20 de abril de 2019

1. Compreendendo os textos: Gênesis 1,1–2,2; Salmo 104(103); Gênesis 22,1-18; Salmo 16(15); Êxodo 14,15–15,1; Cântico (Ex 15); Isaías 54,5-14; Salmo 30(29); Isaías 55,1-11; Cântico (Is 12,2-6); Baruc 3,9-15.32–4,4; Salmo 19 (18); Ezequiel 36,1628; Salmo 42(41); Romanos 6,3-11; Lucas 24,1-12

Maria de Magdala e outras discípulas haviam seguido Jesus desde a Galileia, na madrugada do primeiro dia da semana, foram ungir Jesus com aromas e descobriram que o sepulcro estava vazio. O poder das trevas foi transformado pela luz da vitória de Jesus sobre a morte. “Senhor” (24,3) é título do Ressuscitado, utilizado pelos cristãos para anunciar sua presença na Igreja e no mundo. O Vivente não está aqui, mas foi ressuscitado! O Filho de Deus ressuscitou como anunciavam as Escrituras e como ele mesmo havia proclamado (9,22; 18,32-33). Justo, fiel, sofredor, inocente, Jesus trilhou o caminho da Galileia para Jerusalém, e sua Páscoa ilumina seus seguidores a espalhar sua mensagem de paz e esperança até os confins da terra (At 1,8). As discípulas fiéis lembram as palavras de Jesus e tornam-se as primeiras a proclamar a Boa Notícia da ressurreição. Os discípulos não acreditam no anúncio pascal das mulheres; necessitam fazer a experiência do encontro com o Ressuscitado que lhes abrirá os olhos da fé. A Páscoa de Jesus realiza a nova criação. A obediência de Abraão e o sacrifício de Isaac prefiguram Jesus, que carrega a própria cruz (Jo 19,17) e doa a vida pela redenção. O êxodo e a passagem no mar remetem à libertação plena em Cristo mediante a passagem da morte para a vida. As profecias de Isaías consolam os exilados com a certeza da misericórdia eterna do Senhor e a esperança no banquete messiânico. Baruc convida à conversão e Ezequiel anuncia um coração novo e um espírito novo. A leitura aos Romanos sublinha que, pelo batismo, o cristão participa na morte e ressurreição de Jesus para renascer com ele para a vida nova.

2. A palavra na vida

Alegremo-nos, porque o Senhor, o Vivente, vem ao nosso encontro e nos enche de alegria.

3. A palavra na celebração

Nesta noite memorável, acendendo a chama do círio no meio da escuridão, ouvindo a narrativas das intervenções de Deus na história, atravessando as águas da nossa renovação batismal, e participando da Ceia como o Senhor, renove-se em nós, pela força do Ressuscitado, a vida nova que recebemos no batismo.

 

Autoras:

Ir. Neusa Bresiani é Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.

Ir. Helena Ghiggi é Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

 

Revista de Liturgia Edição 272 – 50 anos de Medellín: A liturgia de uma Igreja pobre, a serviço dos pobres.

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