cruz.
- Dicas e sugestões
Após a homilia uma pessoa entra com a bandeira da paz. Enquanto isto se canta: Força da paz, força da paz. Cresça sempre, sempre mais. Que reine a paz, acabem as fronteiras. Força da paz.Chegando a frente segura a bandeira aberta diante da comunidade e a pessoa que preside convida todos a um momento de silêncio, invocando a paz para os cantos da terra. Em seguida, a bandeira da paz é colocada em um suporte, previamente preparado. Todos se abraçam num gesto fraterno de paz, espalhando assim o dom da paz.
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