24 de novembro de 2019

Autoras:
Ir.Neusa Bresiani é Pia Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.

Ir.Helena Ghiggi é Pia Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

O DIA DO SENHOR é uma seção da Revista de Liturgia. Nele está
o aprofundamento dos textos bíblicos usados para o Domingo. Isto colabora
para o estudo de quem preside a celebração tanto Eucarística quanto da
Palavra para uma boa preparação da homilia. Este é o primeiro passo do
método da leitura orante da bíblia: a Leitura. Bom aprofundamento dos
textos bíblicos deste domingo e boa celebração!

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1. Aprofundando os textos bíblicos: 2Samuel 5,1-3; Salmo 122(121); Colossenses 1,12-20; Lucas 23,35-43
O evangelho é uma parte da narrativa da paixão e começa com a atitude do povo junto à cruz, contemplando os últimos acontecimentos da vida de Jesus. A fé cristã em Jesus como o Salvador, o Cristo de Deus, o Eleito, o Rei e Senhor aparece agora na boca dos zombadores. Assim, a morte de Jesus é o cumprimento do plano da salvação revelado na Escritura e anúncio de fé e esperança, para os que se convertem e confiam. As humilhações sofridas por Cristo recordam as provações no deserto (4,1-13) e a expectativa messiânica frustrada, diante de um Messias crucificado como um criminoso. Jesus como Ungido de Deus, Servo, Escolhido (cf. Is 42,1) realiza plenamente a missão através da doação total da vida na cruz. O título: Rei dos Judeus, colocado no letreiro, acentua que Jesus é o verdadeiro Rei (19,38), pois se colocou no meio do povo para servir (22,27). Seu reinado de justiça, amor e paz é oposto a toda forma de egoísmo, poder e dominação dos reis deste mundo. Ele morreu comprometido com os excluídos, sem fazer nada de mal, fazendo ressoar sua inocência. Na cruz ofereceu o perdão e a misericórdia do Pai ao malfeitor, que implorava confiante: Lembra-te de mim. A morte salvífica de Jesus, o novo Adão, fundamenta o presente e abre as portas do paraíso, a plenitude do Reino, a comunhão eterna com o Pai: Hoje estarás comigo no paraíso. Davi é aclamado rei para apascentar todas as tribos de Israel (1ª leitura). No fim da linhagem, Jesus, Filho do Altíssimo, estabelece o Reino eterno (Lc 1,32-33) em todo o universo. O salmista expressa a alegria dos peregrinos, que sobem a Jerusalém e encontram o Senhor. A 2ª leitura é um hino cristológico primitivo, que acentua a supremacia de Cristo na ordem da criação e da redenção. Por meio da vida, morte e ressurreição, ele reconciliou todas as coisas com Deus e estabeleceu a paz.

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2. Atualizando
A palavra do evangelho apresenta a realeza de Cristo a partir de sua morte salvadora na cruz. Assim, o hoje estarás comigo acentua o sentido perene da salvação, que se manifesta nas pequenas coisas, enquanto aguardamos a plenitude do Reino.

3. A palavra de Deus na celebração
Na celebração da solenidade de Cristo Rei do Universo, participamos do mistério da entrega de Jesus. Sua realeza é confirmada na cruz. Morrendo na cruz, Ele venceu a violência, por meio da não violência, como servo de todos. Ele é o cordeiro imolado e é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. Cheios de fé e confiança rendemos à Ele o louvor e a glória pelos séculos dos séculos.

4. Dicas e sugestões
Uma grande cruz ornamentada com a palma da vitória (ou com flores), ladeada com velas acesas, pode ser levada na procissão de entrada e colocada num lugar de destaque. É oportuno fazer o rito de bênção e aspersão com água, lembrando o batismo pelo qual participamos da missão profética, sacerdotal e real de Jesus Cristo.

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