02 de novembro de 2019

Oferecemos abaixo um subsídio elaborado para auxiliar quem prepara as celebrações litúrgicas dominicais. Além do aprofundamento dos textos bíblicos, indicamos também a sua relação com a vida e o mistério celebrado.

Autoras:
Ir. Neusa Bresiani é Pia Discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da rede Celebra e contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.
Ir. Helena Ghiggi é Pia Discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.

 

Revista de Liturgia Edição 272 – 50 anos de Medellín: A liturgia de uma Igreja pobre, a serviço dos pobres.

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1. Aprofundando os textos bíblicos: Jó 19,1.23-27; Salmo 27(26); Romanos 5,5-11; João 6,37-40
Jesus, depois de realizar o sinal da multiplicação dos pães (6,1-15), reencontra a multidão em Cafarnaum e se revela como o verdadeiro pão de Deus que desce do céu para dar vida ao mundo (6,33). Ele acolhe com amor compassivo e guarda aqueles que o Pai lhe confiou (17,6-15), oferecendo-lhes o alimento que permanece até a vida eterna. Quem escuta e crê possui a vida eterna, dom presente em Jesus que se manifestou como a fonte da vida (5,24). As promessas de Jesus são acompanhadas da condição de “vir a ele”, que equivale a crer e aderir ao seu projeto, como os discípulos que foram, viram e permaneceram com ele (1,39). Trata-se de crer no Filho a partir do “ver” (6,40), reconhecendo os sinais de salvação que realizou, ao longo do caminho de fidelidade à vontade do Pai. Assim, quem vê o Filho e nele crê encontra o rosto misericordioso do Pai e participa, desde já, da vida eterna e da esperança na ressurreição final. A vida de Jesus, doada totalmente por amor, fortaleceu a fé de seus seguidores, diante das situações de morte enfrentadas no fim do primeiro século, quando surgiu o evangelho de João. Eu sou a ressurreição e a vida. Quem vive e crê em mim jamais morrerá (11,25). Quem acredita ressuscitará para uma vida nova, plena com Deus, pois Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram (1Cor 15,20). Na 1ª leitura, Jó proclama a fé e a esperança em Deus como o redentor, o defensor (go’el, em hebraico), diante da realidade de abandono e sofrimento. Sua confiança é apelo para os que tinham a obrigação de proteger as pessoas mais desamparadas. O salmista espera contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos. A 2ª leitura ressalta que a esperança não decepciona, pois está fundamentada no amor de Deus, derramado pelo Espírito e manifestado na morte redentora de Cristo.

 

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2. Atualizando
A vida eterna, manifestada em Jesus, o Enviado do Pai, impele ao compromisso com a justiça e o amor solidário. A fé e a esperança no Ressuscitado, em sua vitória sobre a opressão e a morte, iluminam o caminho até a plenitude da vida em Deus, onde nossos olhos o contemplarão para sempre.

 

3. A palavra de Deus na celebração
Celebramos o mistério pascal do senhor Jesus que nos tira da morte e nos conduz à vida plena. Nele brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição.
Celebramos em comunhão com todos os nossos irmãos e irmãs vivos e também os falecidos, na certeza de que a vida não é tirada, mas transformada. Renovamos nossa fé no Senhor ressuscitado que nos faz bem-aventurados.

 

4. Dicas e sugestões
No momento da recordação da vida (logo após a saudação inicial), os membros da assembleia pode recordar o nome dos falecidos, e se possível, após dizer o nome, pode acender uma vela e colocar num local previamente preparado.

 

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