07 DE ABRIL DE 2019

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O que segue é um Roteiro de Celebração dominical da Palavra presidida por ministro ou ministra leigo/a (os elementos podem ser úteis também para preparar a celebração eucarística). As leituras indicadas são do Lecionário dominical. Os comentários das leituras são para ajudar a equipe que prepara, não deve ser usada no momento da celebração. Depois do evangelho há uma pequena meditação para ajudar a quem deve fazer a homilia. A oração de ação de graças é um elemento importante, deve ser feita paro quem preside a celebração, nunca pelos cantores. Dentro do roteiro há uma proposta recitada que pode ser substituída pela versão cantada (cf. final deste roteiro): a melodia se em encontra no CD COMEP, ‘Ação de Graças no Dia do Senhor’.

 

Domingo da mulher perdoada

Reunidos em torno de Jesus para escutar sua palavra, somos convidados a reconhecer nossos próprios pecados e acolher os pecadores. Celebramos a páscoa de Jesus Cristo que acontece em todas as pessoas e grupos que promovem a vida e lutam contra as forças da morte. A mim, ó Deus, faze justiça, defende a minha causa contra a gente sem piedade; do homem perverso e traidor, liberta-me, porque és, ó Deus, o meu socorro”.  (Sl 43,1-2)

 

BAIXAR O ROTEIRO EM WORD: DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

CHEGADA

  1. Refrão meditativo

É bom confiar em Deus, é bom confiar,

é bom esperar sempre nos Senhor.

 

RITOS INICIAIS

  1. Canto de abertura Senhor, eis aqui o teu povo, H 2, p. 190.

 Procissão, levando a cruz e o livro da Palavra.

 

  1. Sinal-da-cruz

Em nome do Pai e do filho e do Espírito Santo. Amém.

 

  1. Saudação

A paz do Senhor esteja com vocês.

Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

 

  1. Acolhida, sentido da celebração e recordação da vida

O(a) animador(a), com breves palavras acolhe as pessoas, sobretudo as visitantes, introduz o sentido do domingo e convida a assembléia a lembrar fatos marcantes que são sinais da páscoa de Jesus em nossa vida, na comunidade, no mundo.

Alegremo-nos porque a quaresma nos é dada como tempo oportuno para vivermos mais conscientemente a nossa condição de batizados, discípulos e discípulas de Jesus. Que neste domingo do amor que perdoa, o Espírito nos dê um coração novo, capaz de amar e perdoar.

 

  1. Ato penitencial

A cruz procissional é colocada em destaque, quem preside faz o convite:

Reconheçamos o nosso pecado e aproximemos da fonte de toda a reconciliação, Jesus Cristo nosso Salvador.

 

Todos se inclinam em oração silenciosa… Quem preside prossegue:

Senhor, pastor do teu povo, que confiaste à tua Igreja o ministério da reconciliação, tem piedade de nós.

Senhor, tem piedade de nós.

Cristo, Palavra do Pai, que nos chamas a conversão, tem piedade de nós.

Cristo, tem piedade de nós.

Senhor, vida e ressurreição, que nos deste o Espírito para fazer novas todas as coisas, tem piedade de nós.

Senhor, tem piedade de nós.

O Deus de ternura e misericórdia tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

 

  1. Oração do dia

Senhor, nosso Deus,

dá-nos a graça de caminhar com alegria

no mesmo amor que levou teu Filho

a entregar a sua vida pela salvação da humanidade.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

LITURGIA DA PALAVRA

 Primeira leitura: Isaías 43,16-21

No exílio da Babilônia, um discípulo do profeta Isaías faz a memória da libertação do êxodo e anuncia um futuro novo aos exilados.

 

  1. Salmo responsorial- 126(125) (H 2, p. 68-70)

Retomando este salmo com o qual o povo proclamava a volta do cativeiro, cantemos a alegria profunda de podermos, nós também, sair de nossos cativeiros e proclamar as vitórias que acontecem na caminhada do povo pela vitória de Jesus Cristo.

 

Maravilhas fez conosco o senhor,

exultemos todos juntos de alegria!

 

Quando o Senhor reconduziu nossos cativos,

parecíamos sonhar;

encheu-se de sorriso nossa boca,

nossos lábios, de canções.

 

Entre os gentios se dizia: “Maravilhas

fez com eles o Senhor!”

Sim, maravilhas fez conosco o Senhor,

exultemos de alegria!

 

Mudai a nossa sorte, ó Senhor,

como torrentes, o deserto.

Os que lançam as sementes entre lágrimas,

ceifarão com alegria.

 

Chorando de tristeza sairão,

espalhando suas sementes;

cantando de alegria voltarão,

carregando os seus feixes!

 

  1. Segunda leitura – Filipenses 3,8-14

O apóstolo Paulo, escrevendo aos irmãos da comunidade de Filipos, conta a repercussão da ressurreição de Jesus sobre a sua vida.

 

  1. Aclamação ao evangelho

Honra, glória, poder e louvor

a Jesus, nosso Deus e Senhor!

Agora, eis o que diz o Senhor:

de coração convertei-vos a mim,

pois sois bom, compassivo e clemente.

 

  1. Proclamação do evangelho – João 8,1-11

A legislação religiosa no tempo de Jesus era severa para com as mulheres apanhadas em adultério. O evangelista João nos conta a posição de Jesus diante de um fato como este.

O(a) leitor(a), da estante da Palavra,  se dirige à assembleia com esta saudação:

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós.

Fazendo o sinal-da-cruz na fronte, na boca e no peito:

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo…

Glória a vós, Senhor.

Proclama o evangelho e no final da leitura conclui:

Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

Beija o livro e o mostra para a assembleia, que se inclina, num gesto de adesão à Palavra.

 

  1. Homilia

A lei decreta pena de morte para a adúltera. No plano simbólico, muitos textos do Antigo Testamento apresentam Deus como o esposo que reconcilia consigo a mulher infiel. A cena se desenrola publicamente no templo, onde Jesus costuma ensinar. Trazem um caso concreto de uma mulher surpreendida em adultério para saber como Jesus aplicaria a lei. Isto pressupõe que os seus interlocutores o viram distanciar-se da lei ao perdoar pecados.  É como se perguntassem: “Pegamos esta mulher no flagrante, devemos levá-la a um tribunal ou podemos executá-la sem mais?” Diante da resposta de Jesus, e mais ainda diante da sua atitude serena e da sua indignação, as máscaras caem por terra. É como se, de repente, viesse à tona um outro adultério, mais grave, tantas vezes denunciado pelos profetas, praticado permanentemente por estes senhores de pedras nas mãos.

Jesus, então, dirige para a mulher um olhar de profunda compaixão. Ele desaprova os orgulhosos de coração e se compadece de quem aceita a sua misericórdia. Este gesto de amor incomparável marcará tão profundamente a mulher, que ela não poderá mais levar a vida de antes. O “não voltes a pecar” tem este sentido. Pelo fato de não ser condenada, a mulher fica em dívida com a misericórdia de Deus.

Diante deste evangelho, facilmente nos identificamos com a vulnerabilidade da mulher e, ao mesmo tempo, com a sua abertura de coração para acolher o amor de Deus que nos recria para uma vida nova. Muitas vezes, como esta mulher, sentimos o peso da punição vinda de quem ainda exerce poder sobre nós, ou, quem sabe, da punição que nós mesmos nos impingimos. Mais duro é identificar-nos com estes senhores tão hábeis em apontar e condenar a fraqueza dos outros, passando por cima da sua própria conduta. Estamos diante de um ensino fundamental: “Não julgueis para não serdes julgados. Porque com a mesma medida que medirem, serão medidos”, um ensino que fundamenta uma prática não violenta. O mesmo Jesus que desarma os que iriam apedrejar a mulher, pedirá mais tarde à Pedro, guardar sua espada na bainha. Na quaresma esta palavra é um apelo de conversão a retomarmos o caminho de Jesus em nossa vida.

Na assembléia litúrgica, neste quinto domingo da quaresma, colocamo-nos diante de Deus, sentindo sobre nós a força amorosa do seu perdão, que nos cura de nossas ambigüidades. Que a graça do perdão nos eduque a olhar os outros como Deus nos olha. Não é uma coisa que possamos conquistar de um dia para outro, é um programa de vida, que podemos intensificar neste tempo que nos prepara para a páscoa.

 14. Creio

15. Preces

Irmãos e irmãs, neste tempo favorável, elevemos nossas preces ao nosso Deus:

Cristo, filho do Deus vivo, tem piedade de nós.

– Ó Cristo, fonte de salvação e de vida, dá a todas as Igrejas a graça de testemunhar o teu evangelho e de ser para o mundo uma palavra de Paz.

– Ó Cristo, carregaste a cruz com plena consciência da tua missão, ajuda-nos a caminhar contigo, fieis à tua Palavra, em todos os momentos da nossa vida.

– Ó Cristo, foste humilhado sem nunca responder com violência, livra-nos de todo sentimento de vingança e dá-nos a graça de perdoar sempre.

Preces espontâneas… Quem preside conclui:

Senhor Jesus, guia-nos em teus caminhos, tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém.

 

  1. Coleta de bens

É o momento de trazer donativos ou o dízimo para as necessidades da comunidade, enquanto a assembleia canta: escolher no livro de canto.

Terminada a coleta, todos/as se levantam, os/as ministros/as trazem o pão consagrado para o altar. Quem preside, aproximando-se do altar, faz uma breve inclinação e dá início à ação de graças.

 

Se não houver comunhão eucarística, depois das preces, quem preside se aproxima do altar e dá início à ação de graças.

AÇÃO DE GRAÇAS

  1. Convite à ação de graças (a oração que segue pode ser substituída pela versão cantada –no final deste roteiro)

Quem coordena convida a assembleia a dar graças a Deus:

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós.

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação

  1. Oração de ação de

Depois prossegue com a oração, intercalando com o canto da assembleia:

É um prazer para nós Pai de bondade, te louvar e te adorar.

Tu nos dás a cada ano a graça de esperar com alegria a santa páscoa.

De coração purificado, entregues à oração e à prática do amor fraterno,

preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais,

que nos deram vida nova e nos tornaram teus filhos e filhas.

Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

Derrama sobre nós o teu Espírito,

recebe o louvor de todo o universo

e de todas as pessoas que te buscam.

Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

Toda a nossa louvação chegue a ti, em nome de Jesus

por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

  1. Abraço da paz

Saudemo-nos, uns aos outros com um sinal de paz e de reconciliação.

Não havendo comunhão, passa-se daqui, para a oração final (n. 21).

  1. Rito da comunhão

Quem preside diz:

Relembrando de Jesus que, muitas vezes, reuniu-se com os seus

para comer e beber, revelando que o teu reino havia chegado,

nós também nos alegramos com ele nesta mesa.

E tomando nas mãos o pão consagrado, acrescenta:

Quem vem a mim nunca mais terá fome

e o que crê em mim nunca mais terá sede.

Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!

Senhor, eu não sou digno(a)…

Distribuição da comunhão. Escolher canto de comunhão: Feliz aquele a quem Deus perdoa, H 2, p. 29; Eu vim para que todos tenham vida, H 2, p. 142.

.Silêncio… Quem preside faz a oração do respectivo domingo, no missal, ou no Dia do Senhor, ou a que segue:

 

  1. Oração final

Deus da vida, nós, fracos e pobres,

fomos acolhidos por ti nesta celebração

e alimentados com teu amor.

Faze com que, nesta nova semana da quaresma,

andemos na tua paz

e pratiquemos os teus mandamentos.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

 

RITOS FINAIS

  1. 22. Comunicações
  2. Bênção

O Deus da paz nos santifique totalmente, guarde-nos em seus caminhos até a páscoa da ressurreição. Amém.

Abençoe-nos, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.

Glorifiquemos a Deus com a nossa vida. Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe. Graças a Deus.

 

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AÇÃO DE GRAÇAS – VERSÕES CANTADAS

 

AÇÃO DE GRAÇAS – QUARESMA – melodia: pecador agora (CD-DS faixa 8)

O Senhor esteja com vocês.

Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

É nosso dever e nossa salvação! 

O(a) coordenador(a) canta e a assembleia repete:

  1. Para nós é um prazer / bendizer-te, ó Senhor,

celebrar o teu amor / por Jesus teu bem-querer! (bis)

  1. Te louvamos, ó Senhor, / pela nossa humana história

que revela tua glória, / teu poder libertador. (bis)

  1. Pois o tempo é de graça, / de oração, jejum, partilha,

de seguir Jesus na trilha / de uma cruz que livra e salva! (bis)

  1. Bem unidos em Jesus / um só corpo nós seremos,

nossa vida oferecemos / como ele fez na cruz. (bis)

  1. Finalmente a nossa boca, / inspirada por teu Filho,

e seguindo o seu ensino, / o teu santo nome invoca: (bis)

T: Pai nosso… pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

 

LOUVAÇÃO – QUARESMA    (CD-DS faixa 10)

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação! 

É bom cantar um bendito, / Um canto novo, um louvor.

  1. Ao Deus do povo oprimido que ouviu do pobre o clamor.
  2. Ao Deus que livra seu povo das garras do Faraó.
  3. Ao Deus que leva seu povo para uma terra melhor.
  4. Pois Deus mandou-nos seu Filho dos pobres libertador.
  5. Jesus por nós deu a vida, a lei maior ensinou.
  6. Jesus ‘stá vivo nas lutas do povo trabalhador.
  7. Um povo unido e forte bendiz e louva o Senhor.

Quem preside conclui recitando:

Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que o Senhor nos ensinou:

Pai nosso… pois vosso é o reino o poder e a glória para sempre.

 

LOUVAÇÃO – QUARESMA  (CD-DS faixa 12)

O Senhor esteja com vocês. Ele está no meio de nós!

Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação! 

Quem coordena canta, e a assembleia repete:

É bom cantar um bendito! Um canto novo, um louvor!

  1. Ao Deus que em tempo propício, / sua graça derramou!
  2. Ao Deus que ao povo escolhido / tantas vezes perdoou!
  3. Ao Deus que aos ninivitas penitentes perdoou!
  4. Ao Deus que pelo deserto / o seu Filho sustentou!
  5. Ao Deus que mandou seu Filho / feito irmão do pecador!
  6. Jesus de tal pecadora a sentença revogou!
  7. Jesus na cruz o ladrão humilhado consolou!
  8. Jesus por nós deu a vida / e nos reconciliou!
  9. Um povo arrependido / louva e canta ao seu Senhor!

Quem preside conclui, recitando:

Recebe o louvor de todo o universo e a prece que elevamos a ti, com a oração que o Senhor nos ensinou: Pai nosso…

 

Revista de Liturgia Edição 272 – 50 anos de Medellín: A liturgia de uma Igreja pobre, a serviço dos pobres.

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